PESQUISA GOVERNO DE MINAS 2014 - NOVA, ÚLTIMA, JORNAL ESTADO DE MINAS
Pesquisa indica promessa de disputa acirrada para o governo de MinasLevantamento mostra que, a um ano do pleito de governador, indefinição sobre o nome que terá o apoio de Anastasia influencia no quadro que aponta Fernando Pimentel (PT) na frente
A disputa pelo governo de Minas promete ser apertada, embora se as eleições para o Palácio da Liberdade fossem hoje, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), venceria nos cinco cenários analisados pelo EM Data/UFLA/MDA. Contra adversários diferentes, o petista conquistou a preferência de 31,5% a 42,2% dos mineiros, vencendo também todas as simulações de segundo turno de que participa. A um ano da eleição, no entanto, a falta de definição do candidato apoiado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) é vista como um fator que ainda pode mudar o quadro até 2014.
Para o diretor do MDA Pesquisa, Marcelo Costa Souza, Pimentel inicia a corrida ao Palácio com uma boa vantagem, mas o cenário ainda é de indefinição. “Ele está muito bem avaliado, mas estamos a um ano das eleições e os nomes que foram apresentados são pouco conhecidos, o que pode favorecer Pimentel agora”, analisou. O ministro traz o recall da candidatura ao Senado em 2010, vencida por Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS).
No primeiro cenário avaliado, e também o de maior dificuldade para Pimentel, o petista tem 31,5% das intenções de voto, contra 19,9% do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Em seguida vem o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), apontado como provável nome do partido na disputa, com 10,2%. Nessa configuração, quase 40% dos entrevistados não souberam responder ou optaram por anular o voto. Apesar de negar a intenção de concorrer ao governo, Lacerda sofre pressão dentro do partido para garantir um palanque forte no estado para o candidato do PSB à Presidência, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Sem o prefeito da capital no páreo, Pimentel venceria os adversários com margem maior nos outros quatro cenários pesquisados. O ministro teria 39,7% dos votos, contra 12,7% de Pimenta da Veiga e 8,3% do senador peemedebista Clésio Andrade. Nesse cenário, o percentual de quem não escolheu nenhum, ou afirmou que vai votar em branco ou nulo é de 39,4%. A pesquisa mediu também a intenção de voto com quatro candidatos, incluindo o ex-deputado federal José Fernando (PSB). Nesse caso, Pimentel teria 39,1%, Pimenta 11,4%, Clésio 7,5% e José Fernando, 1,7%.
O levantamento sondou também o potencial de votos de outros dois nomes colocados como possíveis candidatos governistas: o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e o presidente do PSDB, Marcus Pestana. No primeiro caso, Pimentel receberia 42% das intenções de voto, Clésio Andrade teria 9,2% e Alberto Pinto Coelho, 2,7%. Nessa configuração, quase metade dos eleitores não apontou nome algum. Já com Pestana concorrendo pelo PSDB, Pimentel teve sua melhor performance, com adesão de 42,2% dos entrevistados, contra 8,3% de Clésio Andrade. Pestana teria 3,9% da preferência.
Segundo o diretor do MDA Pesquisa, um fator que pode alterar o quadro será a definição do nome apoiado pelo governador Anastasia. “Um dos pontos para definir melhor o cenário é saber quem vai ser o nome da situação, já que o governo tucano é bem avaliado. Enquanto o PSDB não definir o candidato e não colocar o bloco na rua, ele não vai crescer”, afirmou.
Influência A pesquisa apurou a influência dos principais líderes do PT e do PSDB como cabos eleitorais para o voto dos eleitores mineiros. Nesse quesito, petistas e tucanos estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro. Entre os entrevistados, 41,7% afirmaram ter preferência por um candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff. Já 38,8% afirmaram que votariam em alguém indicado pelo senador Aécio Neves ou pelo governador Antonio Anastasia. Outros 19,5% responderam que não seriam influenciados por nenhum dos apoiadores.
Nas simulações de segundo turno, os resultados indicam a vitória de Pimentel em quatro cenários: contra Pimenta da Veiga (42,2% a 15,9%), Marcio Lacerda (36,4% a 23,8%), Clésio Andrade (43,8% a 13,6%) e Marcus Pestana (44,8% a 8%). Pimenta da Veiga vence se o adversário for Clésio Andrade (22% a 18%) e Clésio ganha se disputar com Marcus Pestana (22,9% a 9,8%) ou Alberto Pinto Coelho (21,6% a 9,7%). Marcio Lacerda vence a disputa contra Pimenta da Veiga (27,4% a 19,8%).
Governo tucano bem avaliado
O EM Data/Ufla/MDA também avaliou o desempenho do governo Antonio Anastasia (PSDB), cuja gestão é aprovada por quase 80% dos entrevistados. Entre eles, 6,3% consideram a administração ótima e 36,3% boa. Os outros 36,9% avaliam o governo como regular. A avaliação negativa é de 14,8%, sendo que 7,7% dos entrevistados definiram a atuação do tucano como ruim e 7,1% como péssima. Os restantes 5,6% não souberam responder.
Os números mostram, porém, que os eleitores ainda não relacionaram o atual governo com possíveis nomes apoiados pelo Palácio da Liberdade na sucessão de Anastasia. A maior rejeição contabilizada isoladamente é ao ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB), que não seria opção para 17,5% dos entrevistados quando é perguntado em quem não votaria de jeito nenhum. O outro possível candidato tucano ao governo, o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, não seria votado de jeito algum por 11,5% dos entrevistados. Ele é desconhecido por 70,8% dos eleitores.
O MDA mediu a rejeição combinando as respostas sobre os candidatos em quem os entrevistados não votariam de jeito nenhum com o grau de conhecimento, já que o eleitor tende a não escolher aquele que não conhece. Nesse caso, o nome mais rejeitado é o do ex-deputado federal José Fernando, que disputou o governo de Minas em 2010 e recentemente se filiou ao PSB, seguindo a orientação da ex-senadora Marina Silva. Ele é rejeitado por 50,3% dos entrevistados. O vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) vem em seguida, com rejeição de 40,8% dos eleitores ouvidos. Marcus Pestana é rejeitado por 39,3%, seguido por Pimenta da Veiga (PSDB), com 32,85%; Clésio Andrade (PMDB), com 29,5%; Marcio Lacerda (PSB), com 25,3%; e Fernando Pimentel (PT), rejeitado por 20% dos eleitores que o conhecem.
Renata Vilhena se sai bem no primeiro levantamento com seu nome e estranhamente a pesquisa não sondou a alternativa Marcio Lacerda. Segue texto do Hoje em Dia.
Intenção de voto dos pré-candidatos
Pesquisa realizada pelo Instituto MDA, a que o Hoje em Dia
Cenários
Na hipótese de o vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP), ser o candidato para suceder Anastasia, Pimentel atinge 32,3% das intenções de voto, Clésio, em segundo lugar, tem 8,1%, e o vice-governador soma 5%. Dos entrevistados, 15,5% afirmam não votar em nenhum desses nomes e outros 39,1% não sabem ou não responderam.
Na segunda simulação, tendo como o nome da situação o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, Pimentel obtém 32,8% dos votos, Clésio tem 8,2% e o tucano registra 3,5%. Dezesseis por cento da amostragem não vota em nenhum deles e 39,5% não sabe ou não respondeu.
Outro cenário considerado traz o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB), como candidato. No caso, Pimentel registra 34,1% dos votos, seguido por Clésio, com 8,5%, e por Dinis, com 2,1% das intenções de voto. Não sabem ou não responderam 39,3% dos entrevistados. Outros 15,9% dizem que anulariam o voto.
Secretários
Levando-se em conta a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, como o nome do PSDB, Pimentel sai na frente com 32,8% dos votos, seguido por Clésio, com 7,8%. Ela aparece em terceiro lugar, com 4,5% das intenções. Outros 16,5% não votariam em nenhum deles e 38,4% não sabe ou não respondeu.
Caso o PSDB se decida pelo secretário de Governo, Danilo de Castro (PSDB), Pimentel tem 34,2% dos votos, Clésio atinge 8,7% e o tucano somaria 1,8%. Não votariam em nenhum deles 16% e 39,3% não sabem ou não responderam. O prefeito Marcio Lacerda (PSB), que afirmou não querer ser candidato, não foi incluído nos cenários estudados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 a 14 de maio, com 2.004 pessoas. Os entrevistados são de 62 municípios das dez regiões do Estado. Não há registro na Justiça Eleitoral. De acordo com o TRE-MG, a obrigatoriedade se dá a partir do dia 1º de janeiro do ano eleitoral.
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