Matéria do jornal O Tempo de ontem que informa: "Com apoio de Pinto Coelho, [Márcio] Reinaldo (PP) quer candidatura". Diga-se candidatura de consolo pela traição da mulher, da Dilma, a ele. Mas o ponto central desta crítica é outro, não o seu chifre. Vejam, essa matéria tem as digitais do grupo do deputado e revela é que ele ao contrário do que se esperava não tem o apoio do Governo Anastasia, por enquanto, apenas à adesão do seu correligionário, o vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP). Ou seja, ele "quer" ainda não o tem o que se esperava que ele tivesse. Isso pode mudar e ele receber o apoio integral do governo meneiro? Pode, mas essa matéria expõe mais a sua fragilidade do que pavimenta o seu caminho de consolo, que tem ainda outras pedras. Quais? O Leone Maciel (PP) e o seu grupo que estão sendo tratorados pelo deputado e não estão engolindo a traição do deputado, que parece que decidiu descontar no aliado Leone, em Sete Lagoas, o que Dilma lhe fez, em Brasilia.
E o fato que mostra que as coisas realmente não vão bem para ele é o seu recuo em anunciar a candidatura neste final de semana. Anúncio este que estava programado e foi amplamente anunciados por porta-vozes como o radialista local, João Carlos de Oliveira, e próprio jornal O Tempo na matéria em questão. Essa patocada errática do deputado federal e sua turminha de articulares provincianos, Arnaldo Noqueira (PP), à frente, expõe o seu amadorismo, afinal, não se conquista nada jogando acordos na lata do lixo, ainda que acordos tácitos, como foi a ida de Leone para o PP para disputar a prefeitura.
Tal, amadorismo político pode sair-lhe caro e afetar a sua mitologia local do grande deputado. Aliás, diga-se o que é uma falácia, o homem que perdeu comparativamente em avaliação do Congresso Nacional até para o Tiririca, com revelou a revista Veja, nunca foi o que lhe carimbam a imprensa local. Bem, a consequência é que o deputado sai do que antes desta tentativa de traição ao colega de partido, Leone. Agora, ele se tornando ou não candidato, consumando ou não a traição, ele perde força política e põe em xeque sua capacidade de articulação, o que já estava claro com a perda do ministério. Quer dizer, se assumir a candidatura estará passando por cima de aliados leais, que vão se afastar, se não passarem recibo de idiota, e se recuar da candidatura a essa altura mostra-se um fraco por ter sido obrigado a recuar depois de ter avançado demais e mostrado que não é um parceiro confiável.
Um comentário:
O que me preocupa, caro Leonardo, não é a candidatura do próprio Márcio Reinaldo, mas sim, quem será seu vice na chapa. Não consigo acreditar que ele cumpriria integralmente um eventual mandato como prefeito de Sete Lagoas.
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