Leonardo Barros e Antônio Pontes |
E por que não vão ouvir um sim como resposta? Porque em primeiro lugar essa não é a hora para ele dizer "Sim eu serei candidato" ou "Sim eu quero ser candidato". Segundo, ele não vai se abrir para quem lhe pergunta querendo ouvir uma negativa da sua parte. Eles vão ouvir não como resposta de alguém que não pode, não deve, neste momento, dizer sim.
Mas pior para o bom jornalismo do que perguntar a um grande potencial candidato querendo uma resposta negativa é dizer, falar, escrever: "não ele disse que não vai ser candidato"; "é falso que ele vai ser candidato". Ou seja, é acreditar, enquanto a principal regra básica do bom jornalista, sobretudo, de política é desconfiar da resposta objetiva, buscando nos movimentos sutis os fatos.
Aliás, o que Antônio Pontes nunca entendeu direito dessa gente é que o seu sucesso, a sua forma de fazer negócio, o seu mérito, a sua doação, o seu espírito público, a sua vontade de servir vai contra uma cultura do egoismo, da mesquinhes, da pequenez desse coronelismo que tenta a todo custo manter Sete Lagoas fechada. Esses não querem Sete Lagoas na mão de visionário-empreendedor que pode ajudar a libertar o povo das garras dos medíocres.
Esses canalhas sempre quiseram-lhe impor a pencha de sujeito, que rico, não olhava os demais quando é bem o contrário. Esses em nome de defender Sete Lagoas mantiveram-a fechada, refratária a integração para perpetuar esse velho coronelismo que sempre foi parceiro do pior tipo de politicagem, que sempre fez o direito ao bom serviço público um favor das castas as massas. E como se não bastasse o povo ainda é refém do corporativismo que defende todo tipo de benefício ao encastelado funcionário público que de SERVIDOR publico não tem nada, com as louváveis exceções das pessoas que desejam fazer a diferença, mas não têm espaço.
Chega já passou da hora de mudar! Sete Lagoas não pode ser mais essa ilha onde o combustível é mais caro que em lugares mais longe da refinaria e, portanto, o custo é maior, entretanto, o preço é menor que em Sete Lagoas, substancialmente, como Paraopeba. A cidade tem que acabar com todos os carteis que a fazem-na refém de menor e pior oferta de bens e serviços, que o diga o saneamento sem os serviços da Copasa.
Exemplo bom e de superação da cidade fechada foi a construção do Shopping Sete Lagoas, que portanto tempo a mediocridade dominante conseguiu colocar entraves para que o sonho não de um empreendedor só, mas de uma cidade não se tornasse realidade. Que empreendedor é esse? Quem cidade é essa?
Antônio Pontes Fonseca, o moço pobre que venceu na vida com muito trabalho, fez o Shopping - realizou o sonho de Sete Lagoas ter o Shopping - e fez muito mais, centenas de coisas boas que permanecem ocultas. E esse o grande medo dos porta-vozes do atraso, da velha casta da cidade, do coronelismo. O povo não pode saber quem é Antônio Pontes, que ele tem sonhos comuns ao do povo como Shopping. Assusta a eles a possibilidade do povo descobri-lo, mais até do que descobrir tudo o que ele fez. Se isso acontecer as pessoas poderiam descobrir o seu compromisso com o bem comum, com o servir. Isso assusta a essa gente velha de mentalidade, mesmo alguns muito jovens, mas de idade mental avançada.
Porque dessa forma encerraria o ciclo nefasto onde a Sete Lagoas vai se alternado desde a fundação entre populistas e elitistas: os primeiros fazem-se de povo para tomar o que é do povo; os segundos, rejeitam o povo porque se consideram os verdadeiros donos do que é de todos: a cidade de Sete Lagoas. Os populistas descuidam da cidade para fazer assistencialismo barato; os elitistas tratam da cidade para si, excluindo o povo com ações excludentes e xenófobas. Muito triste. Por isso, é preciso romper, a médio prazo, com esse ciclo elitista-populista, que em comum tem a mentalidade arcaica. (Este texto terá complemento)
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