sexta-feira, 23 de julho de 2010

PIMENTEL É O RESPOSÁNVEL PELO CRIME DE QUEBRA DE SIGILO FISCAL NA RECEITA FEDERAL, DIZ SERRA

Do O Tempo:
Um dia após a identificação da analista da Receita Federal por cuja senha foram acessados os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Calas, os tucanos atacaram duramente os adversários do PT e o governo Lula. O discurso associou o vazamento das informações com o que chamam de "aparelhamento" partidário.

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deu nome a seus suspeitos e culpou dirigentes do PT pela quebra do sigilo fiscal. Em entrevista a jornalistas da Rádio Gaúcha e do jornal Zero Hora, o presidenciável acusou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel de coordenar a ação.

"Eles tinham montado um grupo de dossiê sujo. Isso é jogo sujo e o PT estava montando isso agora. E foi descoberto inclusive contratando ex-delegado, tudo coordenado por um personagem de importância no PT que é o atual candidato ao senado de Minas Gerais, o Fernando Pimentel. Ele é o organizador disso. Não é um zé ninguém dentro de PT", acusou Serra.

O material seria usado para alimentar o suposto dossiê planejado pela campanha da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) para atingir os oponentes.

Mais cedo, o tucano havia afirmado que há uma mistura entre Estado e governo, com a politização de empresas públicas e as agências reguladoras, por exemplo. "Se politizou. Se confundiu Estado com governo".

Ninho. Serra não foi o único tucano a bater duro nos oponentes por conta do episódio do vazamento. O senador e candidato à reeleição no Ceará Tasso Jereissati acusou o PT de usar a máquina "sem nenhum escrúpulo". "O PT está acabando com este país. Está usando a máquina, está praticamente tirando todo o sentido de ética da coisa pública, usando de maneira realmente sem nenhum escrúpulo tudo o que é possível", criticou.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), defendeu apenas que se descubra o motivo que levou ao vazamento dos dados do Imposto de Renda de Caldas. Mais do que levantar o nome de quem praticou o crime, ele avalia que o importante é saber "para quem o trabalho foi feito".

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acusou o auditor da Receita Washington Afonso Rodrigues de ser um dos suspeitos. Para Dias, Rodrigues tem precedentes por ter "bisbilhotado", em 2006, dados de 13 mil pessoas entre físicas e jurídicas.

"Colocar isso é meu dever depois que o nome dessa mulher (a analista Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Silva) foi divulgado. Ela está sendo usada para acobertar um responsável maior", declarou. Leia mais aqui

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