sábado, 26 de novembro de 2011

Evento Literata em Sete Lagoas. A crítica da crítica para combater o que realmente precisa ser combatido


Fernando Paixão e Luciana Villa-Boas na Literata em Sete Lagoas 
Um petralha é quase sempre um... petralha. Explico-me. Tem certos petistas, que frustrados desfiliam-se. Infelizmente a maioria destas figuras continuam com alma petralha: eles saem do PT, mas o PT não deixa deles. Seria uma coisa incrível isso, não fosse a gente lembrar que essas pessoas já adultas mantiveram-se, por muito tempo, a grupo que  tem se revelado cada vez mais uma quadrilha no geral, com algumas exceções de pessoas mais ideológicas no grupo (não menos nefastas), é porque coisa muito boa elas não são mesmo para o avanço do país. Entendido isso vamos a um caso específico.

Flávio de Castro deixou o PT em Sete Lagoas porque frustrado com a direção local, mas que ele mesmo foi um dos responsáveis pela eleição. Mas ele deixou o PT; o PT não o deixou. Por isso ele critica a posição expressa de Luciana Villa Boas, diretora editorial do Grupo Record durante sua participação. Sim, sim, eu sei que a sua crítica não precisa ser levada em conta. Tudo bem, mas vamos dar alguma alegria ao petralha e fazer a crítica da sua crítica conferindo-lhe a importância que a sua fala não tem. É apenas, entendam, para ir além dela e lembrar o que deve aí sim ser criticado, combatido, o PT. Vejamos que ele disse em vermelho:

(...) não gostei nem um pouco da crítica anti-governista da Luciana: até aonde ela situa esse problema de [não] formação de leitores no desempenho deficitário do Estado, eu acompanho; quando ela partidariza e quer por a culpa no governo do PT, eu acho uma besteira, uma politização infantil.

Retomo
Eu estava lá e o que Luciana Villas Boas fez foi reagir a responsabilização de que as editoras tinham que formar leitores, feita por um participante. E detalhe: ele fez a cobrança e ainda teve a coragem de defender as ONGs, sem observar que a maioria durante o governo do PT se tornou um sorvedouro de recursos públicos, para encher o bolso das suas cúpulas em estreita parceria com políticos que se associação a modalidade crescente de corrupção para fazer a festa com o dinheiro público em nome do bem. Mas volto ao ponto. A alma governista-petista de Flávio aparece com força quando o governo corrupto petralha recebe a merecidíssima crítica na Educação nacional, assim como, aparece a sua gritante contradição. Ou como separar a responsabilidade do Estado, que ele critica, da responsabilidade de quem dirige esse mesmo Estado (nação) há quase uma década, patinando tragicamente na questão da Educação brasileira? Só mesmo quem, para defender o governismo, é capaz flagrantes contradições.


E aqui vale uma nova margem antes de prosseguir. A rigor e especificamente a sua Editora a  Record, da qual Luciana é diretora Editorial, tem sido uma grande formadora de leitores na medida que cresce como cresceu se tornando líder na edição de, óbvio, livros, que, sim e claro, formam leitores. Ou seja, quando ela cresce como empresa cumpri um papel, como direi?, social.

E o que Luciana disse? Ela disse uma verdade, que até o patralha concorda como está evidenciado: que o governo do PT há 9 anos no poder tem falhado feio na Educação. Porque, vejam, no período imediatamente anterior sob a liderança do falecido ex-ministro, Paulo Renato, o Estado cumpriu o seu papel e a educação brasileira foi universalizada, foram criados os sistemas de avaliação diagnóstica nacional como o Enem, e muito mais poderia ser lembrando para falar dos avanços dessa época. E o Estado sob o governo petista fracassou frangorosamente na Educação, que estagnou. 

Agora olhem que coisa para defender o fracasso do petismo na Educação ele poem a culpa na classe média, leiam:

"Nesse caso, prefiro ficar com o aparte do Fernando que, antes do governo, disse que quem cumpre mal o seu papel é a classe média, ou seja, nós mesmos. 100% de acordo."

Mas eu serei generoso com ele neste ponto, vejam só, culpando também a "classe média", mas culpando-a por sua responsabilidade indireta, porque em 2002 ela ignorando o processo de transformação em curso que o país passava resolveu pegar um atalho no populismo de esquerda, ajudando a eleger o verdadeiro chefe da quadrilha do mensalão, o Lula. Ele partiu para farra aproveitando-se das reformas feitas por FHC e o cenário mundial premiado. Fez a festa do consumo e distributivismo com bolsas que vão da família ao empresariado amigo, como a bolsa BNDES, mas deixando o Brasil sem um projeto de Educação e tantas coisas quer careciam serem complementadas. Assim, eu também culpo a classe media que arca com a maior carga tributária do mundo pelo fracasso na Educação. Está é responsável, mas por ter eleito um fanfarrão sem compromisso com um projeto nacional avançado, sobretudo, na Educação. Quem sabe ela não aprende alguma coisa e vota 100% contra isso aí no poder e ajuda a educação a tomar o rumo certo.

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