Frota brasileira de jatinhos executivos cresce 16% em 2012
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MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A frota de jatos executivos brasileira cresceu 16% no ano passado, passando de 623 para 724 aeronaves particulares. O dado consta do novo anuário brasileiro da aviação geral, a ser divulgado amanhã pela Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral).
Empresas e empresários não deixaram de comprar aviões, mas, proporcionalmente, cresceu o número de aeronaves de segunda mão.
"O mercado brasileiro enfrenta uma desaceleração, mas ainda continua sendo o segundo maior do mundo em novos registros", diz o vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
Dos 101 jatos adicionados à frota nem 2012, 43 saíram direto das fábricas. Em 2010, quando pouco menos de cem jatos foram somados à frota, mais de 75% eram novos.
Setor altamente dependente do crescimento da economia global, a aviação executiva ainda não se recuperou do tombo provocado pela crise financeira mundial iniciada em 2008.
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Naquele ano, os fabricantes de jatinhos entregaram cerca de 1.154 novas unidades. No ano passado, foram 663 unidades. "Ainda não é possível fazer uma previsão de quando o mercado vai começar a se recuperar", diz o executivo da Embraer.
"O mercado americano dá sinais de aquecimento, mas vivemos ainda uma crise de confiança que impede investimentos e, consequentemente, troca ou a aquisição de um novo jato executivo." Quando veio a crise financeira global a Embraer tinha acabado de tomar a decisão de investir realmente no segmento de jatos executivos.
Na contramão da concorrência, a empresa lançou novos produtos e conseguiu ganhar mercado. Saiu de 3% em 2008, para 15% de participação em termos de unidades entregues no mundo.
No Brasil, cerca de um terço das entregas do ano passado foram de jatos da Embraer, sobretudo do Phenom 100, o avião de menor porte da fabricante, que custa US$ 4,1 milhões.
As vendas dessas aeronaves foram puxadas principalmente pelo agronegócio.
As vendas dessas aeronaves foram puxadas principalmente pelo agronegócio.
AVIAÇÃO GERAL
Considerando helicópteros, turboélices e outras aeronaves de pequeno porte, além dos jatos, a frota da aviação geral brasileira cresceu 6,7% no ano passado, para quase 14 mil unidades, de acordo com o anuário Abag.
É a segunda maior frota instalada do mundo, atrás apenas dos EUA. "A aviação executiva deixou de ser vista como luxo e se transformou em ferramenta de trabalho para as empresas", diz Ricardo Nogueira, presidente da Abag. "Mas muitas das entregas feitas no ano passado refletem negócios fechados há um ou dois anos."
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