terça-feira, 31 de maio de 2011
Iveco e Sempre Um Papo trazem Juca Kfouri à Sete Lagoas
Acordo nacional tira PSDB da aliança e une PT, PCdoB e PSB, diz jornal O Tempo
domingo, 29 de maio de 2011
Uma nova chance para o PSDB NACIONAL
E qual é saldo que se vê de todo esse imbróglio? O PSDB saiu como desejava Anastasia, mais nacional - equilibrado. O episódio uniu o PSDB de São Paulo. E no longo prazo o partido pode ganhar com essa nova configuração. E agora o que vai acontecer? Quem será o candidato a presidente?
sábado, 28 de maio de 2011
Artigo da senadora Kátia Abreu, publicado hoje Folha de São Paulo
Os ambientalistas não gostam de democracia
Os produtores rurais são otimistas em relação ao futuro e desejam o aumento da produção e da renda como aspiração legítima da sociedade. Para atingir seus propósitos, acreditam nos mecanismos da democracia representativa. Por imaginar que os recursos da terra chegaram ao limite de utilização, os ambientalistas defendem a contenção e a modificação imediata do consumo das pessoas. Tornaram-se o que se pode chamar de conservadores da era pós-moderna. Para eles, o que importa é recriar ambientes naturais que existiam antes do capitalismo moderno. No fundo, a atual luta dos ambientalistas contra os produtores brasileiros é apenas um capítulo de sua guerra contra as formas de viver e de produzir que a ciência e a tecnologia permitiram, e que os homens naturalmente escolheram.
Essa visão tem graves consequências éticas, uma vez que implica limitar o jogo do consumo quando a grande maioria da humanidade ainda vive com baixa qualidade de vida e bem-estar. Os produtores do Brasil, e grande parte da sociedade que os apoia, filiam-se a uma tradição mais otimista na capacidade que tem o homem de adaptar-se às mudanças no mundo material. Desde os primórdios, a história não tem sido uma narrativa de fracassos e de desastres, mas, pelo contrário, de adaptação criativa e de superação. Apesar de alguns insucessos, a marcha geral da civilização, invariavelmente, é positiva. No caso brasileiro, a adaptação da produção agrícola à evidente finitude dos recursos naturais já vem ocorrendo há tempos.
Nas últimas três décadas, a produção de grãos no país passou de 47 milhões de toneladas para 159 milhões de toneladas, enquanto a área plantada cresceu apenas de 37 para 49 milhões de hectares, com elevação de 151% na produtividade. Se, em 2010, tivéssemos a mesma produtividade de 1977, teriam sido necessários, para a mesma produção agrícola, uma área total de 122 milhões de hectares, 73 milhões de hectares a mais do que efetivamente utilizamos. O que poupa recursos e preserva o mundo natural de utilização não são normas, burocratas e retórica ambiental, mas a ação dos produtores e o apoio do avanço científico. Na prática, a política ambientalista não confia nas instituições da democracia representativa.
Longe dos principais partidos, seus integrantes exilam-se em pequenas siglas, em que desfrutam da comodidade do pensamento único, dispensando-se das canseiras do debate e do convencimento. Com o apoio financeiro de empresas que se apropriam da natureza como ingrediente de marketing, procuram influir na burocracia do Estado para impor à sociedade sua visão restrita do mundo. E fogem da luta parlamentar -não propõem emendas nem projetos alternativos. No Brasil, até aqui, tiveram êxito. Há 46 anos, o Congresso vem sendo privado de votar normas ambientais. A legislação em vigor foi criada ou modificada por meio de decretos, de resoluções e de portarias, decididas sem transparência e longe dos olhos da sociedade.
Os produtores rurais dependem da democracia para viver, produzir e progredir. Por isso, sua arena é o Parlamento e suas razões precisam ser compartilhadas pela maioria. Como se vê, estamos diante de duas visões de mundo e de dois modos de ação política. O que prevalecer vai ditar os próximos rumos da sociedade, da economia e da política brasileiras.
KÁTIA ABREU (DEM-TO), 49, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados, a cada 14 dias, neste espaço.
Jornal Sete Dias Errou FEIO DE Novo!
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(data original da postagem, 27 de maio de 2011, às 11:04)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Uma em cada 4 metas estão atrasadas na Gestão Kassab; Na 'Gestão' Dilma é diferente: 4 em cada 4 nem começaram
Kassab diz que há tempo para cumprir metas em São Paulo
quinta-feira, 26 de maio de 2011
PSDB deve se 'nacionalizar ' para vencer, diz Anastasia
Da Folha de São Paulo:
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Itamar é internado em SP para tratar leucemia
Itamar é internado em SP para tratar leucemia
Por GABRIELA GUERREIRO, Na Folha:
Sérgio Lima - 14.abr.2011/Folhapress |
Itamar Franco é internado em SP para tratar leucemia |
Revolta se amplia! Mais um protesto em Sete Lagoas, este "termina em confusão e três presos em Sete Lagoas", informa Jornal O tempo
terça-feira, 24 de maio de 2011
Múcio não se Sustenta!
Múcio não se Sustenta!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Quanto é o IDEB da escola do seu filho?
domingo, 22 de maio de 2011
Minha ética no TRATO da informação. Ou: Ética pode estar na reserva da informação como na sua socialização.
CONFORME ANTECIPADO, ARNALDO NOGUEIRA DESISTE DE TENTAR A CANDIDATURA
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE 1,5 MILHÃO SÃO INÚTEIS PARA FILTRAR E DESCONTAMINAR Á ÁGUA; MAS POPULAÇÃO COMEÇA A REAGIR
Na época o diretor presidente do SAAE, Dr. Lairson Couto, dizia que essa também era uma preocupação do prefeito Leone Maciel Fonseca: “Nós estamos buscando melhorar não só o atendimento aos usuários, mas também a qualidade da água que eles recebem em suas casas.
Promessa renovada no atual governo
Em fevereiro desse ano o novo presidente do SAAE, Sr. Ronaldo Andrade, anunciou "que após o Carnaval já estariam em funcionamento duas novas Estações de Tratamento de Água (ETA) de Sete Lagoas." Na época ainda revelei que elas não tinham entrado em operação na data prometida. E quando entraram não resolveram o problema da concentração de ferro manganês na água. Um compromisso que outro o engenheiro da autarquia, Antônio Otávio Gontijo, reforçou "com as estações, será solucionado o problema de concentração de ferro manganês destinado aos bairros localizados na região da industrial do município."
Vejamos o que isso mostra, dois governos diferentes garantindo por fim a grave ameaça da água subterrânea contaminada. Isso revela no mínimo: desconhecimento ou o mais provável, estão pouco se lixando realmente para a qualidade da á'gua que a população recebe. Ou será que estes governos não sabem que o tratamento da água do subsolo contaminado para abastecimento de uma grande população é quase sempre ineficiente. Os especialistas da área são unânimes em afirmar isso. O problema é que em Sete Lagoas a população é tratada como animal, e para bicho qualquer porcaria serve, não é mesmo?
Acontece que nós que somos tratados como animais pelos seguidos governos de Sete Lagoas podemos dizer-lhes: NÃO, NÓS NÃO SOMOS ANIMAIS, MAS SERES HUMANOS E EXIGIMOS SER TRATADO COMO TAL, EXIGIMOS RESPEITO. E FOI ISSO O QUEFIZERAM ALGUNS CIDADÃOS DE SETE LAGOAS NESTE FINAL DE SEMANA, QUE SE REUNIRÃO PARA DISCUTIR OS PROBLEMAS QUE TÊM COM O SERVIÇO DO SAAE. ABAIXO ALIÁS VOCÊS PODEM VER O EXEMPLO DO SR. MARCO ANTÔNIO PERÁCIO, QUE NO SABADO PELA MANHÃ EM SUA CASA FALA DA ÁGUA CONTAMINADA (A PRIMEIRA IMAGEM ACIMA FOI RETIRADA DO VÍDEO A SEGUIR) QUE CHEGA A SUA CASA NO BAIRRO MONTREAL E À TARDE ELE VAI LUTA DO OUTRO LADO DA CIDADE NO BAIRRO ALVORADA. (ATENÇÃO PARA ASSISTIR OS DOIS FILMES UM APÓS OUTRO CLIQUE ANTES EM ATUALIZAR NO SEU COMPUTADOR)
Não, não éramos milhares, apenas duzentas e poucas pessoas de alguns bairros como Alvorada, JK, Planalto, São Francisco, Manoa, Carmo, Montreal, Centro... E lá estávamos em um movimento cívico em favor de um direito básico: ter água de qualidade e um bom padrão de serviços. Algo que a maioria das cidades mineiras já têm há muito tempo. Enfim, foi uma importante mobilização inicial em favor da cidadania em Sete Lagoas. São pessoas que decidiram ir a luta e estão fazendo a sua parte.
Bem, volto a questão do investimento nessas duas ETEs. Como diz os especialistas e a lógica elementar o tratamento da água do subsolo é muito complexo ainda mais estando o manancial contaminado como admite as autoridades. E mais: estamos numa região cárstica populosa, onde a penetração de sujeita ocorre com facilidade devido a grande permeabilidade solo. Todo esse risco da água contaminada para a saúde mais ameaça de novos acidentes geológicos com a captação subterrânea e o risco de colapso no abastecimento deveriam ser mais que suficientes para fazer as autoridades terem responsabilidade com a população. Mas isso só aconteceria se elas tivessem respeito pessoas. Coisa inexistente em Sete Lagoas como água de qualidade.
SITUAÇÃO CRÍTICA DA SAÚDE DE SL DEIXA DE SAIA JUSTA NOVAMENTE O GOVERNADOR ANASTASIA
Em entrevista ao jornalista Rayder Bragon, do UOL Notícia22s, o governador Anastasia (PSDB) é cobrado novamente pela ineficiência da saúde de Sete Lagoas. Abaixo segue a pergunta e o que disse o governador. Agradeço a visita a Sete Lagoas da reportagem nacional para mostrar as mazelas locais:
UOL - A reportagem do UOL Notícias esteve no penúltimo fim de semana no Hospital Municipal de Sete Lagoas e encontrou (pacientes em) macas nos corredores. Como está a saúde no Estado e que o senhor pretende fazer em relação à saúde?
ANASTASIA - Não há nenhuma enquete de opinião pública que não coloque a saúde como maior demanda da população. E esse dado objetivo existe por duas razões: primeiro a saúde se refere ao nosso bem mais valioso, que é a nossa vida, e segundo porque a saúde pública como um todo, no Brasil, nos Estados e nos municípios, enfrenta muitas dificuldades. O que nós temos de fazer? A [questão] da saúde tem de ser enfrentada em diversas frentes. Um primeiro grande esforço é exatamente a questão da descentralização da saúde. Isso eu estou falando em termos da realidade mineira. Porque até há alguns anos, a estrutura do atendimento era concentrada em BH. Tínhamos a ambulanciaterapia, as pessoas vinham para aqui por qualquer coisa. Resultado havia um inchaço muito grande no atendimento em BH. O objetivo maior foi criar nos últimos anos uma rede regional de atendimento, chamado Pró-Hosp, com objetivo de dar a hospitais de cidades maiores e médias condições de dar um atendimento razoável dentro da sua especialidade. Isso aconteceu também com CTIs e UTIs no norte de MG, que não existiam. O segundo passo foi a tentativa de nós fortalecermos muito a estrutura de atenção primária, que são as unidades básicas de saúde. Foram feitas mais de 1.600 unidades nos últimos anos. Isso dá um primeiro atendimento para, muitas vezes, a pessoa não precisar sobrecarregar desnecessariamente essa rede de atendimento secundária, que são os hospitais. E é claro com atendimento de alta complexidade com investimentos feitos em cidades maiores, como foi o caso de Uberlândia (Triângulo Mineiro), onde nós inauguramos um novo hospital, e a reforma completa do pronto-socorro (João 23, em Belo Horizonte). A inauguração do pronto-socorro Risoleta Neves, em Venda Nova (BH), e outras unidades que foram construídas com esse objetivo. Mas a descentralização não está concluída. È um processo que não vai estar concluído completamente ao cabo do meu mandato nem nos próximos 12 anos.
Quanto mais eu faço investimentos na saúde, muitas vezes, a demanda aumenta, porque a pessoa tem uma demanda reprimida e ela naturalmente se desloca ali em razão de um valor muito alto que é a vida. Então o processo de descentralização continua. No programa de governo, nós propusemos a construção de alguns hospitais regionais maiores, que também não é uma solução por si só.
Legislativo de BH adota esquema de controle de presença que abona 90% das ausências
MUDANÇAS NA FEIRA HIPPE DE BH PROPOSTA PELA PREFEITURA - MINHA OPINIÃO
PBH decidiu fazer uma nova seleção dos expositores da Feira Hippie da Afonso Pena, e vai privilegiar os candidatos com base na condição financeira. “Estamos tentando contemplar quem tem uma condição socioeconômica pior”, afirma Andrea Fernandes, gerente de Feiras. O estranho além do critério principal não ser a produção de ARTE é o fato da prefeitura NÃO ter feito uma seleção pública para quem vai selecionar os feirantes.
A organização escolhida sem licitação foi o Centro Cape. Nada, em princípio contra essa ONG, tudo contra a forma de sua escolha e muita objeção também ao critério principal, a situação socioeconômico – inclusive dos feirantes já estabelecidos.
Completo minha argumentação em outras postagens abaixo e no blog (www.leonardobarros.com), mas adianto que essa decisão pode trazer sérios prejuízos a este evento que já se tornou um produto turístico de BH tipo exportação, que gera emprego e renda em boa quantidade. Claro, claro, não sou contra agregar outros talentos artísticos e eliminar a manufatura industrial da feira, mas o princípio da discriminação dos artesãos que cresceram pelo mérito artístico ali mesmo e fizeram da feira o que ela é um grave erro.
Por Iracema Amaral, no Hoje em Dia - (9/01/2011)
Depois de 27 anos na feira, artesão teme perder o direito de vender artigos feitos com sisal
Os expositores da Feira de Artes, Artesanato e Variedades da Afonso Pena vão ser obrigados, a partir de amanhã, a revelar à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) dados pessoais sobre sua situação financeira e patrimonial, entre outras respostas de caráter socioeconômico. O feirante que não fornecer as informações vai perder a primeira batalha para manter a licença para expor e vender produtos no local.
A iniciativa da PBH está detalhada em edital, divulgado na semana passada, com os critérios do processo seletivo para as 2.292 vagas de expositores. A concorrência é para quem já trabalha na feira e outros interessados com residência fixa na capital ou nas 34 cidades da Região Metropolitana. A inscrição e o preenchimento do questionário socioeconômico vão até 14 de fevereiro.
“Estamos tentando contemplar quem tem uma condição socioeconômica pior”, afirma Andrea Fernandes, gerente de Feiras Permanentes da Regional Centro-Sul da PBH. Ela explica que o resultado da primeira avaliação vai funcionar como etapa classificatória. Nesta fase, vão ser considerados, entre outros itens, o grau de instrução do candidato. O analfabeto ganhará mais pontos do que os demais concorrentes com algum nível de escolaridade.
Outra pergunta diz respeito à situação financeira do interessado. Pagar aluguel pesa mais do que ser proprietário do imóvel que serve de moradia. A PBH quer saber, ainda, o número de filhos dos candidatos (incluindo se há algum portador de necessidades especiais). A renda e a despesa familiar, além de bens patrimoniais e dados sobre o produto comercializado, também serão questionados.
A PBH espera a inscrição de no mínimo 20 mil pessoas às vagas. Feita a primeira peneirada, os escolhidos serão submetidos a uma avaliação técnica para verificar a qualidade e o domínio do processo de produção. A prefeitura quer, com esse critério, obter condições para retirar da feira os revendedores de produtos industrializados e importados.
O edital não especifica a entidade responsável pela segunda etapa da seleção. No dia seguinte à publicação das regras, a gerente de feiras da PBH informou que a escolhida foi o Centro Cape, uma ONG com carimbo de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que atua na área de capacitação e apoio ao empreendedorismo. O título de Oscip é conferido pelo Ministério da Justiça e permite aos governos firmar parcerias com entidades sem o uso de licitações, eliminando concorrências públicas.
A presidente do Centro Cape, Tânia Machado, revelou que já assinou contrato com a prefeitura. A Oscip que administra vai receber R$ 129 mil pelo trabalho, que deve durar no máximo três meses. Tânia informou que 20 técnicos do Centro Cape, com formação em Economia, Administração e Design, vão treinar 80 profissionais para checar nas oficinas dos candidatos se eles executam toda a produção do artesanato e têm estrutura compatível com o que determina o edital e no máximo dois ajudantes.
Tânia diz que concorda com os critérios definidos pela PBH. Para ela, a Feira da Afonso Pena tem que voltar a ser exclusivamente de quem domina o processo artesanal. “Artesão não precisa ser rico. O humilde também consegue trabalhar com qualidade”.
11 mil empregos diretos
A Feira de Artes e Artesanato da capital começou com um grupo de hippies, em 1969, na Praça da Liberdade. Há 20 anos, foi transferida para a Avenida Afonso Pena diante do sucesso que alcançou entre os belo-horizontinos, em função também dos produtos variados. Hoje, o público estimado é de 80 mil visitantes, a cada domingo, vindos também de cidades que ficam fora dos limites de Minas, incluindo turistas nacionais e estrangeiros.
Além do público, outros números conferem à feira destaque por se tratar do maior evento turístico da cidade. Os dados são da Associação dos Expositores da Feira de Artesanato e Variedades da Afonso Pena (Asseap), que representa 72,9% dos atuais 2.336 expositores – conforme pesquisa realizada pelo Banco do Brasil em parceria com o Centro Universitário Izabela Hendrix .
O evento gera 11 mil empregos diretos e movimenta, a cada domingo, R$ 5 milhões. “Como um evento que cria tanto emprego pode ser considerado invadido por revendedores a ponto de ser essa a justificativa para o processo seletivo?”, questiona o coordenador da Asseap, Alan Vinícius.
A gerente de Feiras da Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Andrea Fernandes, diz não saber o percentual de revendedores entre os expositores da feira.
A pesquisa do BB, em parceria com o Izabela Hendrix, foi realizada em 2008. O estudo aponta que, naquele ano, a maioria dos produtos era de artesanato (59%), 18% tinha origem industrial e o restante (22,9%) era um misto de produção artesanal e manufaturada. A fiscalização da PBH não atualizou os números nos últimos dois anos, de acordo com Andrea.
Endereço também é alvo de polêmica
Não é de hoje que os expositores e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) discordam sobre os destinos da Feira de Artes, Artesanato e Variedades. Além de não aprovarem os critérios do processo seletivo, os feirantes temem ser retirados pela segunda vez do local onde fidelizaram seu público.
A gerente de Feiras Permanentes da Regional Centro-Sul da PBH nega qualquer mudança de endereço, mas não explica porque a prefeitura contratou, em 2009, projeto de lay-out para a feira ser transferida para a Avenida Augusto de Lima. O trabalho foi encomendado à arquiteta Tânia Maria Dias de Carvalho, ao preço de R$ 9.900, conforme publicado no Diário Oficial do Município. “Não tenho conhecimento desse assunto”, afirma.
A assessoria de imprensa da Regional Centro-Sul informou que a PBH contratou a arquiteta apenas para fazer um estudo técnico capaz de mostrar se o local comportaria a feira.
Outro projeto da PBH seria levar o evento para um terreno com área de 70 mil metros quadrados, na Avenida dos Andradas (Região Centro-Sul). O estudo foi revelado por vereadores após reunião com o prefeito Marcio Lacerda (PSB). O local abrigaria também megaeventos e espetáculos de grande porte.
“Tudo isso deixa a gente inseguro para trabalhar”, reclama Robson José de Carvalho, há 27 anos expositor de peças feitas com sisal, confeccionadas com palha de Taguaraçu. Carvalho diz que produz de 250 a 300 peças por semana e teme perder a vaga pelo critério socioeconômico.
A pesquisa do Banco do Brasil em parceria com o Centro Universitário Izabela Hendrix revela que a maioria dos expositores (69%) não tem outra fonte de renda.
“O mundo evoluiu e artesanato é tudo aquilo que você transforma com criatividade. Não podem nos tirar da feira pelo critério socioeconômico”, reage o produtor de bijuterias Edvar Pereira de Matos Júnior. Expositor há 20 anos, ele tem uma produção média de 800 peças semanais e diz que falta fiscalização.
A Gerência de Regulação Urbana da PBH não revela o número de fiscais porque, segundo a assessoria de imprensa, trata-se de uma “estratégia de trabalho”.
sábado, 21 de maio de 2011
ÍNTEGRA DO MEU ARTIGO: "O CAMINHO É MINAS GERAIS" - EMBRÓGLIO METRÔ DE BH
O Caminho é Minas Gerais
Dos supostos recursos que o governo Federal destinou para mais uma modalidade de PAC, o intitulado desta vez de “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade em Grandes Cidades” dois terços são para se tomar emprestado. De acordo com essa proporção BH teria R$ 800 mil de investimento da União, o restante do programa R$ 1,6 bilhão é para endividar-se.
A prefeitura informou que destinará esse Programa para expansão do metrô. Mas formatado dentro da burocracia estatal sem a devida negociação com o distinto público alvo como é habito no governo do PT, o dinheiro não basta para pagar as obras do metrô, faltariam R$ 1,1 bilhão.
Pois bem, ainda que insuficiente e oneroso, o dinheiro se liberado, já seria um fato auspicioso para o transporte de BH e região Metropolitana. Entretanto, o histórico de execução do PAC de menos de 50% do programado é razão mais que suficiente para que as autoridades mineiras coloquem as barbas de molho. E mais do que ficar de sobreaviso é hora de agir.
Aliás, é o que de certa forma já está fazendo o prefeito Márcio Lacerda (PSB), que reuniu-se na capital paranaense com os colegas Luciano Ducci (PSB), de Curitiba, e José Fortunati (PDT), de Porto Alegre. Atento, suponho, ao risco dessa promessa não sair da prateleira dos PACs para a obra, ele e os colegas se anteciparam numa união de cidades com demandas “similares”. A intenção da iniciativa parece ótima, a estratégia para BH um tanto deslocada e perigosa.
Reparem que a justificativa para a articulação com essas cidades segundo o prefeito de Curitiba é que “as três capitais têm interesses comuns e projetos similares”, mas não dá para ignorar que esses interesses também são conflitantes na medida em que eles competem entre si.
Ou seja, o prefeito de BH apadrinhou os interesses de outras duas cidades e desta feita fica ele impedido de, a partir de então, defender exclusivamente o projeto de BH, na sua bagagem agora tem os peixes de Curitiba e Porto Alegre. Esse pode ter sido um grave equívoco.
Estratégia mais eficaz seria a mobilização que unisse o povo de Minas Gerais em torno de uma demanda premente que já esgotou todos os limites de paciência. Somos o 2º colégio eleitoral do país, a terceira maior economia. Desta feita, é mais estratégico mostrarmos a força de Minas Gerais tão propalada e pouco explorada a reunir-se com quem é competidor.
É uma situação parecida com a do Brasil no Mercosul onde o país escolheu ficar preso a um tratado coletivo regional que o impede de fazer bons acordos bilaterais. O próprio governo federal pode usar espertamente esse fato político para não atender a demandas individuais de BH.
Claro, não se trata de ser contra a busca da solidariedade mútua para defender interesses comuns, mas na causa em questão BH deveria buscar a solidariedade de seu estado. E estou certo de que Minas Gerais se uniria em toda a sua dimensão na defesa de sua capital.