Agora que se sentiu cobrado pela prática do jornalismo de aluguel João Carlos diz que, atenção, os outros falam que é ele é comprado. Mas acontece ele pessoalmente nunca escondeu a sua prática. Já disse para mim que faz acordo com o governo de turno. E não haveria nada de errado se esse acordo se limitasse em vender o seu espaço para anúncios do Executivo que precisa comunicar-se: fazer prestação de conta e veicular campanhas de prestação de serviços. O problema é quando essa venda significa alugar a sua opinião como ele assume a seguir e tentar interferir na opinião dos seus entrevistados como fez comigo para cumprir o acordo que tem com o governo. Ouçam o áudio e leiam esse comentário-confissão feito pela dia 10 de junho de 2011, volto em seguida:
Como será difícil de acreditar, ouça ele próprio falando (Um minuto e cinquenta e nove segundos)
A exposição na mídia hoje é necessária, quem for da política que não tiver exposição de mídia corre um risco muito grande de desaparecer, mas a exposição na mídia ela tem que ser positiva, porque na política agora tem o certo que é o que passa pelo crivo da justiça, o errado que não passa pelo crivo da justiça, o parece certo e esse parece certo é colocado pela mídia pró e o parece errado que é colocado pela mídia contra, porque a mídia toma posição. A mídia vende o quê? Vende espaço, então a opinião de muitos veículos de comunicação depende de quem está comprando espaço. Isso é uma realidade, isso não tem nada de imoral, isso é comércio. Então, nós vamos trabalhar muito com o parece certo e o parece errado dependendo da pessoa. Parece errado: o caso do Antônio Palocci, a própria Procuradoria Geral da República disse que não tinha nada, mas a mídia colocou em evidência que o enriquecimento do Antônio Palocci parece errado, parece corrupção, parece que houve enriquecimento ilícito, o que que ficou? A imagem da mídia: parece errado, por isso, ele caiu. Se a mídia estivesse do lado dele e insistisse que parecia certo ele teria ficado. Então isso é aplicado em todo lugar. Claro, em volume maior ou menor, dependo da quantidade de dinheiro que tá circulando.
Voltei
Confissão mais explicita que essa não existe: a opinião depende do dinheiro. E se dependesse dele Antônio Palocci não teria caído, bastando apenas que ele comprasse a mídia. Acontece que diferente dele, João Carlos de Oliveira, grande parte dos jornalistas horam a sua profissão e a suas opiniões se é certo ou se errado não depende de dinheiro, mas se está certo ou se está errado.
O pior que além de confessar a prática do comércio de opinião ele tem a cara de pau de tentar nos dizer que isso normal, que não tem nada de errado nesse "comércio". Ele tenta fazer da sua amoralidade um valor, um princípio, que devemos entender como normal. Quer dizer, a coisa é tão normal para ele que nós devemos também aceitar que enganar a opinião pública é algo virtuoso.
É por isso que essa promiscuidade confessa, que se da entre ele e poder público tem de ser denunciada, as pessoas que "não saem de casa antes de ouvir o seu comentário" precisam saber que o seu comentário tem preço. Por isso, que para ele faça chuva ou faça sol o governo é sempre bom, ele está sempre minimizando os erros, pintando um mar de rosas. A crítica legítima o exercício de democrático de oposição é sempre mal vista, criminalizada pela maquina de propaganda. O bem se torna um monopólio do governante de turno.
Um comentário:
Caro Leonardo,
Por que será que não fiquei surpreso com as declarações desse sujeito ? Ele é a mais pura expressão do anti-jornalismo que permeia nossos meios de comunicação.Aliás, ele tem alguma formação na área ?
O pior é que suas infelizes palavras tem um fundo de verdade. Não só Sete Lagoas, mas o Brasil inteiro padece de pseudo-comunicadores como ele, que em troca de alguns tostões, falam infinitas baboseiras na mídia. Cabe a nós, pessoas de bem, com boa formação cultural, acadêmica e antes de tudo, moral, sabermos separar o joio do trigo. E o João Carlos já é joio queimado na fogueira. Ninguém em sã consciência acredita em uma só asneira que ele vomita no microfone da rádio. Mas é assim mesmo, caro Leo. Os paradigmas de Sete Lagoas estão mudando. E o desespero vai tomando conta da banda podre que ainda tenta se manter no poder em nossa cidade.
Abraço
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