Na tarde desta sexta, a direção do PT, pelo seu presidente, veio a público fazer a defesa da posição do partido a favor do aumento do número de vereadores para 21 e em defesa do voto partidário dos vereadores Dalton e Claudinei. Os dois trechos que me pareceram mais importantes estão descritos abaixo.
Antes, um breve comentário. De antemão, quero dizer que acho a nota oportuna e necessária. E que acho legítima a defesa de posições, sejam quais forem. Especialmente posições coletivas e partidárias. A certa altura, a nota fala da falta de uma discussão de fundo sobre o tema, que merecia ter sido objeto de uma audiência pública. Concordo inteiramente com essa posição também, tanto que cheguei a defendê-la em entrevista ao Edvar Gamela. Seria uma oportunidade de contrapor ou conciliar a tese da 'representatividade', que o partido adota, com a da 'profissionalização', que defendemos aqui, por exemplo. De fato, não se deve temer a 'opinião pública', como a nota diz; mas é necessário disputá-la. Minha dúvida: ao perceber que o assunto estava sendo mal debatido e mal encaminhado, o próprio PT não poderia ter tomado a iniciativa de abrir e aprofundar o debate, não internamente, mas com a sociedade? Mesmo esta nota, ela não teria sido mais eficaz se publicada antes da votação na Câmara, buscando adesão à sua tese? Por último, acho que a nota cumpre o dever de fazer a defesa de vereadores que, mesmo em desacordo com as próprias opiniões, seguiram a orientação partidária.
NOSSA OPÇÃO POR 21
O diretório municipal do PT de Sete Lagoas optou pela aplicação da emenda Constitucional que garantia a Sete Lagoas 21 cadeiras no parlamento municipal. Fizemos o debate interno, houve quem defendeu opinião diversa, porém, prevaleceu a tese de que o partido deveria optar pela representatividade política. Predominou o argumento de que, com a ampliação das cadeiras, o princípio constitucional do pluralismo político-parditário estaria sendo respeitado pelo PT. Prevaleceu também o entendimento de que com 21 não haveria aumentos de gastos, mas repartição dos recursos.
Eleição também é matemática, tanto é verdade que se em 2008 fosse 21 cadeiras, legendas como (PC do B e PSB), e muitas outras teriam vagas garantidas. Pela a lógica dos grandes partidos, o PT deveria defender ou a manutenção de 13 ou no máximo 17. Mas o que prevaleceu no partido dos trabalhadores foi a vontade em garantir maior representatividade política. A decisão foi partidária e não individual.
VEREADORES DO PT: CLAUDINEI E DALTON
No mesmo sentido alguns veículos de comunicação (que também tinham interesse nesta votação) criticaram a votação dos vereadores do PT que seguiram a orientação partidária e votaram pelos 21. Porém, porque os críticos a 21 cadeiras não oportunizaram a sociedade sete-lagoana pela existência de um debate a cerca da questão de fundo. Uma audiência pública que convocasse entidades de classe, partidos políticos, igrejas e o cidadão, não seria um caminho para a legitimidade. Pergunto por que em todo o país a mídia massacrou quem defendeu ampliação dos vereadores? Será que a mídia não sabia que não haveria aumento dos gastos? Será que existiu algum interesse externo no número de vereadores no Brasil?
Na verdade, Claudinei e Dalton demonstraram porque precisam e devem ser reeleitos pelo PT. Eles não pensaram apenas nos seus mandatos eles pensaram na vontade partidária, no sentimento dos nossos pré-candidatos, sentimento dos pequenos partidos e também deste [o presidente do PT] que subscreve que se fosse vereador também votaria 21 sem medo da “opinião pública”. Dalton e Claudinei não pensaram em garantir maiores recursos para seus mandatos, mas se colocaram dispostos a repartir o “bolo”.
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