Pois é, a que ponto chegou os maus costumes políticos em Sete Lagoas, não é mesmo? Chegou ao ponto de testemunharmos um político dizer em rádio difusão que os financiadores de sua campanha usurparam o poder na cidade onde foi eleito. E foi preciso "ficar calado", "aguentar muita coisa", porque, afinal, não tinha-se o dinheiro para financiar a sua campanha. Ou seja, está se autodelatando que a administração foi loteada entre os financiadores. Isso é uma confissão de fraude do pleito; corrompeu-se assim a administração pública de véspera?
Mas vejamos quem sabe não se considere razoável que um prefeito passe o primeiro ano aguentando calado os financiadores da sua campanha - quem pagou a conta - usurparem o poder? O que será que a justiça vai achar disso quando tiver em mãos as confissões do vice-prefeito de que os financiadores da campanha em Sete Lagoas tomaram de assalto administração no primeiro ano? Mais: quem sabe o TRE não ache tudo isso muito normal e crie um padrão político só para Sete Lagoas. Ah, quem sabe também a Justiça Eleitoral não ache apenas que o vice-prefeito, deputado aliado, teve um surto de loucura e saiu contando tudo isso.
Quer saber de uma coisa tudo isso é tão estarrecedor que, desta vez, não omitirei minha opinião. O que me é certo é o deputado goza de boa saúde mental e é, e era um homem muito bem informado, com relações estreitas com o seu companheiro. E diante disso tudo é a justiça que tem que decidir o que vai fazer com estes fatos desestabilizadores dito pelo deputado.
O que estou certo é que diante da confissão precisa-se fazer uma séria investigação das contas de campanha do prefeito eleito e seu vice-prefeito. E nem falo de Caixa 2, falo inicialmente da necessidade de averiguar o caixa oficial, olhando com lupa tudo e, sobretudo, a relação destes financiadores com o governo depois de eleito. E se caso os valores de financiamento estejam em discrepância com o montante expresso pelo deputado na rádio, aí existe um sério indício de Caixa 2.
Bem, não quero fazer juízo de valor, quero a instauração pela justiça de uma investigação já.
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