"Estamos no regime semiaberto", me disse uma amiga referindo-se aos servidores do estado que trabalham na cidade administrativa. E completou 'podemos dormir em casa". Apesar do horário ser o inverso dos condenados que vão para prisão à noite a Cidade Administrativa de Minas Gerais Presidente Tancredo Neves é um lugar no meio do nada. O propósito de Aécio em princípio não poderia ser melhor: descentralizar, integrar a gestão, otimizar custos, promover o desenvolvimento do vetor norte de Belo Horizonte e tudo isso é louvável. Entretanto, acho que o erro vital que se cometeu diante de tantos acertos foi o de projeto. No propósito de fazer na escala regional (Minas) o que JK fez no Brasil criando Brasília, interiorizando o progresso, se errou ao não fazer uma cópia ainda mais original sob o ponto de vista da inovação do grande estadista. Quero dizer, Aécio quis copiar tão fielmente JK que empregou no projeto as velhas linhas curvas do arquiteto dos prédios de Brasilia, Oscar Niemeyer. Na época uma inovação, o novo, mas hoje? Hoje faltou ao então governador trazer o novo, ou seja, se ele tivesse compreendido mesmo JK não recorreria ao velho estilo do arquiteto, teria ele a exemplo do outro lançando a inovação, criando um novo marco como fez o presidente Juscelino. E essa mesma amiga me disse algo interessante neste sentido: "por que não se lançou um concurso". Certíssima! Com certeza teríamos o mundo concorrendo para realizar um projeto tão ambicioso. As contribuições do empreendimento já apontei e são realmente fantásticas, mas como ressaltou ainda esta amiga, faltou harmonizar a convivência dos servidores da Cidade Administrativa com o vasto verde do entorno. Dessa forma, um grande acerto na escolha do lugar, copiando o visionário Juscelino Kubitschek foi diminuído pela escolha da tradição a inovação ao recorrer a um arquiteto inovador para 1950, mas arcaico para os anos 2000. A cópia não foi completa: faltou fazer o novo para hoje não para ontem, colocando o homem no centro do projeto em harmonia com a natureza. Uma crítica justa ou injusta? Com a palavra a centena de amigos que tenho aqui e trabalham no edifício Minas ou Gerais. Seriam prédios tão belo quanto atrasados? Entre outros amigos que trabalham lá peço a contribuição para enriquecer o debate de Ana Lúcia Gazzola Soninha Lopes, Junior Sete Lagoas, Aurelio Dias já Enrique Carlos Natalino que fica no Palácio Tiradentes não deve ter a experiência cotidiana dos demais.
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