Área construída de BH será ampliada em 3,7 milhões de m²
Potencial construtivo máximo irá dos atuais 5 para 7 -
PUBLICADO EM 17/10/13 - 03h00
Belo Horizonte se prepara para passar por uma transformação profunda a partir de 2014. É o que pretende a prefeitura com o projeto “Operações Urbanas Consorciadas (OUCs)”, ao qual O TEMPO teve acesso com exclusividade. A estimativa preliminar é a de que a área construída da cidade seja ampliada em 3,7 milhões de metros quadrados nos próximos 20 anos – são 340 campos de futebol. O principal adensamento deve ser no sentido vertical, já que o foco maior não é ocupar áreas ainda desocupadas, mas sim aumentar o limite de aproveitamento dos terrenos.
Para virar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada na Câmara Municipal. Se isso acontecer, a operação será feita por meio de uma parceria público-privada (PPP), e a estimativa inicial de custo trata apenas das intervenções em vilas e favelas, calculada em R$ 70 milhões, e da requalificação do patrimônio histórico da cidade (66 imóveis no total), orçada em R$ 22 milhões.
A intenção é acabar com a concentração massiva de serviços no centro e aumentar a oferta em outros pontos da capital. Além de estimular a criação de parques e de áreas de uso público. A prefeitura prevê a criação de 11 novos parques, 27 praças, três viadutos, 25 passarelas, 11 eixos de circulação para pedestres e 147 km de ciclovias na capital. Por outro lado, apenas 1 km de novas vias está previsto para ser implementado.
Opiniões. Na avaliação do diretor suplente do Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tiago Castelo Branco, o projeto vai na contramão da construção de uma cidade mais sustentável.
“Não tem como mexer no adensamento, com novas construções, sem trazer impactos para o trânsito, para as redes de águas e esgoto, energia. Isso deveria ter sido pensando na hora de fazer as diretrizes”, enfatiza.
Detalhamento. O projeto divide a cidade em “quadras” e em cada uma delas está previsto um conjunto de ações específicas. Uma das principais alterações é o aumento do Coeficiente de Aproveitamento (CA) máximo, que iria até 7,0. Hoje, esse número não ultrapassa 5,0. É o CA que determina quanto e como determinado espaço será ocupado.
O CA de 7,0 é o previsto para o que a proposta chama de “Quadra Central”, que engloba toda a região do entorno da praça Raul Soares passando pela praça da Rodoviária até alcançar a praça da Estação. Nesse perímetro, estão previstas medidas como implementação de ruas exclusivas para pedestres e construção de passarelas ou viadutos.
Outra região que terá o CA inédito é a Leste, ao longo do rio Arrudas, pela avenida dos Andradas. A maioria das novas passarelas e viadutos está concentrada na região Leste, onde estão previstas ainda as mesmas medidas pretendidas para a região central, como ruas exclusivas para pedestres. O bairro Gameleira, na região Oeste, também terá alteração do coeficiente para 7,0, principalmente nas proximidades do Expominas.
Os pontos de adensamento, de acordo com o documento, foram escolhidos por estarem próximos de locais de fácil deslocamento a pé, de bicicleta ou por transporte público. Além de já reunirem serviços variados para a população.
Um comentário:
Ola, Leonardo, td bem? Ao deparar-me com o seu blog imaginei que talvez vc possa me esclarecer uma dúvida. É que eu tenho interesse em locar ou até mesmo adquirir um espaço comercial na nova Rodoviária, ou em estações do metrô, só que não tenho a mínima ideia de a quem devo recorrer. Vc pode me ajudar? Obr Benva Carvalho
Postar um comentário