quarta-feira, 29 de maio de 2013

Lafarge anuncia ampliação de investimentos em Minas Gerais

Governador Antonio Anastasia visitou, em Paris, a sede da empresa francesa, que tem planos para abrir um centro de pesquisas em cimento no Brasil


Antonio Anastasia visitou a sede da Lafarge, líder mundial em materiais de construção
Soraya Ursini

Antonio Anastasia visitou a sede da Lafarge, líder mundial em materiais de construção


O governador Antonio Anastasia visitou, nesta quarta-feira (29), em Paris, na França, a sede da Lafarge, líder mundial em materiais de construção, já presente em Minas Gerais com quatro fábricas. Durante o encontro, os dirigentes da empresa afirmaram que pretendem ampliar os investimentos no Brasil e em Minas, levando para o Estado as experiências e inovações da empresa na área da construção, além da instalação de um centro de pesquisas em cimento.

"Já estamos em Minas Gerais desde 1959, porém, temos projeto de desenvolvimento e ampliação de nossa presença, tanto no cimento quanto no concreto para atender a todas as necessidades de crescimento da construção do Estado de Minas Gerais. Estamos trabalhando tanto do lado da produção de materiais quanto do desenvolvimento de metodologias de construção que podem melhorar e diminuir o tempo de construção para todos os tipos de obras e, em particular, para obras residenciais e casas e prédios", explicou o presidente da Lafarge Brasil, Alexis Langlois.

O governador Anastasia ressaltou que Minas Gerais está à disposição para receber o centro de pesquisas da Lafarge. "O presidente mundial da Lafarge manifestou interesse em levar para o Brasil um Centro de Pesquisas em cimento e colocamos a candidatura e a possibilidade desse centro ser construído em Minas Gerais. Temos o calcário, que é a base fundamental para o cimento, e também quatro grandes unidades da Lafarge e mais de 40% da produção da empresa é realizada em Minas Gerais. Então, há uma boa possibilidade", destacou o governador.

"É importante lembrar que Minas é o maior produtor brasileiro de cimento, produzimos cerca de um terço da produção nacional e, nos últimos anos, aumentamos muito nosso consumo per capta. Para se ter uma ideia, em 2003, consumíamos cerca de 60% do que consumia São Paulo. Agora temos o mesmo consumo per capta de cimento, o que demonstra, de fato, um grande avanço na produção econômica de nosso Estado", lembrou Antonio Anastasia.

Minas Gerais é o estado que concentra o maior número de unidades de produção de cimento (47% das 3 milhões de toneladas produzidas no país) e de concreto (70% dos 700 metros cúbicos) da Lafarge. A empresa lidera as vendas de cimento em Minas. "Minas é um mercado muito importante para nós. É um Estado que está crescendo, tem mão de obra de alta qualidade. A maioria dos nossos engenheiros, no Brasil, são mineiros. Então nossa presença em Minas Gerais é essencial para a empresa", afirmou Alexis Langlois.

Na linha de cimentos, cinco das nove unidades fabris da empresa estão em Minas – Montes Claros, Arcos (2 unidades), Matozinhos e Santa Luzia. O Estado também abriga quatro dos 11 centros de distribuição de cimento da empresa no Brasil. Na atividade de concreto são 35 centrais instaladas no Estado, o que representa 80% de todas as centrais em operação no país.

A utilização de concreto pré-moldado em construções, área que a Lafarge pretende ampliar no Brasil, pode reduzir o tempo da obra entre 10 e 20%, o que é muito significativo, segundo Alexis Langlois. "A redução do tempo pode ser até maior, dependendo da habilidade do pessoal e em termos de custos também é melhor porque a obra, a casa, o empreendimento estará liberado mais cedo", disse o presidente da Lafarge Brasil, Alexis Langlois.

Atrativos

Para o governador, a qualidade da mão de obra presente no Estado é um grande atrativo para as empresas. Ele destacou a importância econômica do mercado da construção. "Minas Gerais tem um dado muito positivo, que é o capital humano, nossos bons resultados em educação, nossas boas universidades, que são sempre um fator muito decisivo para a alocação de empresas. Vimos também na Lafarge novas experiências em concreto em material flexível, com o que, aliás, Niemayer realizou belas obras não só em Minas, mas em todo o Brasil. Isso demonstra como a questão do cimento e do concreto podem ter um valor econômico extremamente positivo para nosso Estado em termos de inovação, criatividade e empreendedorismo", disse Antonio Anastasia.

"Temos muitas ideias para o Brasil e Minas Gerais. Depois do alimento, o que mais as pessoas precisam é de cimento, que é essencial às construções. O Estado de Minas Gerais tem o que queremos. Quando temos boas ideias os resultados são bons", ressaltou o CEO da Lafarge, Bruno Lafont.

A empresa está presente em 64 países e gera 65 mil postos de trabalho. O Grupo Lafarge registrou vendas de 15,8 bilhões de euros em 2012. Presente no Brasil desde 1959, possui 1.800 empregados no país, dos quais 380 em Minas Gerais.

Após encontro na sede da Lafarge, o governador visitou a Cidade da Arquitetura e do Patrimônio Francês, que traz, hoje, a exposição do arquiteto Rudy Ricciotti, criador de peças que compõem importantes monumentos de Paris. Ricciotti já desenvolveu grandes projetos em parceria com a Lafarge. Acompanharam o governador os secretários de Estado Dorothéa Werneck (Desenvolvimento Econômico), Gustavo Magalhães (Secretaria Geral) e o presidente do BDMG, Matheus Cotta Carvalho. Antonio Anastasia e comitiva foram recebidos, também neste dia, pelo embaixador do Brasil na França, José Maurício, na sede da Embaixada.

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