sexta-feira, 23 de abril de 2010

SETE LAGOAS MUDANDO: SETOR AUTOMOTIVO SUPERA ARRECADAÇÃO DO FERRO GUSA


Por Celso Martinelli, no Sete Dias:
O setor siderúrgico deixou de ser a maior fonte de arrecadação para o município de Sete Lagoas desde 2008. O setor automotivo, que tem sua principal referência na Iveco Fiat e fabricantes de autopeças – a maior parte fornecedores da montadora – representa, de acordo com índices do Valor Adicionado Fiscal (VAF) de 2008, 32,53% da arrecadação, enquanto o gusa estacionou em 26,29%. Juntos, os dois segmentos somam 58,82% da economia sete-lagoana. De acordo com Eder Bolson, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, antes da instalação da Iveco, em 2000, o gusa equivalia a 50% da economia local.
Os números são realmente expressivos. Somente em 2008, o VAF de Sete Lagoas foi de aproximadamente R$ 3 bilhões, sendo que o setor automotivo movimentou R$ 840 milhões e o gusa, R$ 678 milhões. Eder Bolson ressalta que a Iveco qualificou a mão-de-obra da cidade, além de colaborar substancialmente para minimizar a dependência da cidade em relação à siderurgia. “A mão-de-obra do setor automotivo e de autopeças é mais qualificada. Os funcionários do segmento participam constantemente de cursos para acompanhar toda a modernização que envolve o setor”, considera o secretário.
Outros segmentos mais expressivos, mas só que em menor escala, são: laticínios (3,81%) e têxtil (4,59%). O crescimento não para por aí: Bolson conta que semanalmente ele recebe empresários de toda parte do país interessados em instalar empresas e indústrias na cidade. A Iveco, e agora mais recentemente a AmBev, segundo ele, agregam muito valor à economia local. “O processo não se encerra na instalação de uma grande indústria, muita coisa vem a reboque. A grande preocupação é em relação à mão-de-obra. Corremos o risco de importar muita gente com melhor qualificação”, alerta Bolson.
De acordo com o secretário, quem tem qualificação já está nos postos de trabalho disponíveis. “Infelizmente, as pessoas não conseguem ver as oportunidades. Há vários cursos no Senac, por exemplo, a baixo custo, mas que não conseguem fechar uma turma por falta de interessados. Pelo menos sete hotéis vão ser instalados na cidade e hoje não vejo mão-de-obra para assumir estes empregos que surgirão. Um hotel de 80 apartamentos emprega basicamente 40 pessoas. A população precisa buscar e se preparar para não ficar à margem deste desenvolvimento”, analisa.
O gusa, que no auge de sua produção já empregou mais de 5 mil funcionários, hoje não chega à metade deste número. Segundo o secretário Eder Bolson, a construção civil foi de extrema importância para evitar uma crescente de desempregados com a crise do setor siderúrgico. “Estes trabalhadores migraram para a construção civil, tornaram-se serventes de pedreiros, pedreiros, principalmente pelo mínimo de escolaridade que a profissão exige. Foi um segmento que ajudou e muito Sete Lagoas a sofrer menos com a crise”, finaliza o secretário.

Um comentário:

Anônimo disse...

so ouco baboseira quando se fala em aumentar o nro de hoteis
lugar nenhum do mundo existe vaga em hotel apos as 18 horas so no conceito tecnocrata que os hoteis ficam com os aptos vazios esperando cliente apos as 20 horas
portanto o ponto de equilibrio da hotelaria e de 150 leitos para a temporada aquecida de negocios que e de segunda a sexta,neste momento existem mais de 200 leitos em implantacao
por politica erronea estao criando um mercado que ja esta solucionado
o que falta e banheiro no centro e orla,restaurantes,informacoes aos visitantes,socorro medico,assistencia odontologica,suporte agencia turismo etc
e so hoteis quem pagam o pato
jose carlos
nucleo de hoteis sete lagoas