Por Reinaldo Azevedo:
Bem, a questão está em todo canto. E, pois, aqui também. Sem muito teretetê: “O que Aécio Neves ganharia sendo vice na chapa de Serra?” Vamos ver.
Caso o tucano se eleja presidente, ganha o que quiser, o que achar melhor para seu futuro político. Também terá mais presença na televisão e, eventualmente, mais estrutura para fazer a campanha de Antonio Anastasia, que enfrenta uma parada dura no estado contra o peemedebista Helio Costa. Vamos mudando os cenários.
Caso Aécio se lance ao Senado, estará, sabemos, eleito. Com Serra presidente, continua a ser um cardeal, mas sua influência tenderia a ser maior, parece-me, como vice. E tanto melhor se Anastasia também se eleger.
Pode acontecer, no entanto, de Serra e Anastasia perderem, embora Aécio se eleja para o Senado. O cargo é importante, e o ex-governador de Minas é um bom articulador político. Seu espaço está garantido na política nacional. Mas qual? Parece certo que Geraldo Alckmin vencerá a disputa em São Paulo. Na hipótese de Serra e Anastasia não lograrem êxito, estaremos diante de um dado estrutural, ditado pelas circunstâncias: Alckmin se tona a principal liderança da oposição.
Mas dirá alguém: “Aécio pode ser vice de Serra, e ambos podem ser derrotados juntos”. Sim, essa possibilidade existe. Mas o ex-governador terá feito uma campanha de alcance nacional, que facilita o seu trânsito em disputas futuras. E também teria guardado o lugar na fila da oposição, o que conta muito. Não é uma decisão tranqüila, é claro!
Sudeste
O empate entre Serra e Dilma Rousseff (PT) no Datafolha se explica, em boa parte, pelo encurtamento da diferença no Sudeste. Na pesquisa de 19 de Abril, ele vencia por 45% a 26%. Na divulgada no sábado, por 40% a 33%. Não foram divulgados números por estado, mas é possível que Minas e São Paulo tenham tido peso importante na diminuição dessa diferença.
Alckmin, tudo indica, não terá grandes dificuldades em São Paulo, embora a máquina petista vá apostar alto no Estado, e Aécio é quem é em Minas, com as possibilidades elencadas acima.
O que estou dizendo é que, se querem mesmo ganhar — e acho que seria conveniente que todos no ninho se convencessem de que isso pode ser vital para o partido e, pois, para cada um deles —-, será necessária uma unidade que, em larga medida, é inédita no PSDB. É preciso conversar muito mais, articular muito mais, combinar muito mais.
Se um tucano me perguntasse: “Você acha que dá para ganhar?” A minha resposta seria esta: “Dá! Mas Serra, Aécio e Alckmin têm de estar real e absolutamente unidos nesse propósito”.
Bem, a questão está em todo canto. E, pois, aqui também. Sem muito teretetê: “O que Aécio Neves ganharia sendo vice na chapa de Serra?” Vamos ver.
Caso o tucano se eleja presidente, ganha o que quiser, o que achar melhor para seu futuro político. Também terá mais presença na televisão e, eventualmente, mais estrutura para fazer a campanha de Antonio Anastasia, que enfrenta uma parada dura no estado contra o peemedebista Helio Costa. Vamos mudando os cenários.
Caso Aécio se lance ao Senado, estará, sabemos, eleito. Com Serra presidente, continua a ser um cardeal, mas sua influência tenderia a ser maior, parece-me, como vice. E tanto melhor se Anastasia também se eleger.
Pode acontecer, no entanto, de Serra e Anastasia perderem, embora Aécio se eleja para o Senado. O cargo é importante, e o ex-governador de Minas é um bom articulador político. Seu espaço está garantido na política nacional. Mas qual? Parece certo que Geraldo Alckmin vencerá a disputa em São Paulo. Na hipótese de Serra e Anastasia não lograrem êxito, estaremos diante de um dado estrutural, ditado pelas circunstâncias: Alckmin se tona a principal liderança da oposição.
Mas dirá alguém: “Aécio pode ser vice de Serra, e ambos podem ser derrotados juntos”. Sim, essa possibilidade existe. Mas o ex-governador terá feito uma campanha de alcance nacional, que facilita o seu trânsito em disputas futuras. E também teria guardado o lugar na fila da oposição, o que conta muito. Não é uma decisão tranqüila, é claro!
Sudeste
O empate entre Serra e Dilma Rousseff (PT) no Datafolha se explica, em boa parte, pelo encurtamento da diferença no Sudeste. Na pesquisa de 19 de Abril, ele vencia por 45% a 26%. Na divulgada no sábado, por 40% a 33%. Não foram divulgados números por estado, mas é possível que Minas e São Paulo tenham tido peso importante na diminuição dessa diferença.
Alckmin, tudo indica, não terá grandes dificuldades em São Paulo, embora a máquina petista vá apostar alto no Estado, e Aécio é quem é em Minas, com as possibilidades elencadas acima.
O que estou dizendo é que, se querem mesmo ganhar — e acho que seria conveniente que todos no ninho se convencessem de que isso pode ser vital para o partido e, pois, para cada um deles —-, será necessária uma unidade que, em larga medida, é inédita no PSDB. É preciso conversar muito mais, articular muito mais, combinar muito mais.
Se um tucano me perguntasse: “Você acha que dá para ganhar?” A minha resposta seria esta: “Dá! Mas Serra, Aécio e Alckmin têm de estar real e absolutamente unidos nesse propósito”.
Um comentário:
Aécio Neves deveria ler o post de Reinaldo Azevedo. E Serra e Alckmin também!
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