quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A UNIÃO FAZ A FORÇA, E A FORÇA DA NOSSA UNIÃO FAZ A DIFERENÇA, SEGUE MEU ARTIGO DA SEMANA


A UNIÃO FAZ A FORÇA


É fundamental pensarmos cada vez mais como cidadãos de uma região.

Mesmo reconhecendo a contribuição da Associação dos Municípios da Microregião do Alto dos Rios das Velhas (AMAV), composta por Sete Lagoas e municípios vizinhos, creio que chegou num momento em que ou ela dá um salto atlético e ganha vitalidade ou entra em queda livre sem que ninguém consiga segurá-la. Sorte dela é ter encontrado prefeitos que aparentemente estão determinados a lhe dar o empurrão fundamental.

Com uma atuação limitada à cessão de maquinário para as prefeituras a AMAV, não atende hoje as novas demandas dos municípios. Esse é o principal objeto de discussão dos gestores que acabaram de tomar posse. Eles querem mais da Associação.

Para tanto começaram a se mexer: já se encontraram duas vezes para tratar dos rumos da entidade. No que diz respeito à eleição da nova diretoria, se verifica que o encaminhamento pode chegar a bom termo se forem esclarecidas as dúvidas que perduram entre alguns prefeitos. Após essa fase que se encontra em andamento, chega-se ao grande desafio: fazer a AMAV gerar valor (resultado) para todos os municípios associados, assim como para quem paga a conta, os cidadãos de cada uma dessas cidades.

Numa perspectiva otimista com uma possível refundação da entidade, eu poderia fazer uma lista dos objetivos possíveis de serem estabelecidos e da correspondente estrutura técnico-administrativa para realizá-los, mas vou chamar a atenção para outro ponto que considero mais importante: é preciso pensar grande, pensar como região, fomentando uma identidade regional que vai além do sentido de pertencimento a um município. Essa é a base onde se pode construir uma autêntica união que faz a força.

Se isso for bem compreendido por cada membro-associado que deve se sentir pertencente à região, se tem o caminho largo para avançar, porque se terá um por todos e todos por um, compartilhando e reivindicando o interesse do par e vizinho como seu. Por isso que é importante o sentido de cidadania regional. É com este arranjo que algumas regiões formaram uma rede de cidades, unindo-se para tornar as suas respectivas regiões mais fortes, prósperas e desenvolvidas.

E Sete Lagoas que é a grande cidade desta região, precisa entender algo adicional: não é porque ela é a maior, dispõe de mais recursos e atrai mais investimentos que pode relegar os vizinhos a própria sorte. Porque o efeito deste descaso, recairá sobre ela, com a demanda de serviços públicos diversos da região e por outro lado, ainda que grande como município, a competição na economia globalizada acontece entre redes de cidades, portanto, quanto mais conectada tiver a região mais forte estará no páreo mercadológico para investimento público e privado.

Neste sentido de competir como região por investimentos públicos estaduais há um dado que é pouco percebido pelo conjunto das cidades do Alto Velhas (a grande Sete Lagoas). Repare que apesar da perspectiva positiva que traz o Vetor Norte de BH, nossa região ainda é preterida dos grandes investimentos do Governo Mineiro. Chamados no Estado de Colar Metropolitano, ficamos à margem comparativamente com o núcleo metropolitano como receptores de investimento estrutural, por exemplo, em infraestrutura viária que anda a passos de tartaruga. Evidência disso é que no pacote de 3,6 bilhões do financiamento conseguido pelo Estado pouco alocou-se para o “colar”. Não se trata de ser ingrato. Reconhecemos alguns importantes investimentos, mas pelo nosso potencial e necessidades são muito tímidos.

Chegou a hora de mudar isso e a chave é nos reunirmos em torno de nosso núcleo, assim deixaremos de ser vistos como colar, um assessório e sim como aquilo que somos uma grande e forte região vizinha fonte de grande arrecadação de impostos para o Estado. Devemos entrar neste jogo como atores protagonistas e não como meros figurantes isolados atuando assessoriamente como um colar ao redor do núcleo. Individualmente nossa força fica oculta, juntos  podemos mais. Prova de que uma associação forte entre nós faz a diferença é a conquista do Hospital Regional em 2008, resultado na época da mobilização apartidária para esta conquista, que a partir de agora deve ser uma causa permanente em torno do objetivo regional.

O fato é que se pode fazer muito como ensina a dinâmica e quase xará da AMAV, a AMAVI (www.amavi.org.br), a primeira Associação brasileira de municípios formada por 28 cidades de Santa Catarina que através da união conquistou uma enorme força institucional como região e foi capaz de estruturar uma invejável capacidade técnico-administrativa para apoiar seus municípios. O mesmo pode ser feito se antes os municípios forem capazes de tomar uma importante decisão: reconhecerem-se como parte de um todo, assim se deixará de ser assessório e colar dos outros para se tornar o centro de um próspero futuro que pode nascer com a força da união de gestores que podem revelar-se líderes visionários.

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