Eu acredito que sim e vou tentar provar minha tese cabalmente.
O Programa é criticando por ser fútil e inútil e, de fato não se tem muitos ganhos palpáveis em assisti-lo, a não ser o passa tempo prazeroso de acompanhar as disputas, as conquistas, os pega, pegas, entre os casais, os erros, as mediocridades, as virtudes e as qualidades dos seres humanos ali, não há nada de especial. Mas a vida não é isso? Isso já não é um valor? Sim, é.
Bem, o ponto é: dá para ter mais? O Programa poderia ir além disso tudo e entregar ao expectador um valor que o fizesse crescer, se tornar mais crítico, independente, para poder enxergar melhor a realidade, ter mais discernimento, não cair em falácias, não comprar mistificações e ser um indivíduo mais livre, autônomo, que se desenvolve e contribui, assim, para o progresso geral?
Mas cabe ou deve ter o Big Brother Brasil esse papel, assumir essa responsabilidade seja como um dever ou oportunidade para ter mais esse valor objetivo, proporcionar esse ganho para o expectador e ter também mais importância e valor retribuído?
Essa análise vai levando ao surgimento até agora de novas perguntas e ainda nenhuma conclusão. E isso é muito bom, porque vê-se a complexidade da questão e vai ampliando o seu entendimento, como limites, possibilidades, papel e oportunidades dentro do princípio de ser ter entretenimento e buscar valor maior sem perder a atração.
Agora, também poderia se avaliar se uma sensível perda de atratividade, se é que precisa ter menos atratividade para ter ganhos de valor, não poderia ser compensada por ganho público mais qualificado e de maior poder aquisitivo, já que uma perda de atração levaria a perda de uma parte do povão, se que precisa ter redução de atração para ter mais valor. Não se daria para ter elevar os dois ao mesmo tempo: atração e valor?
Vamos a tese que defendo: pois bem, eu acredito que é possível o Programa ser ainda mais atrativo e ter valor no sentido de liderar e contribuir para o indivíduo crescer nos parâmetros que disse acima, que em última instância é ser mais autônomo e, portanto, livre, sensato, lógico.
Do ponto de vista de se se conhecer e conhecer a raça humana com suas virtudes, pequenezas e tramas que reproduzem a vida real acho que o programa cumpre essa função intrínseca ao formato. Daí já se pode desmentir a inutilidade de que o Programa é acusado. Mas dá para ir além? Este é o meu ponto aqui.
A resposta é sim, desde que para isso se junte ali pessoas antagônicas para o bem e para o mal, sob o ponto de vista de valor destes participantes, para produzir o impacto que ser quer: capturar a sua atenção e levar ao crescimento do expectador enquanto indivíduo autônomo.
Mas isso só é possível de realizar se houver a determinação firme de fazer, determinar os perfis, fazer um recrutamento amplo e selecionar magistralmente estas pessoas. E estes têm que ter além destas qualidades e defeitos conflitantes devem estar dispostos a fazer a luta da ignorância contra a lucidez e vice versa. Por isso, tão importante quanto selecionar os perfis respectivos é identificar o querer, desejar, profundamente o enfrentamento de parte a parte.
(Este texto ainda está inconcluso, por isso, haverá complemento).
Nenhum comentário:
Postar um comentário