Esta triste realidade atingiu seu ápice, depois da situação caótica e
crônica no saneamento (água e esgoto), o drama se estendeu para falta de
leitos, para o transporte caro e ruim, para a falta de ruas, para calamidade
das contas públicas...
Pequenas, médias ou grandes máfias dividem o butim, cada uma com seu
naco: algumas na máquina, outras nas instituições coligadas, mas cada um
cuidando desse fartar-se na corrupção.
Eis que surge grupo de promotores e começa fazer a diferença:
trabalhando silenciosa e eficazmente, eles estão enquadrando os beneficiários
dos desvios.
O setor de tributos promoveram uma devassa, agora trataram de entrar no
esquema que funciona no Hospital Nossa Senhora das Graças.
Meritório trabalho, que pode surpreender os desinformados, assustar os
maus intencionados, pegar os safados, pode, em Sete Lagoas, se tornar um enxuga
gelo, já que o povo costuma repetir as escolhas, que sustentam o esquemão geral
espalhado.
A cidade, de mente pequena, vive sendo enganada: o cara que tá na oposição,
muitas vezes àquele que não aceita o resultado, não quer mudar nada disso,
porque é filho da tradição, da mesma escola. Portanto, ele não quer mudar, mas
renovar o mesmo esquema mantido pelo status quo há décadas.
O triste é que o povo não se dá conta e, pior, como inocente útil ainda
faz coro ao discurso desbotado de que são alguns investidores que vem pra
cidade investir os vilões. Mal sabe este povo que até o “investidor” local só
quer lhe tirar o coro, entregando produtos ruins e caros. Isso acontece muito
no segmento imobiliário onde alguns donos do pedaço vendem caro e fazem de tudo
para que outros não entrem no mercado local.
É a cidade do pequenos carteis, onde o próprio Hospital Nossa Senhora
das Graças é um exemplo. É tão absurda a situação que um ex-prefeito chegou a
dizer que o sonhado Hospital Regional não seria bom, porque nas suas palavras
faria concorrência ao Das Graças.
E a pergunta é: mas não é bom mais oferta de Saúde? Bom pra quem? É a
outra pergunta que não pode deixar de ser feita, porque aqui como dito no
início deste texto é uma cidade “do ganho de poucos para o sacrifício de muitos”.
Aqui a decadência tem causa, a solução não tem voto, e o buraco assim
vai ficando cada vez mais fundo.
Mas o povo adora a célagoas dos barões, que lhes entregam desvios.
Quem pronuncia Sete Lagoas não serve!
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