quinta-feira, 3 de junho de 2010

CAIO DUTRA: DOENTE OU FUJÃO?

Ao chegar na Câmara de Sete Lagoas nesta terça-feira (1), fui informado por um assessor que o vereador Caio Dutra (PMDB) estava doente e internado no Hospital Nossa Senhora das Graças com "suspeita de enfarto". Reagi à notícia com preocupação óbvia dos seres humanos que tem o sentimento de compaixão pelo outro: perguntei "é grave?", porque a informação era até de um ataque cardíaco. Aí veio uma resposta interessante diante da minha preocupação: "não, não, é só um princípio de enfarto". Ou seja, eles fizeram questão de amenizar o meu temor. E fizeram o certo politicamente, porque uma doença, quando de fato grave, num político tão novo, pode ser devastadora tanto quanto um desgaste público.

Quer dizer, se verdadeira a notícia poderia justificar a falta do vereador mas não poderia ser assim algo muito grave; e, a alegação mesmo sendo apenas de uma suspeita de enfarto se descoberta mentirosa poderia revelar um fujão. Afinal, a reunião discutiria a proposta de aumento irresponsável para funcionalismo e os senhores parlamentares ficaram entre a "cruz e a espada": aprovar o aumento endossando um crime de irresponsabilidade fiscal ou sofrer o desgaste de votar contra o interesse do funcionalismo?

Pois bem, mas quem pode dizer que o doutor Caio Dutra (PMDB) não estava doente, não é mesmo? Só os exames. E não é que eles mostraram exatamente isso o vereador não estava doente, que ele não teve nem o "princípio de enfarto". Quem me disse isso? O próprio vereador com quem eu encontrei todo animado ontem à noite na festa da barraquinha de Santo Antônio, tomando sereno, naquele frio todo, lá estava ele estava com a família curtindo o momento.

Ah, então era uma farsa? Não, não dá para afirmar isso de jeito nenhum, mesmo com os exames não confirmando nem mesmo o "princípio de enfarto", porque o doutor Caio até mostrou a marca no braço dos exames que fez.

Agora, o que eu achei engraçado de todo o evento é que na mesma quarta-feira em que encontrei com o vereador na barraquinha à noite fui informado à tarde, em seu gabinete, pelos assessores, que ele já tinha deixado o hospital, mas se encontrava em casa, sob repouso absoluto. Assim, naturalmente, eu fiquei na dúvida se ele estava doente como me disseram na terça-feira ou tinha fugido da polêmica.

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