Presencial e com ingressos a preços
populares, a edição deste ano, que tem 11 concertos, conta com parceria da
UFRJ e apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro
Minas Gerais será será representado pelas obras "Trio", de Igor Maia, "6 Temas Pop", de Luiz Castelões, "Paisagens Possíveis", de Márcio Guelber, "Cemitério de Estrelas, e onde estávamos quando elas cantavam", de Felipe Vasconcelos e "Dualismo II", de Maria Helena Rosas Fernandes.
A
Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) realizam a XXIV Bienal de Música Brasileira
Contemporânea, entre os dias 13 e 21 de novembro – com uma apresentação
extra no dia 24 – na Sala Cecília Meireles, Centro do Rio de Janeiro. O público
poderá conhecer obras de 74 compositores, vindos de 12 unidades da Federação,
em 11 concertos, com ingressos a R$ 10. A abertura, com a Orquestra Sinfônica
Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), será no sábado (13), às 19h. O Governo do
Estado do Rio de Janeiro apoia esta edição, por meio da FUNARJ)/Sala Cecília Meireles.
Mateus Araujo OSJRJ 2017 - foto Beatriz Cunha |
Haverá quatro apresentações de música de câmara: no dia 14, domingo, às 17h; nos dias 16 e 17, terça e quarta-feira, às 19h; e no dia 24, quarta, no mesmo horário. Uma série de audições
A OSJRJ,
responsável pelo concerto de abertura, integra o grupo Ação Social pela Música
do Brasil. A regência será do compositor Guilherme Bernstein – com a execução
de uma obra sua. A participação dessa orquestra tem por objetivo aproximar os
jovens do universo dos projetos sociais ligados à música e, ao mesmo tempo,
divulgar na Bienal essa atividade musical importante – realizada fora dos meios
acadêmicos. Há apenas dois registros de orquestras jovens na Bienal desde 1975:
a extinta Orquestra Sinfônica Jovem do Estado do Rio de Janeiro – em três
edições entre 1985 e 1989 –, e a Orquestra Juvenil da Bahia, do programa
Neojiba (Governo do Estado da Bahia), em 2015.
Além da carioca
OSJRJ, virá, de São Paulo (SP), a eclética
orquestra Câmaranóva, liderada pelo compositor Felipe Senna. Ela se
apresenta no dia 15 de novembro, às 17h. Os concertos finais serão realizados
pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa – OSBM (Estado do RJ), em sua
primeira participação em bienais, no dia 18/11 às 19h, sob a regência de
Anderson Alves; Orquestra Sinfônica da UFRJ (dia 19/11 às 19h), com
regência de Thiago Santos; pela Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES),
dia 20/11 às 19h – regência de Felipe Prazeres –; e pela Orquestra Sinfônica
Nacional da Universidade Federal Fluminense (OSN – UFF), dia 21/11 às 17h –
regência de Roberto Duarte. No dia 24, a Bienal termina com um concerto de
câmara, para vários instrumentos.
Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro. Foto: site da OSJRJ |
Dois dos compositores
participantes moram no exterior: Eduardo Frigatti na Polônia, e Bruno Cunha, na
República Tcheca. Autores de diferentes gerações estão entre os escolhidos,
desde os convidados e veteranos Edino Kriger (93 anos), Ernst Mahle
(92 anos) e Ricardo Tacuchian –aos 82 anos, o único a participar de
todas as edições do evento, em sua 24a colaboração – e Marlos
Nobre (82 anos), até jovens, recém-saídos de cursos universitários. Além
dos citados, participam, a convite, nomes reconhecidos: Tim Rescala, Eli-Eri
Moura, Ernani Aguiar, Fernando Cerqueira, Guilherme Bauer,
Harry Crowl, João Guilherme Ripper, Jorge Antunes, Luigi
Antonio Irlandini, Luiz Carlos Csekö, Maria Helena Rosas
Fernandes, Marisa Rezende, Nestor de Hollanda, Paulo Costa Lima,
Pauxy Gentil-Nunes, Raul do Valle, Roberto Victorio, Rodolfo
Coelho de Souza, Rodrigo Cicchelli, Ronaldo Miranda, Silvio
Ferraz e Wellington Gomes.
A
parceria da UFRJ nesta edição do programa realiza-se pelo Sistema Nacional de
Orquestras Sociais (Sinos), desenvolvido pela Funarte e pela Universidade. A
coordenação artística é do maestro André Cardoso e a coordenação de produção é
do vice-diretor e diretor adjunto do Setor
Artístico da Escola de Música da UFRJ, o maestro Marcelo Jardim. A
coordenação-geral é de Bernardo Guerra, diretor do Centro da Música da Funarte,
com a assistência de Flávia Peralva.
Alguns
números desta Bienal
Foram divulgados
números da XXIV Bienal de Música Contemporânea, que mostram a
representatividade dos compositores por unidades da federação: da Bahia, são
quatro autores; do Ceará, um; do Distrito Federal, um; dois de Goiás; de Minas
Gerais: cinco; de Mato Grosso, um, assim como da Paraíba; do Paraná, cinco; de
Santa Catarina, dois; de São Paulo, 16; do Rio de Janeiro, 31; e do Rio Grande
do Sul, quatro. Ainda que realizada com as restrições impostas pelos protocolos
sanitários atuais, que condicionaram o efetivo de intérpretes e o repertório,
os números da edição 2021 são relevantes: 74 compositores, dentre convidados
(maiores de 50 anos e com, pelo menos, dez participações em bienais) e
contemplados por chamada pública.
Das
253 partituras inscritas no edital, 213 foram habilitadas para a etapa de
seleção. Ao final, foram escolhidas as 48 obras, que, assim como aquelas encaminhadas pelos
compositores convidados, mais a homenagem, formam a programação de 74 peças.
Elas foram selecionadas por uma comissão, composta por compositores e regentes,
de diversos estados do País. Destaca-se ainda o fato de que 44 dessas obras
nunca foram apresentadas.
Sobre
as bienais de música da Funarte
O
projeto que originou a Bienal de Música Brasileira Contemporânea foi criado
pelo compositor Edino Krieger, em 1968. Teve por inspiração os famosos
festivais da canção, direcionados para a música popular. Encampada pela
Secretaria de Cultura do antigo Estado da Guanabara, a proposta abriu a
temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1969, sob o nome de
Festival de Música da Guanabara (FMG). Com o formato de concurso, ele ganhou
uma segunda edição, em 1970 e, em seguida, foi interrompido.
Em
1973, Myrian Dauelsberg assumiu a direção da Sala Cecília Meireles, também na
Capital Fluminense. A pianista e empresária achou, em arquivos, um novo projeto
de Krieger, que substituía o FMG pela Bienal. Sem caráter competitivo, esta
seria uma mostra da produção dos compositores brasileiros contemporâneos.
Autorizada por seu criador, Dauelsberg produziu a I Bienal de Música
Brasileira Contemporânea, em 1975 (ano em que se instituiu a
Fundação Nacional de Artes). O fim da gestão de Dauelsberg coincidiu com a
presença de Edino Krieger à frente do Instituto Nacional de Música da Funarte –
antigo nome do atual Centro da Música da casa. Isso permitiu que a entidade
federal abraçasse o projeto, mantido por ela desde então.
Foram
realizadas 23 edições da Bienal, desde seu lançamento, em 75, sem
pausas. Entre 1975 e 2017 (ou seja, em 22 edições), as bienais proporcionaram a
participação de 472 compositores, com a execução de 1.740 obras, sendo 1.002
delas em primeira audição – o que significa uma produção e lançamento de
material inédito, que valoriza e amplia a importância do programa. Muitos dos
compositores são jovens, o que representa uma importante renovação de nomes e
ampliação da música de concerto produzida no Brasil – inclusive territorialmente. De início, a
produção se concentrava basicamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e
Bahia. Hoje, mediante as sucessivas edições, houve avanços significativos na
integração de centros de produção musical contemporânea, de quase todos os
estados. Essas entidades atendem à formação de profissionais da música em alto
nível – o que resulta na crescente participação de novos compositores, a cada
Bienal. Autores hoje renomados tiveram o primeiro impulso em suas carreiras depois
de contemplados num dos eventos. A história da Bienal é também marcada por
alguns nomes emblemáticos e essenciais, referências na música brasileira atual.
Durante
muitos anos, a Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Funarte foi dirigida
por um dedicado servidor da casa: o musicólogo e membro de Academia Brasileira
de Música (ABM) Flávio Silva (1939 – 2019), então coordenador de música de
concerto da Fundação.
Homenagens
de 2021
Assim
como nas edições passadas, a XXIV Bienal também presta tributo a compositores e
intérpretes que marcaram o cenário musical brasileiro das últimas décadas. Este
ano os homenageados são: Tim Rescala – 60 anos; Fernando Cerqueira – 80
anos; Roberto Duarte – 80 anos; Henrique Morelenbaum – 90 anos; Orquestra
Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – 90 anos; e Orquestra Sinfônica Nacional da UFF – 60
anos. In memoriam: Antônio Arzolla (1966-2021); Gustavo Menezes
(1973-2021); Henrique (Herz) David Korenchendler (1948-2021); Nelson Abramento
(1937-2021); Nelson Freire (1944-2021).
Está prevista a
transmissão ao vivo de todos os concertos da Bienal, por meio do canal de vídeo
Arte de Toda Gente (https://youtube.com/artedetodagente).
Quadro de horários e
programação completa abaixo
A Comissão de Seleção
Os seguintes nomes
compuseram a Comissão de Seleção desta Bienal:
·
Abel Rocha – Regente da Orquestra Sinfônica de Santo André e
professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP);
·
Daniel Luís Barreiro – Compositor e professor da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU) – MG;
·
Danilo Guanais – Compositor e professor da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN);
·
Flo Menezes – Compositor e professor da UNESP;
·
Ilza Nogueira – Compositora e professora da Universidade Federal
da Paraíba (UFPB);
·
Oiliam Lanna – Compositor e professor da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG);
·
Roberto Macedo – Compositor e professor da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ);
·
Rodrigo Cicchelli – Compositor e professor da UFRJ; e
·
Roseane Yampolski – Compositora e professora da Universidade
Federal do Paraná (UFPR).
Serviço
XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea
13 a 21 e 24 de novembro de 2021
Sala
Cecília Meireles e Espaço Guiomar Novaes
Rua da
Lapa, 47 - Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Concertos
presenciais
Ingressos:
R$ 10, na bilheteria
Classificação
indicativa: Livre
Horários
Dia 13, sábado - 19h
Dia 14, domingo - 17h
Dia 15, segunda-feira - 17h
Dia 16, terça-feira, 16h e 19h
Dia 17, quarta-feira - 19h
Dia 18, quinta-feira - 19h
Dia 19, sexta-feira - 19h
Dia 20, sábado - 19h
Dia 21, domingo - 17h
Dia 24,
quarta-feira – 19h
Transmissão
ao vivo no Canal Arte de Toda Gente (youtube.com/artedetodagente)
Realização
Fundação
Nacional de Artes – Funarte | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do
Turismo
Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)| Escola de Música da UFRJ| Fundação
Universitária José Bonifácio
Programa
Arte de Toda Gente | Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
Apoio: Sala
Cecília Meireles | Fundação Anita Mantuano de
Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ) | Governo do Estado do Rio de
Janeiro
_____________________________________________________________________________________
Mais
informações para o público: Centro da Música – Funarte:
musicadeconcerto@funarte.gov.br
Mais
informações para a imprensa: Assessoria de Comunicação –
Funarte: ascomfunarte@funarte.gov.br
Informações para a imprensa:
Programação completa no portal da Funarte: www.gov.br/funarte
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