É verdade que o HSBC nunca conseguiu se adaptar ao Brasil. Após adquirir o falido Bamerindus pelo simbólico valor de um R$ 1, a chegada do banco inglês, em tese, representava um saudável aumento na competição no sistema financeiro nacional, acostumado aos privilégios da reserva de mercado (ou na prática habituados a tirar o couro do brasileiro com juros escochantes, sob a falsa explicação do altíssimo risco (spread) de calote. Pois muito bem, a promessa da competição com a consequente redução das taxas e custos financeiros para os brasileiros nunca se cumpriu, mesmo com a chegada de outras instituições internacionais como o Santander. Agora, depois de muitas trapalhadas no país como a investigação ilegal de seus funcionários, o banco abandona o Brasil. É certo que o HSBC foi bastante incompetente, mas também é certo de que isso é mais uma evidência de que o Brasil caminha a passos largos rumo ao seu passado de atrasos, com não somente a volta da inflação, mas perda de importância e competitividade, como mostra uma das justificativas do HSBC para abandonar o país e permanecer no México: "Outro argumento é que as exportações do Brasil (225 bilhões de dólares) são comparativamente menores que em outros mercados em que a casa seguirá com as portas abertas, como México (398 bilhões de dólares), Emirados Árabes Unidos (373 bilhões de dólares) e Índia (324 bilhões de dólares)."
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