Por: ÉRICA FRAGA - DE SÃO PAULO
Os gastos excessivos do setor público contribuem para que o Brasil divida com a Turquia o posto de país emergente com a menor taxa de poupança doméstica.
A poupança de um país engloba recursos que, em vez de serem destinados ao consumo, são economizados. Na conta, entram tanto governo como empresas e famílias.
Segundo dados da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), Brasil e Turquia tinham taxas de poupança doméstica próximas a 15% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, a menor entre 24 mercados emergentes.
O percentual baixo contrasta com números de 54,5% da China, 31,4% da Índia, 24% da Argentina e 21,7% do México.
País que poupa pouco tem baixa capacidade de financiar investimentos. Se há disposição do setor privado para investir muito, os recursos precisam vir de fora.
É exatamente o que vem ocorrendo no Brasil, onde os investimentos produtivos das empresas têm aumentado, nos últimos anos, em um ambiente de forte consumo do governo e das famílias.
A consequência da baixa poupança doméstica tem sido deficit crescentes nas chamadas transações correntes do país com o exterior.
Depois de registrar superavit em conta corrente entre 2003 e 2007, o Brasil voltou a apresentar deficit em 2008. Os deficit em conta corrente do país acumulados em 12 meses têm crescido de forma consecutiva nos últimos dez meses, alcançando 2,24% do PIB em julho.
Robert Wood, analista sênior da EIU, diz que as reformas feitas na última década para aumentar a estabilidade econômica e desenvolver os mercados de capitais criaram um melhor ambiente para que as famílias brasileiras pudessem poupar parte de sua renda.
"Mas o fato de que a poupança doméstica permanece tão baixa sugere que fatores inerciais, como temor de volta da inflação ou de confiscos, e culturais, como a baixa propensão para poupar, talvez continuem sendo determinantes", diz Wood.
SETOR PÚBLICO
Além disso, o setor público continua gastando muito mais do que arrecada: o deficit nominal alcançou 3,36% do PIB nos 12 meses terminados em julho passado contra, respectivamente, 3,23% e 2,23% no mesmo período de 2009 e 2008.
Economistas projetam que o deficit em conta corrente continuará aumentando. Mas se perguntam sobre até que ponto investidores de fora estarão dispostos a financiá-lo, pois a fatia do deficit coberta por capital de curto prazo (que pode deixar o país da noite para o dia) aumentou significativamente.
Os gastos excessivos do setor público contribuem para que o Brasil divida com a Turquia o posto de país emergente com a menor taxa de poupança doméstica.
A poupança de um país engloba recursos que, em vez de serem destinados ao consumo, são economizados. Na conta, entram tanto governo como empresas e famílias.
Segundo dados da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), Brasil e Turquia tinham taxas de poupança doméstica próximas a 15% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, a menor entre 24 mercados emergentes.
O percentual baixo contrasta com números de 54,5% da China, 31,4% da Índia, 24% da Argentina e 21,7% do México.
País que poupa pouco tem baixa capacidade de financiar investimentos. Se há disposição do setor privado para investir muito, os recursos precisam vir de fora.
É exatamente o que vem ocorrendo no Brasil, onde os investimentos produtivos das empresas têm aumentado, nos últimos anos, em um ambiente de forte consumo do governo e das famílias.
A consequência da baixa poupança doméstica tem sido deficit crescentes nas chamadas transações correntes do país com o exterior.
Depois de registrar superavit em conta corrente entre 2003 e 2007, o Brasil voltou a apresentar deficit em 2008. Os deficit em conta corrente do país acumulados em 12 meses têm crescido de forma consecutiva nos últimos dez meses, alcançando 2,24% do PIB em julho.
Robert Wood, analista sênior da EIU, diz que as reformas feitas na última década para aumentar a estabilidade econômica e desenvolver os mercados de capitais criaram um melhor ambiente para que as famílias brasileiras pudessem poupar parte de sua renda.
"Mas o fato de que a poupança doméstica permanece tão baixa sugere que fatores inerciais, como temor de volta da inflação ou de confiscos, e culturais, como a baixa propensão para poupar, talvez continuem sendo determinantes", diz Wood.
SETOR PÚBLICO
Além disso, o setor público continua gastando muito mais do que arrecada: o deficit nominal alcançou 3,36% do PIB nos 12 meses terminados em julho passado contra, respectivamente, 3,23% e 2,23% no mesmo período de 2009 e 2008.
Economistas projetam que o deficit em conta corrente continuará aumentando. Mas se perguntam sobre até que ponto investidores de fora estarão dispostos a financiá-lo, pois a fatia do deficit coberta por capital de curto prazo (que pode deixar o país da noite para o dia) aumentou significativamente.
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