Por Denise Menchen, na Folha Online.
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira que a tragédia causada por enchentes no Alagoas e em Pernambuco foi causada por falta de preparo dos governos federal e estaduais para enfrentar eventos extremos.
“As pessoas estão sendo afetadas pela junção de duas coisas: os eventos extremos e a falta de preparo para enfrentar esses eventos”, disse em Itaipava, na região serrana do Rio de Janeiro. Deste a semana passada, 41 pessoas morreram nos dois Estados por conta das enchentes.
Ela também criticou ainda como os recursos públicos são investidos para esse tipo de situação. “O Brasil investiu R$ 130 milhões em prevenção de situação de risco e gastou cerca de R$ 1 bilhão para situações já de fato consumado.”
A senadora apontou o caso governo paulista, administrado pelo PSDB desde 1995. “Em São Paulo, por exemplo, a gente tem o mesmo governo há 20 anos e não se adotou políticas continuadas para este tipo de situação”, afirmou.
Ela criticou a forma como os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) são feitos. Segundo reportagem de “O Globo” de hoje, os empréstimos do banco têm elevado a dívida bruta do país e a concessão de subsídios para grandes empresas, afirmam analistas.
“É fundamental que se tenha transferência. Uma questão como essa tem que constar do orçamento público para que as pessoas vejam claramente quais são critérios desta ou daquela empresa”, disse a candidata.
O volume de desembolsos da instituição saltou de R$ 20 bilhões em 2000 para R$ 140 bilhões neste ano.
Marina voltou comentar o caso do dossiê feito por um “grupo de inteligência” da pré-campanha da petista Dilma Rousseff. Para a senadora, qualquer informação em relação aos candidatos deve ser obtida através dos meios legais.
“Espero que nessa campanha prevaleça o debate e não a rasteira e o golpe baixo”, disse. Ela afirmou, porém, que não tem preocupação de que seja feito um dossiê contra ela.
Marina disse que a Lei da Ficha Limpa só aconteceu por conta da pressão popular. “Se fosse só pelo Congresso isso não teria sido aprovado.”
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