terça-feira, 30 de agosto de 2011

MG: PCdoB Sete Lagoas recebe filiados em ato pluripartidário


Por Graça Borges, no Portal Vermelho:

“Temos de transformar a discussão de propostas para o município na materialização de um projeto de Brasil” A declaração é da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) e foi feita a uma ampla platéia pluripartidária reunida no plenário e galeria da Câmara Municipal de Sete Lagoas, na noite de sexta-feira (26), para a solenidade de filiação e lançamento de pré-candidaturas do PCdoB local, entre as quais a de Rosemar Mazinha `a Prefeitura da cidade.


Participaram do evento, dirigentes municipais do PMDB, PT, PPS, PV e PSD que, não só saudaram os novos partidários comunistas como ressaltaram a necessidade do engajamento comum em prol de novos rumos para a cidade, mesmo que as legendas não se coliguem nas eleições de 2012.

Em discurso, Jô Moraes sugeriu a realização de um seminário para discutir o desenvolvimento de Sete Lagoas sem o embotamento da partidarização ou de exigências, e em sintonia com o ritmo do desenvolvimento nacional. Ela e o presidente do PCdoB de Sete Lagoas, Cezar Maciel abonaram simbolicamente duas das 30 novas filiações, sob aplausos da platéia: a de Rosemar Mazinha e de Fábio Nepomuceno.

Compartilhamento

Jô Moraes destacou o propósito de mudança acalentado pelos dirigentes partidários presentes na solenidade. Todos, unânimes quanto à necessidade de um desenvolvimento econômico e social sustentáveis para Sete Lagoas. “Aqui estão pré-candidatos de Sete Lagoas do PCdoB e de uma amplidão de partidos. Mesmo que estejamos separados pelas circunstâncias do processo eleitoral, o fundamental é essa visão, esse trabalho coletivo. Precisamos de um seminário: Acenda a Luz, Sete Lagoas, para brilhar no rumo do Brasil. A presença dessa ampla representação nos dá a convicção de que podemos construir outra sociedade. Que podemos avançar.”

Durante o evento, dirigente partidários, como Edson Paredão, do PMDB; Leonardo Barros, do PSD, além de Cezar Maciel e Mazinha fizeram referência à conduta ilibada tanto política quanto pessoal de Jô Moraes, sem envolvimento com corrupção ou quaisquer atos desabonadores”, e à dignidade e o trabalho voltado ao interesse comum. Ao agradecer, a deputada destacou que “o combate à corrupção tem de ser permanente, tem de ser um exercício cotidiano”. Em seu pronunciamento, Paredão defendeu a “união das esquerdas na cidade para não deixar o Palácio ganhar novamente”. E cobrou juízo de todos.

Já o vice-presidente do PT, Juventino Souza, representando o dirigente Silvio Sá, que se atrasou por estar em viagem, ressaltou a aliança histórica de sua legenda com o PCdo B e conclamou à mudança do conservadorismo político. “O PT está comprometido com o desenvolvimento econômico, social e ambiental de Sete Lagoas”, disse. 

O presidente do PPS municipal, Nuno Walace também lembrou da irmandade com o PCdoB e reiterou o propósito de marchar junto contra as desigualdades.

Avesso

“Sete Lagoas tem uma localização estratégica, quase 80% de seu território é plano. Recebemos um projeto com terreno e verbas para a construção de um hospital regional mas a administração não quis. Perdemos fábricas, indústrias... Temos uma administração política hostil ao desenvolvimento”, denunciou, sob aplausos, o presidente do PSD, Leonardo Barros, ao conclamar os presentes ao resgate da esperança.

Na mesma linha, o representante dos movimentos sociais, Ângelo Gonçalves, falou da necessidade da união real para “o enfrentamento dos desafios para mudar Sete Lagoas”.
O presidente do PV, Rodrigo Viana apontou que o PCdoB está no rumo certo ao se expandir com novos filiados e desejou sucesso na caminhada. A presidente do Conselho Social, Graça Melo, ressaltou o fato de a deputada Jô Moraes ser a única mulher representante de Minas no Congresso Nacional e defendeu a ampliação dos espaços de poder para a mulher, a partir dos municípios.

Já Rosemar Mazinha postulou a valorização do funcionalismo público de Sete Lagoas como uma das formas de promover o crescimento e desenvolvimento locais. 

Governo de Minas e Agrogen assinam protocolo para investimentos de R$ 258 milhões em Sete Lagoas

Gerson Luis Muller (terno escuro), da Agrogen, Dorothea Werneck, secretária de 


Empresa do ramo de aves vai ampliar unidade no município e gerar 1.300 empregos diretos e outros 5.200 indiretos

           
O governo de Minas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), acertou com a Agrogen um investimento de R$ 258,6 milhões na ampliação de uma unidade de abate de aves em Sete Lagoas, na região Central do Estado. O A expectativa é de que, até 2014, sejam gerados cerca de 1.300 empregos diretos e 5.200 indiretos. Representantes da empresa estiveram nesta terça-feira (30/08) na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves para assinatura do protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais. Participaram da reunião a Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, e o presidente do Indi, José Frederico Álvares.

A Agrogen vai ampliar a unidade de abate de aves que adquiriu da Cossisa, no ano passado.  “Vamos investir em granjas de matrizes, fábrica de ração, frigorífico, incubatório e na parte administrativa da empresa”, comentou o diretor administrativo financeiro da Agrogen, Gerson Luís Muller.
           
O empreendimento está previsto para se concluído em maio de 2014. “Estamos muito otimistas com esse novo projeto. Compramos a Cossisa com um patamar de 45 mil abates de aves por dia. Hoje, já estamos com 100 mil abates/dia e a nossa meta é chegarmos em 2014 com 300 mil abates/dia. É um projeto muito ambicioso que irá contribuir ainda mais com o desenvolvimento da região”, explicou Gerson.
           
A empresa
A Agrogen foi fundada em 1990, com foco na promoção do melhoramento genético de aves. Instalada inicialmente na localidade de Dom Diogo, município de Salvador do Sul (RS), a empresa atualmente está sediada em Montenegro (RS). O complexo agrícola da Agrogen nesta cidade conta com unidade industrial, fábrica de ração, laboratório, incubatório de aves e três granjas. A empresa possui outras três granjas e dois incubatórios instalados em municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
           
Em maio de 2010, a Agrogen S.A. Agroindustrial adquiriu a Cossisa Agroindustrial S/A, de Sete Lagoas, que atuava no abate e comercialização de aves. O complexo da Cossisa inclui um abatedouro, com área de 180 mil metros quadrados, um frigorífico com capacidade para a estocagem de 800 toneladas e uma fábrica de ração.

AGROGEN SETE LAGOAS ANTIGA COSSISA EMPREGO FOTO ABATEDOR Governo de Minas e Agrogen assinam protocolo para investimentos de R$ 258 milhões em Sete Lagoas Agrogen S.A. Agroindustrial adquiriu a Cossisa Agroindustrial S/A

Gerson Luis Muller (terno escuro), da Agrogen, Dorothea Werneck, secretária de 

Empresa do ramo de aves vai ampliar unidade no município e gerar 1.300 empregos diretos e outros 5.200 indiretos

           
O governo de Minas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), acertou com a Agrogen um investimento de R$ 258,6 milhões na ampliação de uma unidade de abate de aves em Sete Lagoas, na região Central do Estado. O A expectativa é de que, até 2014, sejam gerados cerca de 1.300 empregos diretos e 5.200 indiretos. Representantes da empresa estiveram nesta terça-feira (30/08) na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves para assinatura do protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais. Participaram da reunião a Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, e o presidente do Indi, José Frederico Álvares.

A Agrogen vai ampliar a unidade de abate de aves que adquiriu da Cossisa, no ano passado.  “Vamos investir em granjas de matrizes, fábrica de ração, frigorífico, incubatório e na parte administrativa da empresa”, comentou o diretor administrativo financeiro da Agrogen, Gerson Luís Muller.
           
O empreendimento está previsto para se concluído em maio de 2014. “Estamos muito otimistas com esse novo projeto. Compramos a Cossisa com um patamar de 45 mil abates de aves por dia. Hoje, já estamos com 100 mil abates/dia e a nossa meta é chegarmos em 2014 com 300 mil abates/dia. É um projeto muito ambicioso que irá contribuir ainda mais com o desenvolvimento da região”, explicou Gerson.
           
A empresa
A Agrogen foi fundada em 1990, com foco na promoção do melhoramento genético de aves. Instalada inicialmente na localidade de Dom Diogo, município de Salvador do Sul (RS), a empresa atualmente está sediada em Montenegro (RS). O complexo agrícola da Agrogen nesta cidade conta com unidade industrial, fábrica de ração, laboratório, incubatório de aves e três granjas. A empresa possui outras três granjas e dois incubatórios instalados em municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
           
Em maio de 2010, a Agrogen S.A. Agroindustrial adquiriu a Cossisa Agroindustrial S/A, de Sete Lagoas, que atuava no abate e comercialização de aves. O complexo da Cossisa inclui um abatedouro, com área de 180 mil metros quadrados, um frigorífico com capacidade para a estocagem de 800 toneladas e uma fábrica de ração.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O silêncio em Sete Lagoas

 Por Daniel Lanza S. Gonçalves:
Antes que alguém venha reclamar de que o texto que estou escrevendo não vale para este ou aquele site, jornal, rádio ou emissora de TV local, já informo: estou generalizando, tornando como válida a situação da maioria. E mais, venho como cidadão comum com pensamento próprio, sem demonstrar ligação com opiniões de grupos ou instituições que eu tenha contato.

A cada dia fico mais impressionado com a qualidade da imprensa sete-lagoana. Na verdade, fico impressionado com a qualidade geral da cidade.

Não há dúvidas sobre o grande crescimento que Sete Lagoas passou nos últimos anos, acompanhando o crescimento de todo país. Novas indústrias, novos pontos comerciais, atrativo ponto esportivo etc. Porém, o sete-lagoano aumentou ou diminuiu sua satisfação com a cidade? Até onde este crescimento é reflexo da atuação de governantes municipais?

Atualmente, durante a semana, fico a 200 km de Sete Lagoas, onde trabalho como engenheiro em uma grande indústria. Aqueles que me conhecem sabem do meu sonho de retornar para a tal “cidade dos lagos encantados”. Mas, para saber o motivo deste “não retorno” não precisa me conhecer, basta pensar. Os baixíssimos salários praticados na cidade, em qualquer área, não permitem o retorno de milhares de sete-lagoanos que saíram para buscar melhores condições. Disto ninguém tem dúvida, nem mesmo os profissionais da imprensa, que também são impactados.

Como não estou na cidade diariamente, uma forma de tomar conhecimento das coisas que acontecem em Sete Lagoas é através da imprensa local, principalmente websites e rádios com transmissão também via internet. Bom, pelo menos ERA assim que eu tomava conhecimento.

Hoje, eu e qualquer ser humano que busque informações sobre Sete Lagoas utilizando apenas a internet vamos pensar “Que cidade maravilhosa, bem administrada, povo contente, belas indústrias, cheias de oportunidades de empregos, valorização da cultura e do esporte”. Será?

Será que os professores municipais estão satisfeitos com os salários? Será que as escolas estão em boas condições?

Será que nosso sistema de saúde pública está bom? Será que o sete-lagoano está satisfeito com o início das obras do hospital regional ocorrer apenas no final do mandato e ainda sem a certeza de que realmente sairá por completo?

Será que o sete-lagoano está satisfeito com a reforma da Arena do Jacaré pelo Governo do Estado mas constantemente anunciada como uma conquista do Governo Municipal, inclusive permitindo que placas indiquem dizeres “Estádio Municipal” sendo que na verdade pertence ao Democrata FC? Será que os responsáveis por tradicionais clubes esportivos da cidade estão satisfeitos com os incentivos dados pelo município para que continuem vivos?

Será que grupos de congadeiros, teatrais, músicos, escolas de samba, artistas plásticos e diversos outros grupos culturais estão satisfeitos com os incentivos à cultura dado pelo governo municipal?

Será que os sete-lagoanos olham para praças públicas, jardins, lagoas, parques e admiram a paisagem cheia de matos, buracos, artefatos destruídos e sem manutenção? Será que gostam de transitar em ruas e calçadas cheios de buracos, asfaltos ondulados e de péssima qualidade, maquiados com pinturas de faixas também em péssima qualidade?

Será que os usuários do transporte público municipal gostam de transitar em um “transporte alternativo” que de alternativo não tem nada? Será que é divertido andar de micro ônibus disputando tempo e espaço com os grandes ônibus de passageiros pelas ruas da cidade?

Será que é bom para a saúde ver, a cada dia, o esgoto jorrando em bueiros e tubulações de ruas diferentes da cidade? Será que é bom para saúde a qualidade de nossa água?

Será que o sete-lagoano gosta de votar para que uma pessoa governe por 4 anos mas apenas no último ano de governo são realizadas obras (já que a memória do eleitor é curta)?

Se avaliarmos a cidade apenas com o que lemos nas notícias publicadas, iremos considerar Sete Lagoas é só maravilha, porém, se irmos a fundo nos textos veremos na maioria deles teremos a prefeitura como fonte principal da informação. A grande maioria das informações passadas é gerada através de release’s do governo municipal, que, logicamente, publica aquilo que é de seu interesse a promova. Poucos são os criadores, a maioria é apenas um meio de publicação daquilo que foi lançado por alguém.

Com isso, temos os mesmos textos publicados nos mais diversos meios! Basta acessar um site para saber o que estará escrito nos demais.

E não me venham falar de condições financeiras para publicar algo útil! Para contar a verdade ao leitor não é preciso dinheiro, apenas honestidade nas palavras.

Poucos, muito poucos, jornais, sites e rádios falam aquilo que é de sentimento da população, ou relatam aquilo que é de interesse do sete-lagoano, sem marketing político.

Pelo contrário, alguns simplesmente ignoram assuntos ou, até mesmo, release’s que possam prejudicar a imagem do governo municipal. Nem mesmo comentários que vão contra a opinião do texto são liberados pelos administradores.

Creio que todo jornalista (considero aquele que estudou e formou  em jornalismo ou comunicação) aprendeu e fez um compromisso ético com a verdade dos fatos. Infelizmente, “ética” é um assunto complexo ligado ao tempo, cultura, local e grupo. Cada um tem pra si aquilo que é ético!

Enquanto somos bombardeados de textos que mostram apenas a opinião do governo municipal, vamos procurando outras formas para saber as verdades.

E assim, a cidade vai se afundando em seus próprios lagos.
 
 

JORGE CORRÊA NETO INAUGURA USB LUXEMBURGO - VEJAM FOTOS COMENTO DEPOIS

A equipe com Jorge


Jorge Corrêa Neto discursando

 


 


 








sábado, 27 de agosto de 2011

Matéria sobre reunião do PC do B?

Até segunda-feira será publicada.

José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília

Com 'gabinete' instalado em um hotel, ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras atividades, conspirar contra o governo Dilma
7/6/2011 - 12:41:04 | José Dirceu o “chefe da quadrilha do mensalão”: Enquanto Dilma enfrentava sua maior crise, ele se reunia com integrantes do primeiro escalão do governo
7/6/2011 - 12:41:04 | José Dirceu o “chefe da quadrilha do mensalão”: Enquanto Dilma enfrentava sua maior crise, ele se reunia com integrantes do primeiro escalão do governo - Reprodução/Veja
Desde que foi abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, tudo em que o ex-ministro José Dirceu se envolve é sempre enevoado por suspeitas. Oficialmente, ele ganha a vida como um bem sucedido consultor de empresas instalado em São Paulo. Na clandestinidade, porém, mantém um concorrido “gabinete” a 3 quilômetros do Palácio do Planalto, instalado numa suíte de hotel. Tem carro à disposição, motorista, secretário e, mais impressionante, mantém uma agenda sempre recheada de audiências com próceres da República – ministros, senadores e deputados, o presidente da maior estatal do país. José Dirceu não vai às autoridades. As autoridades é que vão a José Dirceu, numa demonstração de que o chefão – a quem continuam a chamar de “ministro” – ainda é poderoso.

Dirceu: chefão do PT
Dirceu: chefão do PT
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado revela a verdade sobre uma das atividades do ex-ministro: mesmo com os direitos políticos cassados, sob ameaça de ir para a cadeia por corrupção, ele continua o todo-poderoso comandante do PT. E agora com um ingrediente ainda mais complicador: ele usa toda a sua influência para conspirar contra o governo Dilma – e a presidente sabe disso.
A conspiração chegou ao paroxismo durante a crise que resultou na queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de junho. Na ocasião, Dirceu despachou diretamente de seu bunker instalado na área vip de um hotel cinco estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas. Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Palocci e nas quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos daquela semana.
Imagens obtidas por VEJA e que estão na galeria que ilustra esta reportagem mostram que Dirceu recebeu, entre 6 e 8 de junho, visitantes ilustres como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, todos do PT, e Eduardo Braga, do PMDB, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os deputados Devanir Ribeiro e Cândido Vaccarezza, do PT, e Eduardo Gomes, do PSDB. Esteve por lá também o ex-senador tucano Eduardo Siqueira Campos.
Apesar de tantas articulações, Dirceu não conseguiu abocanhar cargos para seus indicados no governo. A presidente Dilma já havia sido advertida por assessores do perigo de delegar poderes a companheiros que orbitam em torno de Dirceu. Dilma também conhece bem os caminhos da guerrilha política e não perde de vista os passos do chefão. “A Dilma e o PT, principalmente o PT afinado com o Dirceu, vivem uma relação de amor e ódio”, diz um interlocutor da confiança da presidente e do ex-ministro.
Dirceu anda muito insatisfeito com o fato de a legenda não ter conseguido, como previra, impor-se à presidente da República. Dilma está resistindo bem. Uma faxina menos visível é a que ela está fazendo nos bancos públicos. Aos poucos, vem substituindo camaradas ligados a Dirceu por gente de sua confiança. E o chefão não tem gostado nada disso.
Sergio Dutti
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
Procurado por VEJA, Dirceu não respondeu às perguntas que lhe foram feitas. A suíte reservada permanentemente ao “ministro” custa 500 reais a diária. Quem paga a conta é o escritório de advocacia Tessele & Madalena, que tem como um dos sócios outro ex-assessor de Dirceu, o advogado Hélio Madalena. Na última quinta-feira, depois de ser indagado sobre o caso, Madalena instou a segurança do hotel Naoum a procurar uma delegacia de polícia para acusar o repórter de VEJA de ter tentado invadir o apartamento que seu escritório aluga e, gentilmente, cede como “ocupação residencial” a José Dirceu.
O jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades. Tentando descobrir por que o nome dele não consta na relação de hóspedes. Tentando descobrir por que uma empresa de advocacia paga a fatura de sua misteriosa “residência” em Brasília. Enfim, tentando mostrar a verdade sobre as atividades de um personagem que age sempre na sombra. E conseguiu. Mas a máfia não perdoa.