Por José Antônio Orlando, no Hoje em Dia - Repórter - 19/01/2010 - 12:16:
Secretária é demitida por ser muito COMPETENTE
Prefeito considera que Maria Lisboa é "competente demais" para exercer o cargo no interior
A demissão da secretária de Educação de Sete Lagoas, Maria Lisboa, causou polêmica na cidade por causa do motivo anunciado como justificativa pelo prefeito Mário Márcio Campolina Paiva (PSDB).
No último dia 11, o prefeito demitiu a secretária alegando que Sete Lagoas é uma cidade do interior e que Maria Lisboa seria “competente demais” para exercer a função. Maria Lisboa foi secretária de Educação em Belo Horizonte (1989-1992) nas gestões de Pimenta da Veiga (PSDB) e Eduardo Azeredo (PSDB), secretária-adjunta da Estado no Governo Hélio Garcia e pró-reitora da UFMG.
Em nota divulgada para a Imprensa na segunda-feira (18), a ex-secretária afirma que discorda categoricamente da alegação do prefeito de Sete Lagoas para a demissão. De acordo com Maria Lisboa, a justificativa que ouviu de Mário Paiva foi que Sete Lagoas não estaria preparada para o seu estilo de fazer política. “Você é muito competente, tem muita experiência e obteve sucesso em outros ambientes, em Belo Horizonte, por exemplo. Sete Lagoas é uma cidade do interior”, teria sido a argumentação do prefeito.
Maria Lisboa discorda da avaliação do prefeito. “A Sete Lagoas que encontrei e aprendi a amar veio a mim dizendo que há muito esperava por um governo efetivamente democrático e que soubesse desenvolver políticas públicas. E mais: eram cidadãos que sabiam e queriam construir uma democracia”, destaca a ex-secretária, definindo o momento como “lamentável”.
Segundo Maria Lisboa, ao expressar que Sete Lagoas é uma cidade do interior, que não seria capaz de aceitar e compreender um estilo democrático e progressista, o prefeito teria “amesquinhado sua cidade, o povo que a habita e o cargo que ocupa”. Ela tentou implantar, sem sucesso, o cadastro escolar e as eleições para diretora e vice das escolas municipais.
Maria Lisboa reafirma que discorda das razões apresentadas. “Não basta dizer que se quer um governo diferente. A esse desejo tem de corresponder ações que garantam que as decisões sejam orientadas pelo interesse coletivo, voltadas para o público e destinadas a construir um mundo melhor.”
Já o prefeito Mário Paiva declarou que a competência da ex-secretária de Educação “é inegável”, mas que seu trabalho à frente da secretaria “trouxe mais fatos negativos que positivos”, o que teria deflagrado a demissão. “Trata-se de um cargo de confiança e a substituição teve motivos de ordem política e administrativa”, justificou.
Segundo o prefeito, foram cobradas da ex-secretária melhoras no relacionamento com a comunidade escolar. “As melhoras não foram cumpridas”, afirmou, antecipando que, até o final de janeiro, outros secretários municipais também deverão ser substituídos.
Prefeito considera que Maria Lisboa é "competente demais" para exercer o cargo no interior
A demissão da secretária de Educação de Sete Lagoas, Maria Lisboa, causou polêmica na cidade por causa do motivo anunciado como justificativa pelo prefeito Mário Márcio Campolina Paiva (PSDB).
No último dia 11, o prefeito demitiu a secretária alegando que Sete Lagoas é uma cidade do interior e que Maria Lisboa seria “competente demais” para exercer a função. Maria Lisboa foi secretária de Educação em Belo Horizonte (1989-1992) nas gestões de Pimenta da Veiga (PSDB) e Eduardo Azeredo (PSDB), secretária-adjunta da Estado no Governo Hélio Garcia e pró-reitora da UFMG.
Em nota divulgada para a Imprensa na segunda-feira (18), a ex-secretária afirma que discorda categoricamente da alegação do prefeito de Sete Lagoas para a demissão. De acordo com Maria Lisboa, a justificativa que ouviu de Mário Paiva foi que Sete Lagoas não estaria preparada para o seu estilo de fazer política. “Você é muito competente, tem muita experiência e obteve sucesso em outros ambientes, em Belo Horizonte, por exemplo. Sete Lagoas é uma cidade do interior”, teria sido a argumentação do prefeito.
Maria Lisboa discorda da avaliação do prefeito. “A Sete Lagoas que encontrei e aprendi a amar veio a mim dizendo que há muito esperava por um governo efetivamente democrático e que soubesse desenvolver políticas públicas. E mais: eram cidadãos que sabiam e queriam construir uma democracia”, destaca a ex-secretária, definindo o momento como “lamentável”.
Segundo Maria Lisboa, ao expressar que Sete Lagoas é uma cidade do interior, que não seria capaz de aceitar e compreender um estilo democrático e progressista, o prefeito teria “amesquinhado sua cidade, o povo que a habita e o cargo que ocupa”. Ela tentou implantar, sem sucesso, o cadastro escolar e as eleições para diretora e vice das escolas municipais.
Maria Lisboa reafirma que discorda das razões apresentadas. “Não basta dizer que se quer um governo diferente. A esse desejo tem de corresponder ações que garantam que as decisões sejam orientadas pelo interesse coletivo, voltadas para o público e destinadas a construir um mundo melhor.”
Já o prefeito Mário Paiva declarou que a competência da ex-secretária de Educação “é inegável”, mas que seu trabalho à frente da secretaria “trouxe mais fatos negativos que positivos”, o que teria deflagrado a demissão. “Trata-se de um cargo de confiança e a substituição teve motivos de ordem política e administrativa”, justificou.
Segundo o prefeito, foram cobradas da ex-secretária melhoras no relacionamento com a comunidade escolar. “As melhoras não foram cumpridas”, afirmou, antecipando que, até o final de janeiro, outros secretários municipais também deverão ser substituídos.
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