Por Bel Brunacci, de Brasília:
Bem, vamos lá.
A escola sobre a qual eu queria falar, no post anterior, fica na cidade de Sete Lagoas-MG. Conheci professores de lá em junho de 2006, quando realizamos a Conferência Estadual da Educação Profissional e Tecnológica, em Contagem.
Nessa Conferência, o embate dos delegados de escolas públicas com o verdadeiro "rolo compressor" enviado pelo "Sistema S" (formado pelas escolas do SESI, SENAI e congêneres, que recebem recursos públicos) foi ferrenho. Sem a articulação promovida pelos segmentos federal, estadual e municipais, não teríamos conseguido enviar delegados a Brasília, para a Conferência Nacional, que se realizou em novembro daquele ano. Nesta sim, lavamos a alma! Conseguimos aprovar, às vezes com pequena diferença de votos, propostas cruciais para a expansão da rede pública de educação tecnológica.
Pois bem, algum tempo depois desses enfrentamentos, iniciamos contato - eu, representando a escola federal em que trabalhava, e os professores da Escola Técnica de Sete Lagoas, naquela época em busca de alternativas para continuar em funcionamento.
Bem, vamos lá.
A escola sobre a qual eu queria falar, no post anterior, fica na cidade de Sete Lagoas-MG. Conheci professores de lá em junho de 2006, quando realizamos a Conferência Estadual da Educação Profissional e Tecnológica, em Contagem.
Nessa Conferência, o embate dos delegados de escolas públicas com o verdadeiro "rolo compressor" enviado pelo "Sistema S" (formado pelas escolas do SESI, SENAI e congêneres, que recebem recursos públicos) foi ferrenho. Sem a articulação promovida pelos segmentos federal, estadual e municipais, não teríamos conseguido enviar delegados a Brasília, para a Conferência Nacional, que se realizou em novembro daquele ano. Nesta sim, lavamos a alma! Conseguimos aprovar, às vezes com pequena diferença de votos, propostas cruciais para a expansão da rede pública de educação tecnológica.
Pois bem, algum tempo depois desses enfrentamentos, iniciamos contato - eu, representando a escola federal em que trabalhava, e os professores da Escola Técnica de Sete Lagoas, naquela época em busca de alternativas para continuar em funcionamento.
Um convênio do município com escola federal foi a primeira possibilidade cogitada, que depois se desdobraria em outras, surgidas em muitas discussões com a comunidade escolar. Nessas discussões, conheci uma equipe de professores e servidores extremamente comprometida com a educação tecnológica, sempre em busca de melhorar cada vez mais a qualidade do ensino oferecido ali.
Impressiona-me a história dessa Escola, que completa 30 anos em 2010. Espero que comemore essa longa existência com uma grande festa, da qual participem alunos e ex-alunos, professores e funcionários atuais e os do passado, representantes da sociedade local e também das outras cidades próximas, de onde saem ônibus de alunos todos os dias para Sete Lagoas.
A Escola Técnica de Sete Lagoas nos dá uma lição de resistência. Tem cerca de mil alunos, da própria cidade e também originários de umas 15 cidades da região, o que é um número bastante expressivo para uma escola técnica municipal. É mantida por uma fundação, que administra o recurso público repassado pela prefeitura para pagamento de pessoal. Exerce plenamente sua autonomia didático-pedagógica, em processo de construção coletiva, recusando as soluções fáceis da acomodação e do conformismo, ampliando sempre as possibilidades de inovação da práxis educativa.
De minha parte, posso garantir que me orgulho de ser amiga de uma equipe tão comprometida, que não perde a perspectiva do trabalho como princípio educativo, conforme nos ensina Gramsci. Ali no espaço da escola, tenho certeza de que estão sendo formados muito mais do que trabalhadores; estão se formando cidadãos criativos, críticos e atuantes no mundo do trabalho, resultantes do esforço para se integrar as dimensões técnico-científica, cultural e humanística nessa formação.
Pois então. O mínimo que posso fazer para honrar a confiança que construímos nesses anos é continuar buscando, nos corredores de ministérios, oportunidades para que a ETSL reafirme a excelência de sua comunidade escolar.
Impressiona-me a história dessa Escola, que completa 30 anos em 2010. Espero que comemore essa longa existência com uma grande festa, da qual participem alunos e ex-alunos, professores e funcionários atuais e os do passado, representantes da sociedade local e também das outras cidades próximas, de onde saem ônibus de alunos todos os dias para Sete Lagoas.
A Escola Técnica de Sete Lagoas nos dá uma lição de resistência. Tem cerca de mil alunos, da própria cidade e também originários de umas 15 cidades da região, o que é um número bastante expressivo para uma escola técnica municipal. É mantida por uma fundação, que administra o recurso público repassado pela prefeitura para pagamento de pessoal. Exerce plenamente sua autonomia didático-pedagógica, em processo de construção coletiva, recusando as soluções fáceis da acomodação e do conformismo, ampliando sempre as possibilidades de inovação da práxis educativa.
De minha parte, posso garantir que me orgulho de ser amiga de uma equipe tão comprometida, que não perde a perspectiva do trabalho como princípio educativo, conforme nos ensina Gramsci. Ali no espaço da escola, tenho certeza de que estão sendo formados muito mais do que trabalhadores; estão se formando cidadãos criativos, críticos e atuantes no mundo do trabalho, resultantes do esforço para se integrar as dimensões técnico-científica, cultural e humanística nessa formação.
Pois então. O mínimo que posso fazer para honrar a confiança que construímos nesses anos é continuar buscando, nos corredores de ministérios, oportunidades para que a ETSL reafirme a excelência de sua comunidade escolar.
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