Brasil passa a ser 4º destino mais procurado por investidores estrangeiros
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MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O Brasil subiu da quinta para a quarta posição entre os destinos mais procurados por investidores estrangeiros no ano passado, mostrou um levantamento da Unctad, braço das Nações Unidas para o desenvolvimento.
O país recebeu US$ 65 bilhões em 2012, volume inferior apenas aos registrados por Estados Unidos, China e Hong Kong.
A melhora da posição do Brasil no ranking é explicada pela queda apenas suave no fluxo de investimentos para o país, de 2%, enquanto o fluxo mundial recuou 18% no período.
"O Brasil teve investimentos praticamente estáveis no ano passado. Em relação ao mundo, recebeu 4,8% dos aportes. Isso não é pouca coisa. Não dá pra dizer que o Brasil deixou de ser o queridinho dos investidores", disse Luís Afonso Lima, presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica), que analisa os dados da Unctad para o Brasil.
O investimento direto estrangeiro mundial foi de US$ 1,3 trilhão, cifra superior apenas à verificada em 2009, quando somou US$ 1,2 trilhão, e abaixo da média pré-crise de 2005 a 2007.
O levantamento mostrou ainda que, pela primeira vez, os países emergentes passaram a receber mais da metade dos recursos produtivos mundiais. Eles foram responsáveis por 52% do total de investimentos, ante 44,5% em 2011.
EXPECTATIVA
A expectativa da Sobeet é de que o Brasil receba US$ 60 bilhões em investimentos produtivos neste ano, diz Lima, considerando o fluxo que já recebeu até maio. Foram US$ 64 bilhões nos 12 meses encerrados em maio.
Para o diretor do departamento de competitividade industrial do Ministério do Desenvolvimento, Alexandre Comin, uma recuperação do investimento está em curso no Brasil, porém, as manifestações dos últimos dias pioraram o humor dos empresários, o que levanta dúvidas sobre o comportamento do fluxo de recursos para a produção neste ano.
"Aumentou muito a instabilidade nos últimos dias e é possível que haja a postergação de certos investimentos. Sabemos que o investimento é sujeito às incertezas", afirma.
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