Creio que na Suíça as nossas autoridades serão apresentadas a uma avançada industria de "tratamento e valorização de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos". O enorme entusiasmo que toma conta delas, por incrível que pareça, pode aumentar mais. Elas chegaram ao estado da graça. E de forma nenhuma eu pretendo estragar esse clima de êxtase de nossas autoridades, pretendo no muito trazer o povo a terra. E a primeira coisa a dizer é que diferente do que está sendo dito não se trata de INVESTIMENTO de empresa Suíça em Sete Lagoas mas de uma COMPRA cara e desnecessária como ficará demonstrado aqui! Como eu sei que não é investimento, mas compra? O deputado Márcio Reinaldo disse em alto e bom som em rádio difusão, vejam trechos suas palavras que segue em vermelho:
O lixo geral: cartela de remédio, plástico, papelão, enfim, ele poderia ser decomposto em vários itens que o formaram. A cartela de remédio, por exemplo, ela tem alumínio, ela tem papelão, ela tem plástico. ENTÃO NAS USINAS QUE ELES PROJETAM E VENDEM PARA O MUNDO, você decompõem tudo isso, então o alumínio vai para um canto, plástico vai pra outro, o papelão vai pra outro, o papel para outro e etc.
(...)
Esse cidadão deu a seguinte informação pessoal: -"OLHA PAÍS COMO O BRASIL E A ÍNDIA É ILUSÃO NÓS FICARMOS QUERENDO VENDER UMA USINA PARA UMA CIDADE A, B OU C, TALVEZ NO BRASIL SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, SANTOS, RIBEIRÃO PRETO, SERIAM CIDADES QUE TEM A CAPACIDADE DE ADQUIRIR E PODER PAGAR: É 170, 270, 300 MILHÕES UMA USINA DESSAS". Então qual é a ideia era que si tivesse a concessão do serviço e a implantação dessa usina de lixo e o produto do lixo ficariam prá eles, quer dizer, era deles. E eventualmente aquilo que o município fosse gastar com o aterro sanitário, poderia, quer dizer, repassaria prá eles: se o custo é R$50 a tonelada mês, essa aí seria uma cota a ser negociada com o município.
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Esse cidadão deu a seguinte informação pessoal: -"OLHA PAÍS COMO O BRASIL E A ÍNDIA É ILUSÃO NÓS FICARMOS QUERENDO VENDER UMA USINA PARA UMA CIDADE A, B OU C, TALVEZ NO BRASIL SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, SANTOS, RIBEIRÃO PRETO, SERIAM CIDADES QUE TEM A CAPACIDADE DE ADQUIRIR E PODER PAGAR: É 170, 270, 300 MILHÕES UMA USINA DESSAS". Então qual é a ideia era que si tivesse a concessão do serviço e a implantação dessa usina de lixo e o produto do lixo ficariam prá eles, quer dizer, era deles. E eventualmente aquilo que o município fosse gastar com o aterro sanitário, poderia, quer dizer, repassaria prá eles: se o custo é R$50 a tonelada mês, essa aí seria uma cota a ser negociada com o município.
Márcio Reinaldo foi claro? Pois então a primeira coisa que deve ficar... claro é que não trata-se de um investimento como tentou vender o governo através do seu líder na Câmara de Sete Lagoas, na reunião desta terça que aprovou a viagem do prefeito e sua comitiva a Europa. MUITO ao contrário se trata de uma compra, aquisição. Mas, acredite, desfazer-se deste auto-engano é fundamental, mas existe um outro dado que deve ser considerado e que precede a isso e é mais relevante ainda. Vamos a ele.
Estou falando de NECESSIDADE. Pois bem, a necessidade de Sete Lagoas é ter uma usina (industria como querem pronunciar pra ficar mais fascinante) de "tratamento e valorização de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos"? É essa a necessidade? Repito e respondo: É isso uma ova a é necessidade deste município. Mais que um "factóide", muito bem qualificado pelo colunista Fernando Cabrera, é um perfeito DEBOCHE com os cidadãos setelagoanos essa invenção. Mas eles não precisam ter limites nessa enganação a opinião pública podem tentar nos iludir um pouco mais, dizendo que essa usina, desculpe, "industria" vai ser também uma ETE - Estação de Tratamento de Esgoto. Que ela vai fazer as vezes de uma Estação ou pelo menos vai tratar uma parcela grande deste esgoto. Por favor, continuem tentando auto-iludirem-se e iludir a cidade. Quem sabe uma parte de nossa gente caia na conversa, não é mesmo?
Aliás, a compra da fantasia está tão na cara que é a própria empresa quem diz que, vale a pena repetir as palavras ditas ao deputado pela empresa, -"olha país como o Brasil e a Índia é ilusão nós ficarmos querendo VENDER uma usina para uma cidade A, B ou C, talvez no Brasil São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Ribeirão Preto, seriam cidades que tem a capacidade de adquirir e poder pagar: é 170, 270, 300 milhões por uma usina dessas". A empresa pode dizer que não está vendo lote na lua, não é? Quem está comprando metaforicamente lote na Lua são os nossos representantes eleitos para o Executivo e o Legislativo. Pior eles estão querendo revender esses lotes.
E note. Se as nossas autoridades tivessem preocupadas em fazer uma avaliação racional a primeira coisa que deveriam começar era um debate público sobre a NECESSIDADE e a proposta de VENDA está ofertando. Mas não o primeiro passo tomado foi o de formar uma comitiva para viajar a Europa, conhecer o que pode, imagino, até superar a expectativa em termos de funcionalidade, mas que não é a necessidade de Sete Lagoas. Eu concordaria sem objeções mandar toda as nossas autoridades se estivéssemos falando de um investimento que desejássemos, mas, no caso, o negócio é a compra um bem tão luxuoso quanto supérfluo para Sete Lagoas.
Entrevista do deputado Márcio Reinaldo:
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