domingo, 22 de maio de 2011

SITUAÇÃO CRÍTICA DA SAÚDE DE SL DEIXA DE SAIA JUSTA NOVAMENTE O GOVERNADOR ANASTASIA

(data original da postagem, 28 fevereiro de 2010, às 21:21)
Em entrevista ao jornalista Rayder Bragon, do UOL Notícia22s, o governador Anastasia (PSDB) é cobrado novamente pela ineficiência da saúde de Sete Lagoas. Abaixo segue a pergunta e o que disse o governador. Agradeço a visita a Sete Lagoas da reportagem nacional para mostrar as mazelas locais:

UOL - A reportagem do UOL Notícias esteve no penúltimo fim de semana
no Hospital Municipal de Sete Lagoas e encontrou (pacientes em) macas nos corredores. Como está a saúde no Estado e que o senhor pretende fazer em relação à saúde?

ANASTASIA - Não há nenhuma enquete de opinião pública que não coloque a saúde como maior demanda da população. E esse dado objetivo existe por duas razões: primeiro a saúde se refere ao nosso bem mais valioso, que é a nossa vida, e segundo porque a saúde pública como um todo, no Brasil, nos Estados e nos municípios, enfrenta muitas dificuldades. O que nós temos de fazer? A [questão] da saúde tem de ser enfrentada em diversas frentes. Um primeiro grande esforço é exatamente a questão da descentralização da saúde. Isso eu estou falando em termos da realidade mineira. Porque até há alguns anos, a estrutura do atendimento era concentrada em BH. Tínhamos a ambulanciaterapia, as pessoas vinham para aqui por qualquer coisa. Resultado havia um inchaço muito grande no atendimento em BH. O objetivo maior foi criar nos últimos anos uma rede regional de atendimento, chamado Pró-Hosp, com objetivo de dar a hospitais de cidades maiores e médias condições de dar um atendimento razoável dentro da sua especialidade. Isso aconteceu também com CTIs e UTIs no norte de MG, que não existiam. O segundo passo foi a tentativa de nós fortalecermos muito a estrutura de atenção primária, que são as unidades básicas de saúde. Foram feitas mais de 1.600 unidades nos últimos anos. Isso dá um primeiro atendimento para, muitas vezes, a pessoa não precisar sobrecarregar desnecessariamente essa rede de atendimento secundária, que são os hospitais. E é claro com atendimento de alta complexidade com investimentos feitos em cidades maiores, como foi o caso de Uberlândia (Triângulo Mineiro), onde nós inauguramos um novo hospital, e a reforma completa do pronto-socorro (João 23, em Belo Horizonte). A inauguração do pronto-socorro Risoleta Neves, em Venda Nova (BH), e outras unidades que foram construídas com esse objetivo. Mas a descentralização não está concluída. È um processo que não vai estar concluído completamente ao cabo do meu mandato nem nos próximos 12 anos.

Quanto mais eu faço investimentos na saúde, muitas vezes, a demanda aumenta, porque a pessoa tem uma demanda reprimida e ela naturalmente se desloca ali em razão de um valor muito alto que é a vida. Então o processo de descentralização continua. No programa de governo, nós propusemos a construção de alguns hospitais regionais maiores, que também não é uma solução por si só.

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