O texto que abre esta manhã de sexta-feira é um artigo do advogado e administrador público Geraldo Donizete, publicado primeiramente ontem por Fernando Cabrera, ele nos brinda com uma análise abrangente - contemporânea - do contexto político e administrativo da oitava economia do estado de Minas Gerais: a nossa Sete Lagoas. Donizete defende a tese de que perpetuação do fracasso do governo Maroca pode revitalizar da velha guarda na próxima eleição para prefeito, com o eleitor buscando "um candidato que já tenha exercido esta função, ou seja, um ex-prefeito. Múcio Reis, Leone e Canabrava". E, portanto, "um candidato sem administrativa" terá enormes dificuldades em convencer o eleitorado a votar no "novo".
Seu artigo é muito bom e oportuno para provocar o debate sobre administração atual e levar a sociedade, a quem sabe reagir diante do que está acontecendo, bem como é pertinente também na medida em que projeta um comportamento futuro e faz a cidade refletir sobre as suas escolhas. E mais: discutir o processo eleitoral, digo de comunicação em si das campanhas até então enfadonhas e que pouco fazem em termos de despertar um novo olhar para a própria cidade. Outro ponto que deve ser levando em conta nessa reflexão é o papel que exerceu a imprensa até a última eleição e como ela ficará no futuro do debate público com o advento das novas mídias e redes sociais. As novas mídias poderão levar a maior obsolescência da imprensa local que tradicionalmente em Sete Lagoas prefere atuar como voz oficial à exercer um papel fiscalização?
Quanto a tendência que aponta o autor do artigo e ator social importante que é Geraldo Donizente, eu também cheguei a pensar o mesmo: que o fracasso que projetei até mesmo antes da eleição do governo Maroca pudesse revitalizar os políticos tradicionais. Mas estou já algum tempo revendo essa posição. Penso agora que não mais é possível antecipar o que vai acontecer e principalmente prever até o ganhador como foi possível na última eleição, onde o jogo já parecia ter sido jogado, portanto, com resultado prévio. Não imagino que será assim mais porque Sete Lagoas, está cada dia mais claro, vai ficando super complexa e isso vai ser melhor visto em 2012, onde haverá uma partida eleitoral com resultados totalmente incerto. A seguir o artigo:
Seu artigo é muito bom e oportuno para provocar o debate sobre administração atual e levar a sociedade, a quem sabe reagir diante do que está acontecendo, bem como é pertinente também na medida em que projeta um comportamento futuro e faz a cidade refletir sobre as suas escolhas. E mais: discutir o processo eleitoral, digo de comunicação em si das campanhas até então enfadonhas e que pouco fazem em termos de despertar um novo olhar para a própria cidade. Outro ponto que deve ser levando em conta nessa reflexão é o papel que exerceu a imprensa até a última eleição e como ela ficará no futuro do debate público com o advento das novas mídias e redes sociais. As novas mídias poderão levar a maior obsolescência da imprensa local que tradicionalmente em Sete Lagoas prefere atuar como voz oficial à exercer um papel fiscalização?
Quanto a tendência que aponta o autor do artigo e ator social importante que é Geraldo Donizente, eu também cheguei a pensar o mesmo: que o fracasso que projetei até mesmo antes da eleição do governo Maroca pudesse revitalizar os políticos tradicionais. Mas estou já algum tempo revendo essa posição. Penso agora que não mais é possível antecipar o que vai acontecer e principalmente prever até o ganhador como foi possível na última eleição, onde o jogo já parecia ter sido jogado, portanto, com resultado prévio. Não imagino que será assim mais porque Sete Lagoas, está cada dia mais claro, vai ficando super complexa e isso vai ser melhor visto em 2012, onde haverá uma partida eleitoral com resultados totalmente incerto. A seguir o artigo:
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A posse de Maroca no comando do município foi cercada de uma enorme expectativa dos seus eleitores, que viam nele, a esperança de mudança e o rejuvenescimento da política de Sete Lagoas.
Sua campanha - não custa lembrar - foi baseada em promessas pouco factíveis, (implantação de 60 PSF’s com dois médicos cada; profissionalização e valorização dos servidores; Melhoria da Saúde, da Educação, do transporte coletivo etc.), mas, os eleitores ansiosos por mudanças, não perceberam a inconsistência do discurso.
Nem bem tomou posse passou a desfiar um novelo sem fim de erros, dentre eles, a nomeação de Secretários oriundos do quinto escalão da tecnocracia tucana do Estado, pensando que estava trazendo para Sete Lagoas, a fina flor da administração Aecista.
Ledo engano! Por mais de um ano ficou a mercê destes e enfrentou um desgaste prematuro e intenso, já que os Doutores não deram conta do recado e colocou sua administração a deriva.
Pressionado pela opinião pública, pela oposição e até por membros de seu staf demitiu alguns deles e insinuou que as mudanças que estavam por vir, independiam da aprovação dos partidos que o apoiaram na sua eleição.
Neste ponto, o PT rangeu os dentes, mostrou a faca e apresentou a conta, ameaçando pular do barco tucano e partir para a oposição. Conduzidos com maestria por Flávio de Castro, os vereadores e filiados do PT desistiram da empreitada, e em troca, passaram a ocupar diversos cargos na Administração.
Ato inverso, o PSDB local, empresários apoiadores e parentes do Prefeito sentiram alijados do comando do Governo e, em razão disto, alguns deles, pediram o boné, outros se acomodaram e os demais passaram a destilar o inconformismo, instituindo a intriga e a cizânia no seio da Administração.
Em vista disto, e em razão da falta de comando, a cidade paga o pato, e nem as atividades mais comezinhas de qualquer administração não são executadas. O mato toma conta das praças, a limpeza urbana não existe, a ocupação ilegal de espaços públicos por ambulantes, comerciantes, raizeiros e quem quer que queira, polui a cidade e institui o caos urbano. Portanto, nem é bom pensar em projetos grandiosos, ou em soluções para o crescimento desordenado da cidade, ou para a saúde. Seria sonhar demais.
A atitude de Maroca, ou a falta dela, me faz lembrar Célio de Castro, que tal qual a ele, era bonzinho, educado e honesto, mas não tinha voz de comando. Enquanto Prefeito de BH não resistiu às inúmeras pressões do cargo e numa greve de professoras, (que ocuparam o seu gabinete, cozinhavam e lá esticaram um varal para secar calcinhas) sucumbiu sofrendo um AVC que o tornou inválido para os restos dos seus dias.
Os equívocos desta administração terão efeitos perenes e tendem a contaminar os “novos” políticos, pois, ao meu sentir, futuros candidatos a Prefeito como o Emílio, Caio Dutra, Flavio de Castro, Duílio, Leonardo Barros etc. terão enormes dificuldades em convencer o eleitorado a votarem novamente em um candidato “novo” e sem experiência administrativa. O eleitor poderá lembrar o “efeito Orloff”.
Em razão disto, penso que o eleitor poderá buscar um candidato que já tenha exercido esta função, ou seja, um ex-prefeito. Múcio Reis, Leone e Canabrava, no meu modo de pensar, podem ser revitalizados pelo eleitorado, a se confirmar um eventual fracasso do Maroca.
É a vida! É a política. Enfim, é a democracia que se acentua como o único regime político que nos permite a mudar o condutor da nau, na esperança de que o próximo nos conduza, com garra e vontade, a mares de prosperidade, solidariedade e cidadania plena.
Ou, que pelo menos, tente!
Geraldo Donizete de Carvalho
Advogado
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