O povo erra ao votar? Erra. Agora será que muitos agentes públicos não erram primeiro e não são os verdadeiros responsáveis pelo equivoco do povo é o que vamos ver. Pois muito bem, estou numa posição em que é estranho para olhar para potenciais competidores e fazer uma análise em perspectiva sobre quem são, afinal se poderia dizer que falo o que falo é em defesa própria. E de certa forma essa suspeita está certa, estou defendo o que acredito, pratico e considero correto. Aliás, isso pode e muitas vezes pesa até negativamente junto alguns políticos. O que não é ruim dado ao que pensam e praticam determinados agentes. Mas em frente par não perder o fio.
Ia dizendo que os agentes públicos são os responsáveis muitas vezes pelo equivoco que povo comete na hora de votar - e nem todos e nem sempre, claro - mas se pensarmos na eleição do Maroca isso fica claro: foram os políticos, partidos e a boa vontade da imprensa com ele que permitiu se elegesse um inoperante de visão retardada. Portanto, não é preciso lembrar aqui quantos foram os políticos que o apoiaram e lhe proporcionaram a força que ele teve para conquistar o eleitor.
Mas vamos a um caso depois a outro. É claro que esses dois casos que vou tratar não tem a força política que teve Maroca em 2008, mas são dois casos que retratam bem o erros dos políticos, que levam em grande parte ao erro do eleitor. O primeiro político em questão é o Emílio de Vasconcelos, para mim um outro o Maroca, esse sem ao menos um quinto da força que teve o atual prefeito, mas apesar de estar relegado a quase um queto de apoiadores se vê alguns políticos e partidos próximos e estes é que deveriam refletir mais sobre esse alerta, que mesmo sendo suspeito me atrevo a dar, porque me sustento em princípios e não em interesse - algo que o leitor é quem vai decidir, não eu.
Emílio fala em mudança, mas o que vejo nele é o mais acabado retrato do atraso. Ouçam ele próprio defender o emprego de parentes (essa defesa ele fez há 3 dias, na quinta-feira 12/04/2012): filho, esposa... e depois respondam para si próprios este político representa o novo, a mudança ou o atraso? Ouçam, leiam a transcrição em vermelho intercalada por comentários meus em azul:
Entrevistador traz a participação do ouvinte, que pergunta:
A Dolores do bairro Emílio diz: além de parabenizar e pergunta se é verdade se quando seu pai foi prefeito você foi secretário, como é que você explica isso? Sendo que isso é nepotismo?
O pré-candidato a prefeito Emílio começa a responder: Primeiro não é nepotismo o filho ser secretário, a esposa também não. A lei permite que quem tem cargo de primeiro escalão, que é o caso de secretário isso aconteça.
É verdade, a lei não veta, mas é inaceitável e é condenável essa velha prática por todos os que prezam mesmo respeito ao dinheiro público, a boa administração e não privilegio.
Eu fui secretário sim, cheguei a ocupar quatro secretarias ao mesmo tempo, obviamente recebendo o salário só de uma, né?
O SUPER Emílio como ele próprio diz ocupou nada menos que quatro secretarias, portanto, ele é produto do mais nefasto nepotismo do seu pai que privilegiava o filhão em detrimento pelo menos outras quatros pessoas, como evidência-se com a própria ocupação de 4 secretárias. Pratica que ele faz forte defesa, como "um ganho de produtividade", por quê? Porque como verá a seguir ele era "solteiro", "morava", "acordava", "tomava café da manha", "almoçava", "jantava", "tomava cerveja com ele fora do horário", ele papai prefeito. Vejam suas próprias palavras:
E não vi nunca Dolores, eu faço uma distinção nepotismo, primeiro você tem que condenar uma pessoa pelo nome que tem e grau de parentesco. Eu acho que é impedi-la de produzir e trabalhar; segundo eu tenho certeza que fui absolutamente produtivo pra cidade, porque o prefeito tinha um secretário que era solteiro, morava com ele, acordava com ele, tomava café da manha com ele, almoçava com ele, jantava com ele, tomava cerveja com ele fora do horário e sempre discutindo e trabalhado por Sete Lagoas, então isso era um ganho de produtividade.
É exatamente isso que fazem os políticos defensores do nepotismo costumam justificar a contratação dos parentes como faz Emílio pelo critério de que, "não se pode punir a competência só por ser a pessoa um parente". É? São mesmo competentes os apadrinhados parentes? Então que se valorize tal capacidade. Deixem-os provar suas competências, conquistando, eles, uma oportunidade, como têm que fazer aqueles que não são parentes do político. Assim se valoriza a competência. De todos!
Quanto a íntima relação ser tratada como um ganho de produtividade é mesmo uma brindeira, e um deboche, de quem trata a administração pública como coisa doméstica, coisa de família. Não há fala mais reveladora do que essa.
E isso me envaideceu muito, fui muito feliz em ter sido secretário na idade que fui cheguei a ocupar por muitos meses 4 secretárias, durante três anos e meio eu ocupei duas recebendo um salário contendo carga dupla, as vezes ficava na secretaria até nove e meio 10, 11 horas da noite despachando, porque tinha que despachar 2, 3, 4. Então eu acho foi muito produtivo. Se tem uma passagem que me orgulha é essa.
É mesmo o cado de ficar envergonhado, não envaidecido, porque trata-se da administração do seu pai, que o privilegiou como filho, o dono do governo. Isso é uma vergonha Emílio.
Agora, que adianta, os tempos mudaram, leis foram feitas para serem cumpridas. E onde a lei veta que aja um parentesco, apesar de eu achar injusto no sentido de que o errado é o parente que recebe sem trabalhar. Eu não acho errado o parente não poder trabalhar por ser parente. Eu faço essa distinção. A lei é para ser cumprida, onde não puder eu vou cumprir a lei.
Aí ele está dizendo que onde a lei veta que aja parente ele diz que vai respeitar, mas aonde a lei faculta: o primeiro escalão, aí teremos a exemplo do Maroquismo, a vasconcelandia novamente tratado a coisa pública com assunto privado em casa, ao acordar, no café, na cerveja... É isso senhores o que vocês querem para Sete Lagoas novamente?
Primeiro não é nepotismo o filho ser secretário, a esposa também não. A lei permite que quem tem cargo de primeiro escalão, que é o caso de secretário isso aconteça.
É verdade, a lei não veta, mas é inaceitável e é condenável essa velha prática por todos os que prezam mesmo respeito ao dinheiro público, a boa administração e não privilegio.
Eu fui secretário sim, cheguei a ocupar quatro secretarias ao mesmo tempo, obviamente recebendo o salário só de uma, né?
O SUPER Emílio como ele próprio diz ocupou nada menos que quatro secretarias, portanto, ele é produto do mais nefasto nepotismo do seu pai que privilegiava o filhão em detrimento pelo menos outras quatros pessoas, como evidência-se com a própria ocupação de 4 secretárias. Pratica que ele faz forte defesa, como "um ganho de produtividade", por quê? Porque como verá a seguir ele era "solteiro", "morava", "acordava", "tomava café da manha", "almoçava", "jantava", "tomava cerveja com ele fora do horário", ele papai prefeito. Vejam suas próprias palavras:
E não vi nunca Dolores, eu faço uma distinção nepotismo, primeiro você tem que condenar uma pessoa pelo nome que tem e grau de parentesco. Eu acho que é impedi-la de produzir e trabalhar; segundo eu tenho certeza que fui absolutamente produtivo pra cidade, porque o prefeito tinha um secretário que era solteiro, morava com ele, acordava com ele, tomava café da manha com ele, almoçava com ele, jantava com ele, tomava cerveja com ele fora do horário e sempre discutindo e trabalhado por Sete Lagoas, então isso era um ganho de produtividade.
É exatamente isso que fazem os políticos defensores do nepotismo costumam justificar a contratação dos parentes como faz Emílio pelo critério de que, "não se pode punir a competência só por ser a pessoa um parente". É? São mesmo competentes os apadrinhados parentes? Então que se valorize tal capacidade. Deixem-os provar suas competências, conquistando, eles, uma oportunidade, como têm que fazer aqueles que não são parentes do político. Assim se valoriza a competência. De todos!
Quanto a íntima relação ser tratada como um ganho de produtividade é mesmo uma brindeira, e um deboche, de quem trata a administração pública como coisa doméstica, coisa de família. Não há fala mais reveladora do que essa.
E isso me envaideceu muito, fui muito feliz em ter sido secretário na idade que fui cheguei a ocupar por muitos meses 4 secretárias, durante três anos e meio eu ocupei duas recebendo um salário contendo carga dupla, as vezes ficava na secretaria até nove e meio 10, 11 horas da noite despachando, porque tinha que despachar 2, 3, 4. Então eu acho foi muito produtivo. Se tem uma passagem que me orgulha é essa.
É mesmo o cado de ficar envergonhado, não envaidecido, porque trata-se da administração do seu pai, que o privilegiou como filho, o dono do governo. Isso é uma vergonha Emílio.
Agora, que adianta, os tempos mudaram, leis foram feitas para serem cumpridas. E onde a lei veta que aja um parentesco, apesar de eu achar injusto no sentido de que o errado é o parente que recebe sem trabalhar. Eu não acho errado o parente não poder trabalhar por ser parente. Eu faço essa distinção. A lei é para ser cumprida, onde não puder eu vou cumprir a lei.
Aí ele está dizendo que onde a lei veta que aja parente ele diz que vai respeitar, mas aonde a lei faculta: o primeiro escalão, aí teremos a exemplo do Maroquismo, a vasconcelandia novamente tratado a coisa pública com assunto privado em casa, ao acordar, no café, na cerveja... É isso senhores o que vocês querem para Sete Lagoas novamente?
Um comentário:
É isso aí, Leonardo. Para os que pensam que o Emílio representa o rompimento com a velha política coronelista, que tanto vem degradando Sete Lagoas há décadas, fica claro que ele é apenas mais uma peça nesse processo. Penso que o Emílio, se eleito fosse (e claro que não será), seria mais um "Maroca" a levar nossa cidade para o fundo do poço.
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