Segue um bom texto de Carla Kreefft publicado hoje em O Tempo que trata da composição do novo secretariado de Anastasia. A observação que faço é que não penso que a formação do governo de grande composição política seja para "não arriscar" politicamente, mas que se trata uma escolha política visionária de um homem político, em contraposição a ideia simplista de que Anastasia é apenas um bom técnico apadrinhado pelo Aécio Neves. Segue seu ensaio, o título acima também é dela:
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O governador Antonio Anastasia conseguiu, com a composição de seu novo secretariado, fechar um bom círculo político ao seu redor. Consciente de que não tem a força política que tem Aécio Neves, o governador resolveu não arriscar - é mais seguro manter as alianças políticas bem alimentadas.
As escolhas apontam, certamente, para 2014. Anastasia não será candidato. Ele já está em seu segundo mandato, mas não deixará, ao lado de Aécio Neves, de tentar fazer seu sucessor. Na verdade, essa estratégia de todos unidos em torno do PSDB mineiro e contra o PT no Estado começou há oito anos, e a intenção é esticá-la por mais dois mandatos. Até aqui, deu muito certo, e só dependerá da habilidade política para continuar sendo bem-sucedida.
A pergunta que fica no ar é quanto ao PMDB mineiro. O partido não está no primeiro escalão de Anastasia, mas ainda não está claro que será oposição no Estado. Possivelmente, a legenda adotará a tal "posição independente", o que, em outras palavras, significa que haverá uma divisão entre os que se alinham com o PSDB e os que estão mais próximos do PT.
Mas, ainda que o PT consiga a adesão de alguns peemedebistas, o partido terá muitas dificuldades para fazer oposição. PT e PCdoB estão bastante sozinhos. Solitários o suficiente para não incomodar o governo que tomará posse em janeiro de 2011.
Dificuldades na Assembleia o governo não teve e deverá continuar não tendo problemas. Mas também é verdade que, apesar de não possuir muito poder de ação, a oposição promete ser mais barulhenta. O barulho não incomoda muito, exceto em período eleitoral.
Engana-se quem pensa que 2014 ainda está longe.
As escolhas apontam, certamente, para 2014. Anastasia não será candidato. Ele já está em seu segundo mandato, mas não deixará, ao lado de Aécio Neves, de tentar fazer seu sucessor. Na verdade, essa estratégia de todos unidos em torno do PSDB mineiro e contra o PT no Estado começou há oito anos, e a intenção é esticá-la por mais dois mandatos. Até aqui, deu muito certo, e só dependerá da habilidade política para continuar sendo bem-sucedida.
A pergunta que fica no ar é quanto ao PMDB mineiro. O partido não está no primeiro escalão de Anastasia, mas ainda não está claro que será oposição no Estado. Possivelmente, a legenda adotará a tal "posição independente", o que, em outras palavras, significa que haverá uma divisão entre os que se alinham com o PSDB e os que estão mais próximos do PT.
Mas, ainda que o PT consiga a adesão de alguns peemedebistas, o partido terá muitas dificuldades para fazer oposição. PT e PCdoB estão bastante sozinhos. Solitários o suficiente para não incomodar o governo que tomará posse em janeiro de 2011.
Dificuldades na Assembleia o governo não teve e deverá continuar não tendo problemas. Mas também é verdade que, apesar de não possuir muito poder de ação, a oposição promete ser mais barulhenta. O barulho não incomoda muito, exceto em período eleitoral.
Engana-se quem pensa que 2014 ainda está longe.
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