quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A UNIÃO FAZ A FORÇA, E A FORÇA DA NOSSA UNIÃO FAZ A DIFERENÇA, SEGUE MEU ARTIGO DA SEMANA


A UNIÃO FAZ A FORÇA


É fundamental pensarmos cada vez mais como cidadãos de uma região.

Mesmo reconhecendo a contribuição da Associação dos Municípios da Microregião do Alto dos Rios das Velhas (AMAV), composta por Sete Lagoas e municípios vizinhos, creio que chegou num momento em que ou ela dá um salto atlético e ganha vitalidade ou entra em queda livre sem que ninguém consiga segurá-la. Sorte dela é ter encontrado prefeitos que aparentemente estão determinados a lhe dar o empurrão fundamental.

Com uma atuação limitada à cessão de maquinário para as prefeituras a AMAV, não atende hoje as novas demandas dos municípios. Esse é o principal objeto de discussão dos gestores que acabaram de tomar posse. Eles querem mais da Associação.

Para tanto começaram a se mexer: já se encontraram duas vezes para tratar dos rumos da entidade. No que diz respeito à eleição da nova diretoria, se verifica que o encaminhamento pode chegar a bom termo se forem esclarecidas as dúvidas que perduram entre alguns prefeitos. Após essa fase que se encontra em andamento, chega-se ao grande desafio: fazer a AMAV gerar valor (resultado) para todos os municípios associados, assim como para quem paga a conta, os cidadãos de cada uma dessas cidades.

Numa perspectiva otimista com uma possível refundação da entidade, eu poderia fazer uma lista dos objetivos possíveis de serem estabelecidos e da correspondente estrutura técnico-administrativa para realizá-los, mas vou chamar a atenção para outro ponto que considero mais importante: é preciso pensar grande, pensar como região, fomentando uma identidade regional que vai além do sentido de pertencimento a um município. Essa é a base onde se pode construir uma autêntica união que faz a força.

Se isso for bem compreendido por cada membro-associado que deve se sentir pertencente à região, se tem o caminho largo para avançar, porque se terá um por todos e todos por um, compartilhando e reivindicando o interesse do par e vizinho como seu. Por isso que é importante o sentido de cidadania regional. É com este arranjo que algumas regiões formaram uma rede de cidades, unindo-se para tornar as suas respectivas regiões mais fortes, prósperas e desenvolvidas.

E Sete Lagoas que é a grande cidade desta região, precisa entender algo adicional: não é porque ela é a maior, dispõe de mais recursos e atrai mais investimentos que pode relegar os vizinhos a própria sorte. Porque o efeito deste descaso, recairá sobre ela, com a demanda de serviços públicos diversos da região e por outro lado, ainda que grande como município, a competição na economia globalizada acontece entre redes de cidades, portanto, quanto mais conectada tiver a região mais forte estará no páreo mercadológico para investimento público e privado.

Neste sentido de competir como região por investimentos públicos estaduais há um dado que é pouco percebido pelo conjunto das cidades do Alto Velhas (a grande Sete Lagoas). Repare que apesar da perspectiva positiva que traz o Vetor Norte de BH, nossa região ainda é preterida dos grandes investimentos do Governo Mineiro. Chamados no Estado de Colar Metropolitano, ficamos à margem comparativamente com o núcleo metropolitano como receptores de investimento estrutural, por exemplo, em infraestrutura viária que anda a passos de tartaruga. Evidência disso é que no pacote de 3,6 bilhões do financiamento conseguido pelo Estado pouco alocou-se para o “colar”. Não se trata de ser ingrato. Reconhecemos alguns importantes investimentos, mas pelo nosso potencial e necessidades são muito tímidos.

Chegou a hora de mudar isso e a chave é nos reunirmos em torno de nosso núcleo, assim deixaremos de ser vistos como colar, um assessório e sim como aquilo que somos uma grande e forte região vizinha fonte de grande arrecadação de impostos para o Estado. Devemos entrar neste jogo como atores protagonistas e não como meros figurantes isolados atuando assessoriamente como um colar ao redor do núcleo. Individualmente nossa força fica oculta, juntos  podemos mais. Prova de que uma associação forte entre nós faz a diferença é a conquista do Hospital Regional em 2008, resultado na época da mobilização apartidária para esta conquista, que a partir de agora deve ser uma causa permanente em torno do objetivo regional.

O fato é que se pode fazer muito como ensina a dinâmica e quase xará da AMAV, a AMAVI (www.amavi.org.br), a primeira Associação brasileira de municípios formada por 28 cidades de Santa Catarina que através da união conquistou uma enorme força institucional como região e foi capaz de estruturar uma invejável capacidade técnico-administrativa para apoiar seus municípios. O mesmo pode ser feito se antes os municípios forem capazes de tomar uma importante decisão: reconhecerem-se como parte de um todo, assim se deixará de ser assessório e colar dos outros para se tornar o centro de um próspero futuro que pode nascer com a força da união de gestores que podem revelar-se líderes visionários.

MUNICÍPIO E GOVERNO SE UNEM CONTRA A DENGUE


 


Prefeitura de Sete Lagoas busca auxílio do Estado na Luta contra o Aedes aegypti


Na manhã dessa quarta-feira (30/01), Secretarias Estadual e Municipal de Saúde se reuniram por um único objetivo: evitar uma epidemia de Dengue em Sete Lagoas. O bom relacionamento do Secretário de Saúde, Breno Simões, foi primordial para a realização desse encontro que aconteceu na Superintendência Regional de Saúde (SRS). Servidores estaduais e municipais traçaram um diagnóstico do município, além de ações efetivas no combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.

FORÇA TAREFA
No encontro, Breno solicitou ao Governo a liberação da equipe da Força Tarefa do Estado para atuar nos locais mais críticos da cidade. O pedido foi aceito e em breve 10 homens irão se unir aos agentes de endemias do município. “Dengue é uma das nossas maiores preocupações. Para sermos eficazes, precisamos traçar ações conjuntas com todas as esferas de governo, população, mídia e iniciativa privada. Só com o apoio de todos podemos evitar que Sete Lagoas enfrente uma epidemia”, destacou o secretário.

A Força Tarefa está capacitada para executar atividades de controle vetorial através de eliminação de criadouros do vetor, tratamento focal e bloqueio de transmissão. O trabalho de tratamento focal da Dengue irá se concentrar primeiramente nos bairros com maior número de casos notificados.

QUADRO FUNCIONAL
Paralelamente às ações em parceria com o Estado, o município não para de agir. “Estamos contratando novos agentes de endemias para completarmos o quadro funcional. Além disso, as mobilizadoras em saúde estão intensificando as ações para conscientização nas áreas com maior risco da doença, como por exemplo nos bairros Santa Luzia e Jardim Primavera, onde estão realizando mutirões de visita para identific cemitério Santa Luzia, é o que explica Maria José Lanza, Coordenadora Municipal do Controle da Dengue.

RECOMENDAÇÕES
Vale lembrar que 80% dos focos do mosquito da Dengue são encontrados dentro das residências. ”Só o poder público sozinho não poderá vencer a doença. Todos são co-responsáveis nesta guerra  contra o mosquito da dengue já que todos os levantamentos apontam que cerca de 80% dos focos de infestação estão dentro das casas“, lembra Maria a importância da participação popular.

Por isso, para que Sete Lagoas fique bem longe desse vilão é importante que a população siga algumas recomendações, como: lacrar ralos que podem acumular água, evitar água parada em bebedouros de animais, eliminar os pratos de plantas, manter os vasos sanitários tampados e a caixa d’água fechada, além de realizar regularmente a limpeza das calhas.

O número do Disque Dengue é 160. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DILMA REQUENTA PROMESSA E TENTA ENGANAR PREFEITOS, SE ELES NÃO CAÍREM É CERTO CERTOS COMENTARISTAS PUXA-SACOS VÃO NA ONDA DA "PRESIDENTA"


Verba 'nova' anunciada por Dilma é prevista desde 2010
Presidente prometeu a prefeitos R$ 66,8 bi que já constavam de PAC do governo Lula
TAI NALONERICH DECATDE BRASÍLIA
Os R$ 66,8 bilhões anunciados anteontem pela presidente Dilma Rousseff como um grande aceno de seu governo aos prefeitos já estavam previstos desde 2010.
Eles constam do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2. Lançado no último ano da gestão de Lula, engloba obras de mobilidade, saneamento, habitação, entre outras, e já previa, desde aquela época, quase R$ 1 trilhão -a ser desembolsado ao longo dos anos seguintes.
"A maior parte é do Orçamento Geral da União, mas todos eles são recursos já previstos nos R$ 955 bilhões de recursos do PAC 2", disse à Folha a ministra Miriam Belchior (Planejamento).
Anteontem, Dilma chamou os recursos de "novos". Belchior justificou dizendo que eles ainda não foram usados.
Em encontro com prefeitos em Brasília, a ministra explicou que R$ 10 bilhões devem ter origem em financiamento de bancos públicos. O restante virá da União.
Mais da metade dos recursos (R$ 35,5 bilhões) terão de ser destinados a projetos que já estão definidos. Ou seja, os prefeitos não terão completa autonomia, apesar de poderem, até fevereiro, fazer readequações pontuais.

Governador Anastasia inaugura primeira penitenciária do Brasil feita em parceria público-privada



Com alta tecnologia de segurança, Governo de Minas implanta modelo inovador de gestão penitenciária no sistema prisional do país

O governador Antonio Anastasia inaugurou, nesta segunda-feira (28), a primeira penitenciária do Brasil contratada por meio de parceria público-privada (PPP). A Unidade I do Complexo Prisional Público-Privado fica em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Com esta entrega, o Governo de Minas inaugura um modelo inovador de gestão penitenciária no sistema prisional do país.
“Essa inovação das PPPs é fundamental, porque conseguimos conciliar as questões formais, próprias do processo de execução penal, com aquilo que há de mais moderno em gestão privada, especialmente nas questões relativas àquilo que é o cerne dessa PPP, que é a reinserção da pessoa na sociedade, dando a ela trabalho e educação”, disse o governador, destacando também o planejamento e gestão adotados em Minas Gerais desde 2003.
No modelo adotado em Minas Gerais, inspirado na experiência inglesa, o consórcio Gestores Prisionais Associados (GPA), vencedor da licitação, é o responsável por construir e administrar o complexo, obedecendo 380 indicadores de desempenho definidos pelo governo mineiro, por meio de um contrato de concessão, com prazo de 27 anos.
O grupo será responsável pela manutenção do complexo e gestão dos serviços exigidos pelo Estado, que incluem atividades educativas e de formação profissional, fornecimento de refeições e uniformes, tratamento de saúde, atendimento psicológico e assistência jurídica aos presos.
Anastasia ressaltou que o objetivo da PPP do Complexo Penitenciário é otimizar os recursos públicos para que a eficiência, a efetividade e a eficácia sejam vocacionados para o sistema prisional. Segundo ele, a experiência mineira está sendo olhada com lupa, não só por Minas pelo Brasil.
“Todo o esforço e planejamento são feitos em nosso Estado com o objetivo de termos, ao mesmo tempo, o alcance social, o alcance do desenvolvimento econômico e a dimensão institucional da inovação, iniciada em nosso Estado em 2003 sob os auspícios do mandato do governador Aécio Neves, ao qual eu tenho a honra de dar continuidade. Essa PPP é um símbolo robusto e vigoroso dessa nossa criatividade positiva que vem rendendo frutos e vem apresentando resultados em prol da sociedade mineira. Que tenhamos aqui de fato um exemplo não só para Minas, mas, fundamentalmente, para todo o Brasil”, destacou Antonio Anastasia.
Presente à solenidade, o senador Aécio Neves ressaltou que mais uma vez Minas Gerais dá exemplos ao Brasil de eficiência, de planejamento e de ousadia, numa área essencial à sociedade brasileira, que é a manutenção da segurança.
“Esse processo se iniciou há alguns anos, quando eu era governador do Estado. Muitos não acreditavam na possibilidade de o setor privado participar desse esforço e foram radicalmente contrários. Nós estamos aqui dando uma importante contribuição para que o Brasil vire a página daquilo que o ministro da Justiça chamou de cadeias medievais como regra hoje para as cadeias públicas, para as penitenciárias públicas. Portanto, é algo que, mais uma vez, nasce da ousadia, do planejamento e da eficiência do Governo de Minas, mas que pode, no futuro, atender a todo o país”, afirmou o senador.
Também participaram da solenidade o vice-prefeito de Ribeirão das Neves, Geraldo Lima; o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz; o diretor-presidente do GPA, Telmo Porto; entre outras autoridades.
Estrutura do complexo
O Complexo Prisional Público-Privado será composto por cinco unidades – três de regime fechado e duas de regime semiaberto –, com 3.040 vagas para presos do sexo masculino. Para regime fechado, serão 1.824 vagas e para o semiaberto, 1.216. Exceto casos especiais, o complexo será ocupado por preso apto a trabalhar e a estudar e que já cumpre pena em presídios da RMBH. O edifício-sede é composto pelas áreas de administração, almoxarifado central, oficina de manutenção, lavanderia, cozinha e padaria.
Cada unidade do regime semiaberto contará com oito salas de aula, seis galpões de trabalho e um centro de atendimento de saúde. As unidades do regime fechado terão também um centro de convivência para os familiares dos presos. A Unidade I do Complexo será de regime fechado e terá a capacidade para 608 presos, em celas para individuais ou quatro e seis pessoas – inclusive para detentos com algum tipo de deficiência.
A transferência de presos começou em 18 de janeiro. Já foram transferidos 75, que estavam nos presídios Antônio Dutra Ladeira (Ribeirão de Neves) e São Joaquim de Bicas I (São Joaquim de Bicas). Até o final da primeira semana de fevereiro serão 300 detentos transferidos.
O projeto integra o Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional e também se insere no esforço do Governo de Minas em gerir melhor a infraestrutura do Estado. Como todo o Programa de Parceria Público-Privada concebido pelo Governo de Minas, este está inserido no Choque de Gestão, modelo de administração implantado no Estado a partir de 2003.
Gestão mais moderna
Com a PPP, o Estado não abrirá mão da gestão do sistema prisional. É de responsabilidade do Estado fazer cumprir as penas estabelecidas pela Justiça, cuidar do transportes dos sentenciados, garantir a segurança externa e das muralhas do complexo, fiscalizar e auditar os serviços.
Em situação de crise, confronto ou rebelião, o Estado se responsabilizará pela imediata intervenção, por meio do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), formado por agentes especialmente treinados para este fim.
O gestor privado também terá que oferecer, dentre outros pontos, assistência médica, odontológica, de assistência social e jurídica para cada um dos detentos, a cada dois meses. Outra inovação é o fato de acontecerem consultas psiquiátricas frequentes na unidade prisional para todos os detentos. A PPP será a primeira unidade do Estado a contar com atendimentos também de terapeutas ocupacionais.
Em média, o preso ficará 12 horas fora da cela, frequentando a sala de aula, trabalhando nas oficinas, recebendo atendimento médico-odontológico-jurídico e realizando atividades físicas e de lazer.
O consórcio é formado por cinco empresas – CCI Construções S/A, Construtora Augusto Velloso S/A, Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda., N.F Motta Construções e Comércio Ltda. e Instituto Nacional de Administração Prisional Ltda. (Inap).
Mais segurança e tecnologia
A associação de recursos tecnológicos com a ressocialização é considerada como a essência do contrato PPP de Minas. Serão instaladas 1.240 câmaras de vigilância. O sistema de sensoriamento de presença é de última geração, com a unidade tendo a opção de demarcar espaços nos quais não podem circular nenhuma pessoa. No caso de descumprimento, sensores de presença e de calor serão acionados, disparando alarme.
A tecnologia permitirá agentes penitenciários e monitores focados na segurança em 100% do tempo. Todos os comandos de abertura e fechamento das grades das celas, despertar dos presos, entre outros, será feito por modo tecnológico e por comando de voz.
Os vasos sanitários e bebedouros também foram projetados para evitar que se escondam drogas e outros materiais ilícitos nestes locais e funcionam por sucção automática.
Sistema prisional mineiro
De 2005 até outubro de 2012, o Governo de Minas investiu cerca de R$ 2,4 bilhões no sistema prisional mineiro. Hoje, são 129 unidades administradas pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), daSecretaria de Estado de Defesa Social (Seds), entre presídios, penitenciárias, casas de albergado, centro de referência da gestante e hospitais. De 2004 a 2012, a superintendência assumiu 81 unidades. A meta é assumir todas as cadeias até o fim de 2014.
Hoje, há 13 mil presos trabalhando, o que representa cerca de 60% dos 20.719 presos condenados do Estado (somente os detentos com condenação têm permissão para o trabalho). Existem cerca de 300 parceiros públicos e privados que oferecem oportunidades de trabalho aos detentos. Além disso, são 5.803 presos estudando em 57 escolas em funcionamento dentro de unidades prisionais.
Nos últimos dois anos, foram adotadas novas tecnologias para o aprimoramento da gestão como o Body Scan, adquirido em 2011, para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O aparelho ajuda a impedir a entrada de armas, drogas e celulares, eliminando revistas íntimas constrangedoras.
Há ainda 107 pórticos capazes de acusar a existência até de um chip de telefone celular, já instalados em unidades prisionais de médio porte de Minas Gerais.
Todas as 129 unidades mineiras possuem banquetas e detectores de metal manuais. São 260 banquetas, usadas para verificar se os visitantes não possuem nenhum objeto metálico introduzido em partes íntimas. São pelo menos três detectores manuais disponíveis por unidade.
Além disso, 36 presos já utilizam tornozeleira eletrônica o equipamento. Nos primeiros 12 meses de implantação, a expectativa é chegar a 814 tornozeleiras implantadas.
Inaugurada em novembro de 2012, a Central de Recepção de Flagrantes (Ceflag) visa avaliar os autos de flagrante delito lavrados em delegacias de polícia da capital, permitindo uma análise mais célere de cada caso apresentado e evitando o contingenciamento desnecessário de pessoas presas em flagrante na comarca de BH. A Central possui capacidade para assistir anualmente 4.000 presos.
Ribeirão das Neves se beneficia de investimentos
O CPPP contribuirá para o desenvolvimento de Ribeirão das Neves. Está prevista a geração de cerca de 3.800 empregos, entre diretos e indiretos. Nos últimos anos, o Governo de Minas tem se esforçado para mudar a realidade do município.
Em novembro de 2012, o governador Anastasia lançou a SIX Semicondutores S.A, a mais moderna fábrica de semicondutores do hemisfério sul. Com investimentos de cerca de R$ 1 bilhão deverão ser gerados 300 empregos diretos. A previsão de operação é 2014.
Resultado da sociedade entre a SIX Soluções Inteligentes, empresa de tecnologia do Grupo EBX; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); IBM (NYSE:IBM); Matec Investimentos; e Tecnologia Infinita WS-Intecs, a unidade industrial permitirá que o Brasil ingresse em um setor de alta tecnologia, com forte demanda nacional e internacional, suprindo a praticamente inexistente oferta de chips locais.
A cidade foi a primeira a receber o Poupança Jovem, um dos programas estratégicos do Governo de Minas para a inclusão social. Desde 2007, são mais de 22 mil alunos atendidos, em 29 escolas estaduais de ensino médio, com investimentos de R$ 45,5 milhões.
Trata-se de uma política pública e social que, busca a inclusão dos jovens beneficiados de forma que consigam enfrentar os riscos sociais e pessoais, tanto na juventude, quanto na fase adulta. Procura ainda fornecer os ativos financeiros necessários para que possam se tornar adultos com condições de obter renda por conta própria, o que irá contribuir para a formação do seu capital humano e social.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ARTIGO DE AÉCIO NEVES NA FOLHA DE SÃO PAULO

Ausência de limites
A redemocratização brasileira nos deixou um importante legado: a certeza de que a democracia é mais que um voto depositado nas urnas. Ela se baseia na garantia das liberdades e num rigoroso respeito às leis. Assim, não é possível fechar os olhos para o viés autoritário que ganha substância no governo petista.
A governança por medidas provisórias, a profunda subordinação do Congresso, a forma como foram promovidas as mudança de marcos regulatórios, a ausência de diálogo e as diversas tentativas de "regulamentar" a mídia são algumas das expressões dessa perigosa tendência.

Mas a fala da presidente da República e a lamentável utilização da rede nacional de rádio e TV para, entre outras coisas, desqualificar os brasileiros críticos ao seu governo é, certamente, a mais evidente delas. Não se sabe se incomodada pela pressão das articulações que gostariam de ver o ex-presidente Lula candidato ou com a simples motivação de tirar o foco dos fracassos acumulados, constatados pelo pífio resultado da economia, a presidente resolveu antecipar o debate eleitoral.

É nesta posição que ela se permitiu propagar aos brasileiros a visão maniqueísta de uma nação dividida ao meio, na qual os que amam o Brasil são otimistas e estão com o governo enquanto que os que não querem o bem do país, os "do contra", os pessimistas, estão na oposição.

Essa é uma postura que agride a diferentes gerações de democratas. É impossível não revisitar, com ironia, a gênese petista do "quanto pior melhor". Ou voltar no tempo para lembrar o nacionalismo canhestro dos governos militares que buscava confundir governo com nação, transformando a crítica em ato impatriótico e que agora ganha estranha atualidade.

O conteúdo do pronunciamento foi atípico e agressivo.

Na parte dedicada à energia, de forma desleal, o texto transformou os que apenas defenderam um outro caminho para a diminuição da conta de luz -no caso a redução de tributos federais- em adversários da ideia. Para a construção do falso raciocínio, sonegou ao país até mesmo a informação de que empresas estaduais criticadas aderiram à proposta do governo nas áreas de transmissão e distribuição.

E, por ironia, são justamente os Estados governados pelo PSDB que, sem alarde, oferecem há muitos anos as maiores isenções de ICMS na conta de luz... O pronunciamento da presidente tem vários significados. Nenhum deles é bom para a democracia, patrimônio de todos brasileiros.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

PRÊMIO POR PRODUTIVIDADE

A secretária Renata Vilhena informa que "o prêmio por produtividade será pago até o final do mês de março. A data exata será comunicada oportunamente."

domingo, 13 de janeiro de 2013

"Como eu gostaria que fosse lembrado":

“Tudo isso está sendo feito para termos empregos de qualidade e diversificarmos a economia do nosso Estado, que é a minha obsessão número um. Se alguém me perguntar, como governador, como eu gostaria que fosse lembrado daqui a 30 anos, eu respondo com tranqüilidade: como aquele que deu início a um processo – claro que não vai se concluir em um mandato de quatro anos – de diversificação da economia de Minas Gerais”, concluiu Antonio Anastasia.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Investimento do governo é medíocre em 2012


Na VEJA.com, do site Contas Abertas:

Levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta sexta-feira mostra que a União investiu 46,9 bilhões de reais no exercício de 2012. O valor é apenas 5% superior ao gasto com investimentos em 2011, quando 44,4 bilhões de reais foram aplicados, levando em conta valores constantes – atualizados pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Entre 2006 e 2011, não foi visto um ritmo de crescimento tão pequeno como o do ano passado. Com o desempenho, os investimentos de 2012 ficaram abaixo dos realizados em 2010 (51,4 bilhões), quando a economia brasileira cresceu 7,5%.
A despeito do crescimento, o valor investido pelo governo representou apenas 40% dos 114,6 bilhões de reais previstos para 2012. Desse montante, 25,3 bilhões de reais foram pagos com restos a pagar, ou seja, compromissos assumidos em anos anteriores mas não quitados nos exercícios.
No início de dezembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a queda nos investimentos se deve ao período de crise econômica enfrentado pelo país. “Qualquer economista iniciado sabe que, em períodos de crise importantes, o investimento é o primeiro a se retrair e o último a voltar, depois que o consumo e a indústria reaceleram”, disse.
O baixo ritmo de investimentos em 2012 influenciou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu menos de 1%, surpreendendo economistas e o próprio Guido Mantega. Ele afirmou em entrevista coletiva no fim do ano que 2013 será um ano de “colheita” em termos de resultados econômicos e que o PIB deve crescer em torno de 4% em 2013.
De acordo com Newton Marques, economista do Conselho Federal de Economia, o governo não tem dado a devida atenção aos investimentos públicos. “Talvez até o setor privado tenha desistido dos planos de negócios em razão do pouco caso do governo com os investimentos, mesmo com as críticas dos setores conservadores que querem que o setor público aumente a meta do superávit primário”, completa Marques.  Segundo ele, a queda do investimento privado pode ter sido causada pelo baixo nível do investimento público.
Para o economista, embora muitas medidas necessárias e pontuais como a isenção tributária (redução de impostos e tributos para alguns setores considerados prioritários) e adesoneração da folha de pagamento tenham sido tomadas no segundo semestre de 2012, elas não foram suficientes.
O órgão que teve o crescimento mais expressivo em investimentos de 2011 para 2012 foi o Ministério da Educação: a pasta investiu 9,8 bilhões de reais no ano passado, valor 62% maior que o de 2011 (6,1 bilhões de reais). Em contrapartida, o Ministério dos Transportes foi o que mais reduziu os recursos aplicados em investimentos em 2012. Ao todo, o órgão aplicou 10,5 bilhões de reais, valor 18% inferior aos 12,8 bilhões de reais gastos em 2011 com obras e compra de equipamentos.
Consultados a respeito do desempenho das pastas, a assessoria do Ministério da Educação não respondeu ao Contas Abertas até o fechamento da reportagem. Já a assessoria do Ministério dos Transportes limitou-se a dizer que não foi levado em consideração o desempenho do Fundo da Marinha Mercante, ligado ao ministério. Contudo, mesmo incluindo o fundo, os investimentos da pasta de Transportes atingiram 15,5 bilhões de reais em 2012, enquanto em 2011 esse montante foi de 15,9 bilhões de reais – ou seja, também houve diminuição. Ainda segundo o ministério, a previsão é que 18 bilhões de reais sejam aplicados em 2013.
Para Newton Marques, a diminuição dos investimentos no Ministério dos Transportes foi influenciada pelos problemas de corrupção em 2011. “As denúncias provocaram reações do governo, dos órgãos de controle (TCU, CGU e Ministério Público). O governo deve ficar atento em 2013 para esses problemas, caso queira atingir a meta do crescimento de 3% a 3,5% do PIB”, explica.
O escândaloEm julho de 2011, reportagem de VEJA revelou a existência de um esquema de corrupção operado por caciques do PR no Ministério dos Transportes. O partido cobrava propina de empreiteiras interessadas em contratos com a União. O esquema tinha como coração o Dnit e a Valec. O caso resultou na queda do então ministro da pasta, Alfredo Nascimento, do diretor do Dnit e do presidente da Valec. Mais de 20 funcionários da pasta e de órgãos ligados a ela acabaram demitidos na esteira do escândalo.
Assessorias das duas principais unidades ligadas ao ministério, Valec Engenharia, Construções e Ferrovias e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), afirmaram aoContas Abertas que em razão do caso foram implantadas medidas que retardaram o ritmo de investimentos. De acordo com Marques, o governo tem que mostrar um plano estratégico de médio e longo prazo para aumentar os investimentos em infraestrutura com parcerias público privadas ou sem parcerias. “Caso contrário, teremos outro “pibinho”, conclui o economista. Preocupado em garantir as condições para acelerar a economia em 2013, o Palácio do Planalto já fala em priorizar investimentos neste ano.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

É PRECISO FAZER O DEVER DE CASA, ACHO QUE MÁRCIO REINALDO, ARNALDO NOGUEIRA E OUTROS NO GOVERNO SABEM DISSO


Sete Lagoas vai ter que fazer direitinho o seu dever de casa. Ou nada feito. Será preciso agregar inteligência à gestão, será preciso enfrentar e solucionar os graves gargalos estruturais, será preciso sanear, profissionalizar e motivar a máquina. E será preciso mudar a arraigada ideia de que o dinheiro que necessitamos virá de fora.

É óbvio que a União e o Estado são fontes de recursos do qual não se pode prescindir  - não falo claro, dos repasses voluntários obrigatórios. O ponto é: a cidade tem que aumentar o investimento próprio e depender o menos possível do outro ente como favor político, principalmente, para fazer o que é seu dever elementar. Ou senão acaba chegando-se ao absurdo de culpar o governador por não se conseguir pagar a folha de pagamento como fez no passado,o Senhor Múcio Reis. Sim, vamos "brigar" para conseguir o máximo de verbas de fora, mas para que realizemos coisas de vulto.

Há carência de pensar grande para desenvolver oportunidades de negócios públicos em que os governos Estadual e Federal é quem desejarão ser parceiros entusiasmados. Nesse sentido, Márcio Reinaldo fala em criar uma Central de Projetos. A proposta pode ser bem vinda, mas tem sua importância condicionada a definição de para onde o governo quer ir, senão projetos para quê? Ou seja, o Governo Márcio Reinaldo precisará definir e comunicar um norte claro para sociedade, a exemplo do que fez o Governo Aécio em 2003 ao estabelecer que seu compromisso “tornar Minas Gerais o melhor estado para se viver”. Foi a partir desta visão de futuro que se seguiu as outras iniciativas como o saneamento das contas no que se denominou de "Choque de Gestão", que tanto equilibrou as contas como reordenou gerencialmente a maquina, ações que alavancaram a gestão e o investimento e recuperaram o crédito do Estado.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Maroca fez sim escolhas estratégicas erradas e uma delas se chama Flávio de Castro

Pois é Flávio de Castro está certo quando assume: "confesso que sempre debitei essa debilidade do governo Maroca a escolhas estratégicas erradas". Certíssimo! E entre os maiores erros estratégicos do Maroca foi o de escolhe-lo para a secretária de planejamento do governo do PSDB, um petralha. Ele tomou conta de um pedaço estratégico do governo. Desta feita, o conflito entre visões logo apareceu, os entraves ideológicos esquerdistas também e a incompetência administrativa se instalou por completo no governo já capenga. E foi com muita resistência do incompetente secretário, Flávio de Castro, que até fomentou campanha de rua com faixas e tudo mais para não ser demitido, que o ex-prefeito tomou a coragem que não lhe era peculiar para fazer o tinha que ser feito, afastar aquele entrave.  Maroca realmente fez péssimas escolhas.

"Prefeitos estão desrespeitando a lei de Responsabilidade Fiscal"

Evaldo ex-servidor da Regional de Ensino em SL,
foi eleito prefeito de Caetanópolis.
Estive nesta quinta-feira (3) com o meu amigo Evaldo (DEM), que foi eleito prefeito de Caetanópolis. Conversávamos acerca de como ele recebeu a prefeitura e a situação não é nada boa, a exemplo de Sete Lagoas. Só para ter uma ideia a coleta de lixo está suspensa, a dívida do pequeno município está em 1 milhão, os salários estão atrasados etc, etc. A sua conclusão, corretíssima, é que a lei de Responsabilidade Fiscal esta sendo descumprida pelos prefeitos, ao ver essa situação se repetir em diversos municípios. O problema é mal exemplo que vem de cima, o governo federal petista que deveria ser um modelo para o bem gasta muito com custeio e não investe.  

VALE A PENA ASSISTIR A ESTE FILME EXPLICANDO O QUE COACHING

Excelente iniciativa da Unimend Sete Lagoas, que, neste filme, explica o que é Coaching - o que ficou muito claro pela qualidade da profissional do segmento - Mércia Nicoli e toda à produção. Vale destacar também a excelente localização escolhida para realização - sobre a apresentadora dispensa-se comentários, basta assistir para ver o brilho.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sem mudança de rumo, a expectativa é pessimista


Autor: Edmar Bacha

pequeno normal grande
Entrevista com o economista Edmar Bacha.
O “pibinho” de 2011 tinha a desculpa de se seguir ao “pibão” de 2010. Na média, ainda estava de bom tamanho. Mas, face aos decepcionantes números do terceiro trimestre, a renda per capita pode até diminuir em 2012. Como se não bastasse, as expectativas de crescimento para 2013 se reduzem a cada rodada das projeções encomendadas pelo Banco Central.
Não é só o PIB que decepciona, mas também a inflação. Ano passado tivemos 2,7% de crescimento com 6,5% de inflação. Este ano deveremos ter 1% de crescimento com 5,7% de inflação – valor ainda superior à meta de 4,5%, que é elevada para o padrão de nossos parceiros comerciais.
O mundo lá fora também não anda bem. Mas quem anda realmente mal são os países industriais, especialmente a Europa. Os países emergentes mantêm taxas de crescimento superiores às do Brasil, com inflação mais baixa. E nossos vizinhos na América Latina vêm apresentando um desempenho econômico vigoroso, que parece ignorar as mazelas do mundo desenvolvido.
Precisamos olhar para nosso próprio umbigo para tentar decifrar de onde vem essa doença brasileira de baixo crescimento com inflação elevada.
Recapitulando. Desde o pós-guerra até 1980, o país sustentou taxas de crescimento admiráveis. Mas em 1981, houve um colapso da acumulação de capital, detonado pela crise da dívida externa. A ela se seguiu o descontrole inflacionário, a partir do fracasso do Plano Cruzado. O período entre 1981 e 1993 ficou conhecido como a grande década perdida, que durou até o dragão da inflação ser domado pelo Plano Real, em 1994.
Na falta de um ajuste fiscal consistente, a estabilização do Real se sustentou na âncora cambial e nos juros elevados. O ambiente externo não ajudou, com sucessivas crises no México, no Sudeste Asiático e na Rússia. Em consequência, o crescimento se manteve baixo. Após a crise cambial de 1998, um novo tripé de política econômica foi adotado: superávit nas contas primárias do governo, câmbio flutuante e metas de inflação. As contas externas melhoraram, mas o crescimento continuou a decepcionar.
Enquanto persistiu o “medo do Lula”, o investimento não reagiu às reformas liberalizantes implantadas no governo FHC. Tudo pareceu mudar para melhor em 2005. O medo de Lula passou, as commodities entraram em ciclo de alta, o capital externo voltou a fluir para o país.
O crescimento se acelerou e até mesmo a crise financeira mundial de 2008-2009 pareceu ser uma “marolinha”, pois o país dela se recuperou com galhardia em 2010. Desde então, entretanto, só dá “pibinho” atrás de “pibinho”, sem folga na inflação. Que se passa?
Com o benefício do retrovisor, o que os números sugerem é que o sucesso do período 2005-10 explica-se por uma recuperação cíclica do investimento e do emprego, no contexto de uma enorme bonança externa.
No primeiro trimestre de 2004, o investimento fixo foi de apenas 15,3% do PIB. Essa taxa cresceu continuamente (exceto em 2009), até atingir 19,5% por cento do PIB no final de 2010.
No início de 2004, a taxa de desemprego estava em torno de 12%. Desde então, ela se reduziu ano a ano, até chegar a 5,3% em outubro de 2012.
A produtividade do trabalho se beneficiou da transferência de mão de obra de atividades informais para as formais. Investimento em alta, desemprego e informalidade em queda permitiram maior crescimento.
O crescimento desse período foi também sustentado por uma enorme bonança externa: preços das commodities em alta e forte entrada de capital externo.
Todas essas fontes de crescimento perderam força. O desemprego está no limite, conforme atestam as constantes reclamações de falta de mão de obra. Também a possibilidade de transferir trabalhadores das atividades informais para as formais se reduziu. A disponibilidade de mão de obra tende a limitar o crescimento do PIB como antes não o fazia. A bonança externa arrefeceu. Os preços das commodities estabilizaram-se quando não caíram. O financiamento externo se reduziu.
O potencial de crescimento do PIB passa doravante a depender da própria capacidade do país de elevar o investimento e aumentar a produtividade. Maiores estímulos à demanda somente tenderão a piorar a inflação.
Países emergentes mantêm taxas de crescimento superiores às do Brasil, com inflação mais baixa
Diversos fatores estão paralisando os investimentos. Proeminente entre eles está a dificuldade do governo federal de executar os investimentos programados no orçamento, exceto pela construção de moradias (que pouco agrega à capacidade de crescimento do país). “Não é dinheiro que falta, é a capacidade de execução”, já disse a presidente da República a este jornal.
A execução estatal é ruim, mas igualmente danosa é a relutância do governo em transferir os projetos de infraestrutura para a iniciativa privada.
A privatização foi demonizada pelo PT e a presidente Dilma incorporou essa herança maldita. As licitações saem a fórceps e, quando saem, têm uma formatação inadequada – como ilustrado pelo caso do petróleo do pré-sal, das estradas federais, dos portos e aeroportos. As parcerias público-privadas, que deslancham em Estados e municípios (nas áreas de saneamento, saúde e segurança), no governo federal delas nem se ouve falar.
A esses fatores se soma o populismo de querer segurar a inflação com o controle de preços das estatais e das concessionárias de serviços públicos. Disso resulta perda de capacidade de investir, no governo e fora dele.
Se o investimento não ajuda, a produtividade também não. Há muitos fatores em causa, mas eles podem ser resumidos num só, porque os demais, de uma forma ou de outra, dele resultam: o Brasil é a economia mais fechada do mundo.
Isso se comprova nos dados do Banco Mundial, nos quais o país aparece com a menor relação entre importações e PIB entre todos os países para os quais esses dados existem. Igualmente, os números de 2010 da Penn World Tables, da Universidade da Pensilvânia, mostram que entre os 169 países considerados, o Brasil ocupa a 169ª colocação tanto no que se refere à penetração das importações no mercado interno quanto à participação da soma das exportações com as importações no PIB.
Mas nem precisaria de números, porque sabemos ser esse o país que na ditadura implantou a retrógada lei da informática (ainda parcialmente em vigência), uma das mais equivocadas políticas de substituição de importações de que se tem notícia na história.
Apesar de estarmos no país que menos importa no mundo em relação ao tamanho de seu PIB, tanto industriais quanto governo não cansam de lamentar a “invasão dos importados”.
A presidente da República e o ministro da Fazenda ficaram famosos por cunhar expressões como “tsunami monetário” e “guerra cambial”, sem falar no “dumping chinês”. Recentemente, a presidente da República adaptou uma boutade do ex-ministro Delfim Netto para explicar que não queremos mais ser “o último peru no Natal [dos exportadores estrangeiros]“.
O objetivo declarado da política industrial do governo – nas áreas da saúde e da eletroeletrônica, por exemplo – é reduzir o déficit comercial setorial.
É preciso entender que, em tempos de cadeias produtivas globalizadas, é a importação que faz a exportação
Automóveis produzidos no país são beneficiados pela redução do IPI desde que cumpram estritos requisitos de conteúdo nacional. Parceiros internacionais da Petrobras na exploração do pré-sal têm que satisfazer uma rígida pauta de substituição de importações, sob risco de fortes penalidades. Produtos nacionais que obedeçam aos requisitos de conteúdo nacional podem ser vendidos ao governo com 25% de sobrepreço. Cem produtos tiveram suas tarifas de importação recentemente aumentadas e outros cem estão na fila. Os exemplos se multiplicam.
Mas não é só no governo. Estudo recente da Fiesp, por exemplo, assusta-se com o aumento dos componentes importados na produção agrícola e adverte: “Parte das importações é necessária, mas é preciso mensurar os riscos dessa crescente dependência. Nosso estudo é um alerta.”
A atitude é que importar é coisa ruim, supostamente porque subtrai mercado à produção brasileira e reduz o emprego.
Trata-se de uma postura que privilegia problemas conjunturais de falta de demanda, de que não padecemos, em detrimento da necessidade, que temos, de participar mais ativamente do comércio internacional para o país poder voltar a crescer.
Carece fazer compreender que, nesses tempos de cadeias produtivas globalizadas, é a importação que faz a exportação.
A Embraer está aí para comprovar essa tese. Mas, no clima protecionista que impera em Brasília, dá até medo de arguir que a Embraer só é a potência que é porque importa 95% das peças dos aviões que produz. Mesmo porque a Embraer já sofre para comprovar que contabilmente consegue superar o índice de 60% de nacionalização do produto final exportado, sem o qual não teria acesso aos financiamentos do BNDES.
Entre as piores consequências do fechamento às importações está o fato de, há anos, os preços dos bens de capital subirem mais do que os preços dos bens de consumo e serem hoje muito superiores aos preços de seus similares internacionais, conforme documentado em pesquisas recentes. Vinicius Carrasco e João Manoel do Pinho Mello mostram que os vergalhões de aço custam duas vezes mais no país do que no resto do mundo.
Regis Bonelli e eu estimamos que o preço das máquinas nacionais é cerca de 30% superior aos similares importados. Como se não bastasse pouparmos pouco, o poder de compra dessa poupança é reduzido pelo elevado preço dos bens de capital produzidos no país, que resulta da falta de concorrência gerada pelo fechamento da economia às importações.
Enquanto o governo ambiciona fechar o país ainda mais, querendo produzir todas as partes de todos os produtos aqui dentro, no resto do mundo desenvolvem-se as cadeias produtivas internacionalizadas, através das quais os países se especializam não só em diferentes mercadorias e serviços, mas em diferentes etapas do processo produtivo.
Essas cadeias se definem em três grandes regiões: a América do Norte, a Europa e a Ásia.
Na América do Sul, Chile, Peru e Colômbia tratam de nelas se integrar, pois já entenderam que é assim que se incorpora o progresso técnico e se aumenta a produtividade.
Enquanto isso, na companhia de Argentina, estamos perdendo o trem da história.
Precisamos dar um novo rumo à economia se quisermos aumentar o investimento e a produtividade. Por um lado é preciso romper com o estatismo. Por outro, com o protecionismo.
Definir uma estratégia de integração competitiva do país à economia internacional, que tenha como metas reduzir a carga tributária das empresas à metade e dobrar a participação do comércio exterior no PIB.
Difícil imaginar que o atual governo abrace essa proposta, pois vem seguindo, com gosto, exatamente o caminho oposto. Quem sabe se, com os “pibinhos” se repetindo e a inflação continuando elevada, o país não resolve mudar de rumo nas eleições de 2014?
Fonte: Valor Econômico, 19/12/2012

HUMBERTO ASSUME CISMISEL

Mais uma pessoa que respeito pelo compromisso com o interesse público assume um posto chave. Trata-se de Humberto (foto de terno), prefeito de Jequitibá, ele será o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Sete Lagoas, Cismisel, para o biênio 2013/2014. Ele que por 12 anos comandou a Saúde de seu município é um nome qualificado para o posto. As cidades consorciadas são: 



Araçai
Baldim
Cachoeira da Prata
Caetanopolis
Cordisburgo
Fortuna de Minas
Inhauma
Paraopeba
Jequitiba
Santana de Pirapama
Sete Lagoas

A disposição está clara, falta a estratégia

Uma coisa é certa: Márcio Reinaldo demonstra disposição para enfrentar os problemas e não está preso a um saudosismo que impedia a cidade de avançar. É o que dá para perceber até agora. O que o seu governo precisa é de uma estratégia mais clara do que, como e quando serão feitas as coisas.  De imediato é preciso de um plano de contingenciamento para os primeiros 100 dias para lidar com a grave situação fiscal recebida.

A DÉCADA PERDIDA


A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 foi recebida como um conto de fadas. O país estaria pagando uma dívida social. E o recebedor era um operário.

Operário que tinha somente uma década de trabalho fabril, pois aos 28 anos de idade deu adeus, para sempre, à fábrica. Virou um burocrata sindical. Mesmo assim, de 1972 a 2002 ─ entre a entrada na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e a eleição presidencial ─, portanto, durante 30 anos, usou e abusou do figurino do operário, trabalhador, sofrido. E pior, encontrou respaldo e legitimação por parte da intelectualidade tupiniquim, sempre com um sentimento de culpa não resolvido.

A posse ─ parte dos gastos paga pelo esquema do pré-mensalão, de acordo com depoimento de Marcos Valério ao Ministério Público ─ foi uma consagração. Logo a fantasia cedeu lugar à realidade. A mediocridade da gestão era visível. Como a proposta de governo ─ chamar de projeto seria um exagero ─ era inexequível, resolveram manter a economia no mesmo rumo, o que foi reforçado no momento da alta internacional no preço das commodities.

Quando veio a crise internacional, no final de 2008, sem capacidade gerencial e criatividade econômica, abriram o baú da História, procurando encontrar soluções do século 20 para questões do século 21. O velho Estado reapareceu e distribuiu prebendas aos seus favoritos, a sempre voraz burguesia de rapina, tão brasileira como a jabuticaba. Evidentemente que só poderia dar errado. Errado se pensarmos no futuro do país. Quando se esgotou o ciclo de crescimento mundial ─ como em tantas outras vezes nos últimos três séculos ─, o governo ficou, como está até hoje, buscando desesperadamente algum caminho. Sem perder de vista, claro, a eleição de 2014, pois tudo gira em torno da permanência no poder por mais um longo tempo, como profetizou recentemente o sentenciado José Dirceu.

Os bancos e as empresas estatais foram usados como instrumentos de política partidária, em correias de transmissão, para o que chamou o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, de “projeto criminoso de poder”, quando do julgamento do mensalão. Os cargos de direção foram loteados entre as diferentes tendências do Partido dos Trabalhadores (PT) e o restante foi entregue à saciedade dos partidos da base aliada no Congresso Nacional. O PT transformou o patrimônio nacional, construído durante décadas, em moeda para obter recursos partidários e pessoais, como ficou demonstrado em vários escândalos durante a década.

O PT era considerado uma novidade na política brasileira. A “novidade” deu vida nova às oligarquias. É muito difícil encontrar nos últimos 50 anos um período tão longo de poder em que os velhos oligarcas tiveram tanto poder como agora. Usaram e abusaram dos recursos públicos e transformaram seus Estados em domínios familiares perpétuos. Esse congelamento da política é o maior obstáculo ao crescimento econômico e ao enfrentamento dos problemas sociais tão conhecidos de todos.

Não será tarefa fácil retirar o PT do poder. Foi criado um sólido bloco de sustentação que ─ enquanto a economia permitir ─ satisfaz o topo e a base da pirâmide. Na base, com os programas assistenciais que petrificam a miséria, mas garantem apoio político e algum tipo de satisfação econômica aos que vivem na pobreza absoluta. No topo, atendendo ao grande capital com uma política de cofres abertos, em que tudo pode, basta ser amigo do rei ─ a rainha é secundária.

A incapacidade da oposição de cumprir o seu papel facilitou em muito o domínio petista. Deu até um grau de eficiência política que o PT nunca teve. E o ano de 2005 foi o ponto de inflexão, quando a oposição, em meio ao escândalo do mensalão, e com a popularidade de Lula atingindo seu nível mais baixo, se omitiu, temendo perturbar a “paz social”. Seu principal líder, Fernando Henrique Cardoso, disse que Lula já estava derrotado e bastaria levá-lo nas cordas até o ano seguinte para vencê-lo facilmente nas urnas. Como de hábito, a análise estava absolutamente equivocada. E a tragédia que vivemos é, em grande parte, devida a esse grave erro de 2005. Mas, apesar da oposição digna de uma ópera-bufa, os eleitores nunca deram ao PT, nas eleições presidenciais, uma vitória no primeiro turno.

O PT não esconde o que deseja. Sua direção partidária já ordenou aos milicianos que devem concentrar os seus ataques na imprensa e no Poder Judiciário. São os únicos obstáculos que ainda encontram pelo caminho. E até com ameaças diretas, como a feita na mensagem natalina ─ natalina, leitores! ─ de Gilberto Carvalho (ex-seminarista, registre-se) de que “o bicho vai pegar”. A tarefa para 2013 é impor na agenda política o controle social da mídia e do Judiciário.

Sabem que não será tarefa fácil, porém a simples ameaça pode-se transformar em instrumento de coação. O PT tem ódio das liberdades democráticas. Sabe que elas são o único obstáculo para o seu “projeto histórico”. E eles não vão perdoar jamais que a direção petista de 2002 esteja hoje condenada à cadeia.

A década petista terminou. E nada melhor para ilustrar o fracasso do que o crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1%. Foi uma década perdida. Não para os petistas e seus acólitos, claro. Estes enriqueceram, buscaram algum refinamento material e até ficaram “chiques”, como a Rosemary Nóvoa de Noronha, sua melhor tradução. Mas o Brasil perdeu.

Poderíamos ter avançado melhorando a gestão pública e enfrentado com eficiência os nossos velhos problemas sociais, aqueles que os marqueteiros exploram a cada dois anos nos períodos eleitorais. Quase nada foi feito ─ basta citar a tragédia do saneamento básico ou os milhões de analfabetos.

Mas se estagnamos, outros países avançaram. E o Brasil continua a ser, como dizia Monteiro Lobato, “essa coisa inerme e enorme”.

POR MARCO ANTONIO VILLA

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O NOVO PRESIDENTE DO SAAE

Ouçam a entrevista que realizei com o Novo presidente do SAAE, Sete Lagoas. Ele é homem escolhido pelo prefeito Márcio Reinaldo para cuidar do Saneamento de Sete Lagoas.

"Se você fosse governo criticaria à gestão mesmo assim?"

Já chego na resposta do título. Na campanha afirmei neste post que "Márcio Reinaldo é o melhor hoje para Sete Lagoas". Continuo certo disso agora que ele tomou posse. Não, nego que agora há também uma torcida para que o nosso "eterno" deputado se saia muito bem como prefeito. Mas continuarei com a minha independência - criticando aquilo que considero errado e elogiando o que a meu juízo se faz bem. A diferença está no fazer isso, ou seja, como não estou no governo faço à crítica pública. E se tivesse no "time"? Eu não deixaria de fazer à crítica?, me questionaram. Claro que não, mas eu a faria para o governo, porque teria assumido o compromisso de ser... governo. E também como tal eu teria como trabalhar junto para evitar equívocos que vejo.


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Lulu - Márcio Paulino - presidente da Câmara de Vereadores de Sete Lagoas

Leonardo Barros e Márcio Paulino (Lulu)
Na foto (muito orgulhoso) com Lulu após a sua posse como presidente eleito da Câmara de vereadores Sete Lagoas. Bem, estou convencido pelo bastante que o conheço, que ele fará toda diferença para recuperação do poder legislativo como força que se faz respeitar. Neste sentido, tanto para colaborar com o prefeito Marcio Reinaldo naquilo que vier a promover avanços da cidade, como também para fazer o contraponto à qualquer mal prática. Meu querido amigo Lulu já no discurso de posse demonstrou a firmeza de seu carácter cobrando moralidade e que se coloquem os interesses maiores de Sete Lagoas acima pequenez política, no que foi aplaudido de pé, por muitos.