quarta-feira, 6 de junho de 2012

CERTA PATRULHA DA OPINIÃO QUER CALAR A DIVERGÊNCIA PARA FAZER A VERSÃO VIRAR FATO; E O FATO SE TORNAR VERSÃO - MAIS ISSO É IMPOSSÍVEL

Nunca tive medo de defender o que penso e sou muito claro a respeito de minhas posições. Também defendo posições mesmo integrando a minoria, porque o meu compromisso é com os meus valores acima de qualquer coisa. Não fosse assim embarcaria nas correntes de unanimidades. Não é o caso dessa questão do Condomínio Boulevard porque não sei se a maioria é uma maioria do barulho ou de fato. A julgar pelos sinais, a grande maioria das pessoas não tem uma posição formada sobre se é contra ou a favor da criação do Boulevard ainda que até estejam integrando a corrente dos que não querem o condomínio. Explico. Antes: por que sei disso? Porque conversei com diversas pessoas que fazem parte da corrente do "Veta Maroca", mas possuem sérias dúvidas se isto é o melhor para cidade. E a aparente contradição é explicada pela falta de informação ou até pelo excesso de teses catastrofistas sobre a criação do condomínio satanizado pelo neoambientalismo que pretende conduzir mentes, assim como quer silenciar a divergência ou massacrar a sua voz.

É o caso de gente como uma patrulheira da opinião que diz que a defesa que faço da instalação do empreendimento imobiliário respeitando e adotando modernos conceitos sócio-ambiental é um "discursinho de baba-ovo de elite". Estaria eu puxando o saco dos ricos ao posicionar-me favoravelmente pela realização do empreendimento. Estaria eu, então, bajulando os pobres quando por outro lado critico e busco formas para acabar com a necessidade dos menos favorecidos de apanharem água em bica em Sete Lagoas? E o que dizer quando convenci o ex-prefeito Leone Maciel a escolher o terreno do aeroporto - na chamada zona leste - para implantar o hospital que com muito atraso o seu sucessor vai levantando ainda que só para fazer marketing eleitoreiro?

Não, não, senhorita patrulheira da opinião alheia, eu tenho só uma direção, e é ela que eu sigo para ir me posicionando sobre isso e aquilo. O meu norte é o desenvolvimento que gera emprego, renda, progresso e crescimento. Basta eu informar que na luta pela superação dos obstáculos dos pés de pequi e dos obstáculos mentais para termos Ambev eu tive que em muitos momentos combater as incontáveis falácias que tentavam mistificar aquele empreendimento, que hoje é um dos impulsionadores do progresso de nossa cidade. E veja que eu faço tudo isso sem ganhar um tostão e não é porque você recebe dos "magnatas" para prestar um determinado serviço em sua área ambiental que eu vou dizer que você está babando ovo do dono ou acionista de um grupo cimenteiro, por exemplo, esse tipo de elite que a senhora patrulheira da opinião alheia presta serviços e tanto tem tentado demostrar despeito. Sei. Mas adiante.

Me lembro como hoje das falácias que diziam sobre a defesa que eu fazia da instalação da Ambev porque via os imensos benefícios que ela iria trazer para Sete Lagoas. O grau de desinformação era tão imenso que eu tive que combater até as inverdades editorias do jornal Sete Dias que dizia que a razão da Ambev se instalar em Sete Lagoas era como outras: a mão de obra mais barata, quando isso era uma grande falácia, porque a Ambev praticava em Sete Lagoas a mesma remuneração da organização no mundo. Os atrativos para se instalar em Sete Lagoas eram outros, porque a empresa não pratica leilão reverso do material humano mais barato. Aliás, era exatamente por conhecer a cultura Ambev que tanto lutei para que ela superasse os obstáculos para fincar sua nova planta em nossa cidade. Em frente.

E o que eu digo para pessoas amigas como o Silvio Freitas que afirma que "a construção de tal empreendimento fere o maior principio da cultura do povo sete-lagoano no qual me insiro, a Serra de Santa Helena e mais que uma serra e mais que uma questão ambietal , onde se digladiam ambientalistas e desenvolvimentistas, a Serra é o porto seguro de todos moradores desta cidade". Indago porque eu só defendo o empreendimento porque me certifiquei de ele não fere a Serra de Santa Helena. Mas este é o problema: a versão e não o fato, está sendo tomado como verdade. A realidade é clara, o condomínio não vai afetar a nossa Serra de Santa Helena, entretanto, o que reina é a versão de que vai. Contra fato não existe argumento e contra versão que vira fato na cabeça das pessoas? Se tem duas opções diante disso: repetir o fato ou render a versão influente para evitar qualquer desgaste, até com os amigos. Entretanto, eu tenho a responsabilidade e o compromisso com meus valores e entre os quais está o do compromisso com o... fato, não com a versão. Dessa forma eu não posso ignorar o que eu sei para dizer: o Condomínio Boulevard afetará a Serra, pelo simples fato de que ele não será feito na Serra.

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