GOLPE
Esquema na Câmara de Sete Lagoas desviou R$ 4,5 milhões
Servidores faziam empréstimos, repassavam para vereadores, e Casa “pagava” com gratificações
PUBLICADO EM 29/07/15 - 03h00
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Corregedoria da Prefeitura de Sete Lagoas, município da região Central do Estado, investigam um esquema de desvio de dinheiro público na Câmara Municipal que pode ter provocado um rombo de mais de R$ 4,5 milhões. Conforme as investigações, o esquema teria começado em 2001 e envolve mais de cem pessoas que teriam sido beneficiadas com a fraude.
Uma fonte ligada à investigação explicou a O TEMPO que o caso envolve servidores contratados em gabinetes de vereadores de legislaturas anteriores. Os funcionários contraíam empréstimos pessoais na Caixa Econômica Federal e repassavam os valores aos parlamentares.
Para complementar o esquema e fazer a população custear os desvios, era a Câmara de Sete Lagoas que pagava o financiamento, com dinheiro público, por meio do pagamento de altos valores em férias-prêmio, horas extras e gratificações, por exemplo.
É o caso do servidor J. G.G., afastado preventivamente no dia 30 de junho, como consta na Portaria 111/2015, publicada no “Diário Oficial de Sete Lagoas”. Ele também é alvo de uma sindicância, aberta na mesma data, que tem o objetivo de verificar se ele, “supostamente, inobservou as normas legais e regulamentares, obtendo supostas vantagens indevidas nas movimentações financeiras da Câmara Municipal”, conforme o texto da publicação.
Segundo detalhes da investigação, J. G. G. teria recebido mais de R$ 1 milhão em férias-prêmio acumuladas. No entanto, ele não era o único. Outros casos semelhantes constam em documentação de uma pré-investigação levada a cabo pela Câmara nos últimos seis meses, que foi entregue à Corregedoria Municipal (órgão ligado à prefeitura) e ao Ministério Público para que os indícios pudessem ser apurados pelos promotores.
Um dia após o afastamento de J.G.G. foi aberta uma Comissão Processante Especial para apurar as irregularidades encontradas.
“Neste momento, estamos estendendo as investigações para abrirmos processos individuais contra cada um dos envolvidos. Acredito que nos próximos 30 dias nós já fechamos (as investigações) e vamos abrir um processo atrás do outro”, revelou uma fonte ligada à investigação.
Estratégia. A investigação segue o trâmite normal e já abriu prazo para que as defesas dos suspeitos de integrar o esquema se manifestem e justifiquem como receberam os valores.
A estratégia que vem sendo adotada tanto pelo Ministério Público quanto pela Corregedoria Municipal é interrogar ex-servidores e funcionários da Câmara que participam do esquema para que eles possam dar mais detalhes sobre o escândalo antes de chegar aos vereadores e ex-vereadores que podem estar envolvidos. “Se ouvirmos os servidores contratados, com certeza, pelos problemas que já estão e que vão ser gerados, eles vão entregar o jogo”, explica a fonte ligada à investigação.
Uma fonte ligada à investigação explicou a O TEMPO que o caso envolve servidores contratados em gabinetes de vereadores de legislaturas anteriores. Os funcionários contraíam empréstimos pessoais na Caixa Econômica Federal e repassavam os valores aos parlamentares.
Para complementar o esquema e fazer a população custear os desvios, era a Câmara de Sete Lagoas que pagava o financiamento, com dinheiro público, por meio do pagamento de altos valores em férias-prêmio, horas extras e gratificações, por exemplo.
É o caso do servidor J. G.G., afastado preventivamente no dia 30 de junho, como consta na Portaria 111/2015, publicada no “Diário Oficial de Sete Lagoas”. Ele também é alvo de uma sindicância, aberta na mesma data, que tem o objetivo de verificar se ele, “supostamente, inobservou as normas legais e regulamentares, obtendo supostas vantagens indevidas nas movimentações financeiras da Câmara Municipal”, conforme o texto da publicação.
Segundo detalhes da investigação, J. G. G. teria recebido mais de R$ 1 milhão em férias-prêmio acumuladas. No entanto, ele não era o único. Outros casos semelhantes constam em documentação de uma pré-investigação levada a cabo pela Câmara nos últimos seis meses, que foi entregue à Corregedoria Municipal (órgão ligado à prefeitura) e ao Ministério Público para que os indícios pudessem ser apurados pelos promotores.
Um dia após o afastamento de J.G.G. foi aberta uma Comissão Processante Especial para apurar as irregularidades encontradas.
“Neste momento, estamos estendendo as investigações para abrirmos processos individuais contra cada um dos envolvidos. Acredito que nos próximos 30 dias nós já fechamos (as investigações) e vamos abrir um processo atrás do outro”, revelou uma fonte ligada à investigação.
Estratégia. A investigação segue o trâmite normal e já abriu prazo para que as defesas dos suspeitos de integrar o esquema se manifestem e justifiquem como receberam os valores.
A estratégia que vem sendo adotada tanto pelo Ministério Público quanto pela Corregedoria Municipal é interrogar ex-servidores e funcionários da Câmara que participam do esquema para que eles possam dar mais detalhes sobre o escândalo antes de chegar aos vereadores e ex-vereadores que podem estar envolvidos. “Se ouvirmos os servidores contratados, com certeza, pelos problemas que já estão e que vão ser gerados, eles vão entregar o jogo”, explica a fonte ligada à investigação.